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Desastre aéreo na Coreia do Sul

por Elsa Filipe, em 29.12.24

Pensavamos que o ano de 2024 já nos tinha dado tudo... mas afinal ainda há mais.

Um "Boeing 737-8AS," da Coreia do Sul, com 181 pessoas a bordo, despistou-se durante a aterragem e acabou por embater numa parede de betão e explodir violentamente. O acidente aconteceu "por volta das 09h07 (00h07 em Portugal continental)", quando a aeronave tentava aterrar "no aeroporto da cidade de Muan, a cerca de 290 quilómetros da capital, Seul."

Ao que se sabe, tinha havido uma primeira tentativa de aterragem que foi abortada por haver aves na pista. Quando fazia novamente a aproximação, a tripulação comunicou problemas com o avião e acabou por lhe ser indicada uma nova pista. Nas imagens, podemos ver que o trem de aterragem não baixou e que os flaps não são visíveis, o que dificultaria a redução de velocidade necessária para imobilizar o aparelho. O avião está praticamente destruído, havendo apenas dois sobreviventes contabilizados até agora, ambos "membros da tripulação."

A "Jeju Air é uma companhia low-cost que opera rotas para o Japão, Tailândia e Filipinas, além de voos domésticos" e foi fundada em 2005. Este voo era proveniente de Banguecoque, na Tailândia e o avião tinha 15 anos. Este foi 
um "dos desastres mais mortíferos da história da aviação sul-coreana. A última vez que a Coreia do Sul sofreu um grande desastre aéreo foi em 1997, quando um avião da Korean Airline se despenhou em Guam, matando 228 pessoas a bordo. Em 2013, um avião da Asiana Airlines despenhou-se em São Francisco, matando três pessoas e ferindo" outras "200."

Fontes:

https://www.publico.pt/2024/12/29/mundo/noticia/aviao-cai-coreia-sul-181-pessoas-bordo-2117146

https://pt.euronews.com/2024/12/29/sobe-para-151-o-numero-de-mortos-depois-de-aviao-se-incendiar-na-pista-na-coreia-do-sul

 

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publicado às 09:34

Moçambique... sem palavras

por Elsa Filipe, em 28.12.24

As notícias vão chegando... mas comparando com o destaque dado a outras "guerras" acho que nos está a chegar muito, muito pouco. As mortes continuam a aumentar e, por aquilo que nos é dado a ver, andam literalmente a assassinar-se uns aos outros. Já não sei se aquilo que ali se passa tem a ver com política ou se é o desespero de quem não tem forma de sobreviver. É a miséria humana levada ao extremo, o salve-se quem puder... matar ou morrer. 

As morgues estão cheias e, também nas ruas, os corpos acumulam-se. Ontem, dizia-se que 134 pessoas tinham morrido "desde segunda-feira nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique, elevando a 261 o total de óbitos desde 21 de outubro," mas infelizmente eu acho que este número é muito maior. 

O "Hospital Central de Maputo anunciou que a sua morgue está com a capacidade esgotada." Nos últimos quatro dias, terão perdido a vida "36 pessoas na cidade de Maputo e 20 na província, no sul do país." Além destas, 34 perderam a vida em "Nampula (norte), e 33 em Sofala (centro)."

Os tiroteios e os saques suvcedem-se. As pessoas não conseguem comprar bens essenciais e, por isso, roubam-nos. O problema maior nem seria isso... mas sim a violência e a destruição desmedida. Roubar comida não é o mesmo que roubar televisores ou incendiar lojas! Isso já passa para lá dos limites da maldade humana, porque entre aqueles que querem apenas pôr comida na boca dos filhos, há os outros que querem matar e destruir, em seu benefício e sem olhar a quem nem ao quê.

