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Caderno Diário

Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.

Caderno Diário

Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.

45 anos depois do 1º acidente da TAP

Faz hoje 40 anos que ocorreu o primeiro grande acidente da TAP.

A 19 de novembro de 1977, pouco antes das 22:00, no meio de chuva intensa um Boeing 727-200 da TAP, com o nome de "Sacadura Cabral", que vinha de Bruxelas, via Lisboa, com 164 pessoas a bordo fez a sua terceira tentativa de aterragem na pista 24 do, na época, denominado Aeroporto de Santa Catarina, na localidade de Santa Cruz. Se não conseguisse, o comandante sabia que o voo seria desviado para Las Palmas (Canárias). Essa última oportunidade revelou-se trágica para o voo TP425.

"O avião tentou aterrar três vezes. A terceira foi fatal", escreveu o JN, na edição do dia seguinte ao acidente.

De acordo com os relatos, o Boeing aterrou muito para além do normal na curta pista do aeroporto. O avião, entrou em aquaplanagem, devido à muita água da chuva que cobria a pista e, de forma desgovernada, acabou por sair pela parte superior da pista, partindo-se depois em duas partes. Uma dessas partes da aeronave ficou em cima de uma ponte e a outra resvalou e caiu sobre a praia, mais de 130 metros abaixo, sendo consumida pelas chamas.

Os meios de socorro existentes na ilha, foram poucos para fazer face à tragédia, mas do meio das chamas que consumiam a aeronave, os socorristas conseguiram retirar com vida 33 pessoas, tendo o saldo final sido de 131 mortos. Também o nevoeiro, além da chuva, e a fraca ligação telefónica de então que bloqueava as comunicações, dificultaram os trabalhos de recuperação dos corpos e dos restos destruídos da própria fuselagem do avião. 

António Ramalho Eanes, presidente da República à época, enviou um telegrama com as condolências e foi criada uma comissão de inquérito que rapidamente se deslocou à ilha para tentar perceber as causas do acidente. O então primeiro-ministro, Mário Soares, escreveu também uma nota de pesar apenas algumas horas após o trágico acidente. 

Depois deste acidente, começou-se a falar-se na necessidade que se sentia no aumento da pista. No entanto, isto só ocorreu em setembro do ano 2000, quando se deu a inauguração da nova pista. Esta, contava com 2781 metros, o que veio a permitir a aterragem de aeronaves de grande porte na ilha da Madeira. Esta obra de ampliação foi premiada tanto nacional como internacionalmente, pela sua grandiosidade e importância.