Em Maputo, 12 corpos foram eencontrados dentro de "um armazém incendiado durante uma pilhagem no bairro de Benfica, na periferia da capital. Algumas das vítimas são crianças," mas, de acordo com a população, podem existir "mais vítimas mortais debaixo dos escombros do armazém de eletrodomésticos." Porque estavam ali aquelas crianças e porque é que morreram neste incêndio? Terõ sido assassinadas e os corpos queimados? Muito do que ali se passa é, de nos deixar sem palavras, agoniados...

A situação no país piorou depois do anúncio do resultado das eleições e da consecutiva fuga de mais de 1500 presos da cadeia de Maputo, na passada quarta-feira, dia de Natal. No mesmo dia, a polícia de Moçambique anunciou a morte de uma pessoa e ferimentos em outras três devido a "uma rebelião na cadeia regional de Mabalane, na província de Gaza (sul). Um incidente que ocorreu depois de cerca de 20 reclusos incendiarem quatro pavilhões, para tentar fragilizar o sistema de segurança e colocar em liberdade cerca de 300 reclusos para se juntarem aos manifestantes que protestam contra os resultados eleitorais quase por todo o país."

Muitos destes fugitivos "ocuparam casas particulares."

Fontes:

https://www.dn.pt/4702140408/mortes-continuam-a-subir-em-mocambique-morgue-do-hospital-de-maputo-esta-cheia/

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/fuga-de-prisao-em-maputo-mortos-feridos-e-centenas-de-prisioneiros-a-monte_v1623862

https://rtpafrica.rtp.pt/noticias/mocambique-12-corpos-retirados-de-armazem-incendiado-durante-saque-nos-arredores-de-maputo/

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publicado às 18:04

Naufrágios no Mediterrâneo

por Elsa Filipe, em 27.12.24

As vítimas tentavam chegar a Espanha. Podemos julgar ou condenar as suas decisões? Não estamos na situação em que estas pessoas se encontravam e, por muito que queiramos pensar que haveria outras soluções, a verdade é que esta foi a solução que eles encontraram. 

Seguiam no barco cerca de 80 pessoas e o destino seria as ilhas Canárias, em Espanha, uma das várias portas de entrada na Europa. Destas apenas 11 sobreviveram. Entre as vítimas estão "25 jovens" provenientes do Mali. Os restantes 69 foram dados como mortos.

Mas o naufrágio deste barco aconteceu no passado dia 19 de dezembro, embora a Lusa e outras fontes estejam agora a divulgá-lo, por ocasião do balanço feito todos os anos e que nos dão conta de números assustadores. Este ano, "10.457 pessoas" perderam a vida "na tentativa de chegarem à costa espanhola, numa média de quase 30 por dia e num aumento de 58% em relação ao ano passado." A causa para tanta mortalidade poderá estar na falta de auxílio, com "os protocolos de resgate" a serem tardiamente ativados na maioria das vezes e à "escassez de recursos nas operações de resgate."

"Muitos migrantes que empreendem esta perigosa viagem vêm de países da África Ocidental, como o Mali, o Senegal e a Mauritânia, em busca de melhores condições de vida ou fugindo da violência e da agitação política."

Fontes:

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2696906/perto-de-70-desaparecidos-em-naufragio-de-um-barco-em-marrocos

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/12/27/mais-de-60-migrantes-mortos-apos-naufragio-quando-tentavam-chegar-as-canarias

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publicado às 22:36

Natal em estado de guerra

por Elsa Filipe, em 26.12.24

Poderíamos pensar que aqueles que acreditam num qualquer deus, pusessem a mão na consciência e parassem de uma vez por todos de atacar os seus irmãos.

Poderíamos até, esperar, que onde se diz que Jesus nasceu, a paz pudesse reinar. 

A brutalidade de um povo sobre o outro vem dos corações gelados dos homens... vem da ignorância mascarada de um poder que lhes é permitido pelos restantes, talvez com medo ou... quem sabe... por acharem que lhes chegará algum benefício. Como se pode afirmar ser líder do "mundo na luta contra as forças do mal..."  e nada acontecer? Onde andam os nossos decisores, os homens e mulheres que nos deviam proteger contra os novos ditadores que se mascaram de mártires e salvadores?

Nem no natal as armas se calaram, atingindo inocentes e aumentando ainda mais o número já elevado de mortos e feridos. Na véspera de natal, em vez da paz prometida, "o exército israelita obrigou pacientes do Hospital Indonésio, no norte da Faixa de Gaza," a seguir a pé, evacuando "aquela que é uma das últimas unidades de saúde ainda em funcionamento no enclave."

Pelo segundo ano consecutivo, Belém não assiste às tradicionais procissões natalícias, assistindo em vez disso à continuação da violência na Faixa de Gaza, em Israel e nos países limítrofes. Muitas das famílias cristãs estão a abandonar a região devido à guerra.

A 13 de dezembro, sucessivos "ataques aéreos israelitas causaram a morte de pelo menos 61 pessoas," incluindo 33 vítimas resultantes de um "bombardeamento junto a um campo de refugiados em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza." Não sei se é a esta acalmia que algumas igrejas cristãs se referem, mas não me parece que sejam cegos a este ponto! 

Ou talvez se tenham esquecido os ataques a escolas que albergavam refugiados e que provocou a morte a "dez membros de uma mesma família, incluindo sete crianças e uma mulher." Eram todos membros da "família Khalla," e a criança "mais velha" tinha apenas seis anos.

A situação na Síria também não está a ficar melhor. Tem-se vindo a descobrir aquilo que era feito pelo regime de Assad e cada descoberta parece ser mais macabra que a anterior. Durante muitos anos, Alepo esteve sob ataque com "centenas de milhares de pessoas" a serem "mortas em bombardeamentos indiscriminados, enquanto o colapso económico do país mergulhou a maior parte da população na pobreza." As memórias dos ataques não trarão paz aos sobreviventes.

Já em Moçambique, "569 pessoas" terão sido "baleadas em todo o país, além de 252 mortos e seis desaparecidos," números que têm vindo a aumentar desde 21 de outubro. Neste natal, regista-se a fuga de "1500 reclusos" que terão fugido ou sido libertados deliberadamente "da prisão." Não se espera que a situação vá melhorar nas próximas horas. As "manifestações pós-eleitorais," ensombraram o natal e a situação acabou por piorar depois do anúncio da vitória da Frelimo e de Daniel Chapo.

Marcelo Rebelo de Sousa saúdou "a intenção já manifestada de entendimento nacional e sublinha a importância do diálogo democrático entre todas as forças políticas, que" segundo o presidente português, "deve constituir a base de resolução dos diferendos, no quadro e no reconhecimento das novas realidades na sociedade moçambicana e do respeito pela vontade popular." Parece que nem todos concordam com esta declaração, especialmente o candidato da oposição, Venâncio Mondlane, que "considera lamentáveis as posições do presidente da República português e do primeiro-ministro, sobre as eleições em Moçambique."

Mondlane, afirmou ainda que a situação vai piorar na região, pedindo aos seus apoiantes que "intensifiquem" os protestos. O que já se vê é a destruição e os saques, lojas incendiadas e viaturas destruídas.

Em "Litapata, província moçambicana de Cabo Delgado," as pessoas começaram ontem a "abandonar a sua aldeia após detetar a presença de supostos terroristas," que surgiram "em massa na aldeia, a cerca de 20 quilómetros da sede distrital de Muidumbe."

Também aqui, os insurgentes poderão estar relaciondos a grupos extremistas islâmicos, com vários ataques a terem sido já reivindicados.

Fontes:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/mocambique-populacao-em-fuga-apos-chegada-de-alegados-terroristas-a-muidumbe_n1623749

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/mocambique-saques-e-destruicao-apos-anuncio-de-resultados-eleitorais_v1623657

https://www.presidencia.pt/atualidade/toda-a-atualidade/2024/12/nota-do-presidente-da-republica-sobre-eleicoes-em-mocambique/

https://www.rfi.fr/pt/mundo/20241224-v%C3%A9spera-de-natal-ensombrada-no-m%C3%A9dio-oriente-pela-guerra-na-faixa-de-gaza

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/defesa-civil-de-gaza-anuncia-morte-de-sete-criancas-da-mesma-familia-num-ataque-israelita_n1622977

https://pt.euronews.com/2024/12/22/habitantes-de-alepo-lembram-horrores-do-regime-de-assad

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publicado às 15:48

Queda de aviões ensombram natal

por Elsa Filipe, em 25.12.24

Hoje, dia de natal, um avião "Embraer 190" pertencente à Azerbaijan Airlines, "com 67 passageiros e cinco tripulantes "a bordo, sofreu um acidente perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão."

Durante o dia de natal, as notícias sobre a queda desta aeronave foram-se sucedendo e fomos ficando a saber de mais alguns pormenores sobre o acidente e há mesmo a possibilidade do mesmo ter sido atingido por anti-aéreas russas, embora nas primeiras conjeturas se tivesse falado de um acidente envolvendo o embate com uma ave. Estranho que Vladimir Putin, presidente da Rússia, não tivesse tardado a "entrar em contato com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, para expressar as suas condolências."

Segundo o relato de alguns sobreviventes, terá sido ouvida "uma explosão seguida pelo que pareciam ser estilhaços a atingirem o avião e a entrarem na fuselagem no aparelho." De facto, o que se vê nas imagens é a tentativa falhada de aterragem, com a aeronave a colidir com o solo. Apesar das tentativas dos socorristas que se dirigiram ao local, já pouco ou nada havia a fazer para 42 das 72 pessoas que seguiam a bordo. 

Dois dias antes, a 23 de dezembro, do outro lado do globo, 10 pessoas perderam a vida na queda de uma aeronave Piper Cheyenne 400, "em Gramado," Rio Grande do Sul. Entre os mortos está um cidadão lusodescendente. O piloto era "o empresário Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi. Com ele viajavam vários familiares e um funcionário.

Em terra, registaram-se cerca de 17 feridos, dois dos "quais com gravidade." A aeronave terá atingido "a chaminé de um prédio, depois o segundo andar de uma casa," acabando por se "despenhar contra uma loja de telemóveis num bairro maioritariamente residencial."

Fontes:
https://www.publico.pt/2024/12/23/mundo/noticia/lusodescendente-10-mortos-acidente-aviao-sabado-brasil-2116655

https://www.terra.com.br/diversao/imagens-fortes-video-de-aviao-caindo-no-natal-com-67-passageiros-no-cazaquistao-viraliza-e-choca-a-web,26699e74bb2b5e7fcbd1d6a2c9f423f4gyqsd3q2.html

https://observador.pt/liveblogs/russia-lanca-ataque-em-massa-de-misseis-e-drones-contra-rede-eletrica-ucraniana-na-manha-de-natal/

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publicado às 23:50

Ataque em mercado de Natal na Alemanha

por Elsa Filipe, em 21.12.24

A primeira reação é pensar porque é que estão outra vez a falar de atentados em mercados de natal, para depois me aperceber que, infelizmente, a situação se voltou a repetir. Esta sexta-feira, várias pessoas passeavam pelo mercado de natal de "Magdeburgo, no leste da Alemanha, quando uma viatura avançou sobre adultos e crianças. Há a registar pelo menos 5 mortos, um dos quais "uma criança. Há ainda a registar mais de 200 feridos, vários deles em estado grave."

O condutor, um médico de "50 anos, oriundo da Arábia Saudita e com visto de residência permanente", foi rapidamente "detido no local." O suspeito terá chegado à "Alemanha em março de 2006" e cerca de quatro meses depois, recebia "estatuto de refugiado."
 
O ataque, que está a ser tratado como terrorismo, "acontece um dia depois do oitavo aniversário do ataque no mercado de Natal de Berlim, quando um extremista islâmico atropelou um grupo de pessoas, fazendo 13 mortos."
 
Hoje quando fazia a minha caminhada pelo Seixal, pensava, que sorte, nós aqui neste cantinho, podemos passear sem problemas. Aquelas pessoas terão pensado o mesmo? Não está na nossa génese andarmos preocupados a olhar por cima do ombro, não quando cheira a bolachas, bolos e chocolate quente. Mas esta é apenas uma tranquilidade aparente...
 
Fontes:
 
 

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publicado às 20:23

De acordo com dados atualizados na quarta-feira, 73 pessoas morreram e outras "600 ficaram feridas em Cabo Delgado, Nampula e Niassa, na passagem do ciclone tropical Chido." Este ciclone formou-se a 5 deste mês "no sudoeste do oceano Indício," e depois de passar na ilha de Mayote no sábado, "entrou no domingo pelo distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, com ventos que rondaram os 260 quilómetros por hora e chuvas fortes."

"O Governo moçambicano decretou esta quinta-feira dois dias de luto nacional a partir de sexta-feira." Ociclone terá, segundo as autoridades, destruído total ou parcialmente, "52476 casas," afetado "49 unidades hospitalares, 26 casas de culto, 11 torres de telecomunicação e 34 edifícios públicos."

Este foi o mesmo ciclone que também fez 30 vítimas mortais e centenas de feridos e desalojados, na ilha francesa de Mayote. O presidente Macron, "decretou o estado de calamidade excecional no arquipélago para poder permitir uma gestão mais rápida e eficaz das medidas de urgência", tendo visitado hoje a ilha. Consido, no avião, seguiam também "mais de 4 toneladas de bens alimentares, medicamentos e material hospitalar, além de várias equipas de médicos e socorristas."

"Um navio da marinha francesa também já chegou ao arquipélago com mantimentos."

Fontes:

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/governo-mocambicano-decreta-dois-dias-de-luto-apos-73-mortos-pelo-ciclone-chido

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/pelo-menos-70-mortos-e-quase-600-feridos-pelo-ciclone-chido-em-mocambique

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-12-19-video-ciclone-chido-macron-leva-bens-alimentares-medicamentos-e-medicos-a-mayotte-b95712e7

https://www.jn.pt/1085698377/numero-de-mortos-pelo-ciclone-chido-em-mocambique-sobe-para-73/

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publicado às 22:28

Vanuatu atingida por sismo

por Elsa Filipe, em 17.12.24

"Um sismo de magnitude 7,3 atingiu esta terça-feira a capital do arquipélago do Pacífico Vanuatu, Porto Vila, provocando a queda de pontes, aluimentos de terras e danos em edifícios." Foi confirmada a morte de 14 pessoas e ferimentos em outras 200, chegando a ser lançado um "alerta de tsunami," que cerca de duas horas depois seria levantado.

Após o forte abalo, a "embaixada dos EUA em Porto Vila sofreu danos consideráveis" e encontra-se encerrada "até novo aviso, revelou um porta-voz da missão diplomática norte-americana na Papua-Nova Guiné. Também a embaixada francesa e britânica, que fica no mesmo edifício, sofreu danos."

Vanuatu é constituído por "um grupo de 80 ilhas onde vivem cerca de 300 mil pessoas," e é um dos países mais vulneráveis a este tipo de eventos, uma vez que se encontra localizado no Anel de Fogo do Pacífico, "zona de intensa atividade sísmica e vulcânica que se estende do Sudeste Asiático à bacia do Pacífico." 

Fontes:

https://observador.pt/2024/12/17/sismo-de-magnitude-73-atinge-arquipelago-do-pacifico-vanuatu-testemunha-afirma-ter-visto-cadaveres-apos-abalo/

https://pt.euronews.com/2024/12/17/terramoto-de-magnitude-73-na-escala-de-richter-atinge-vanuatu

 

 

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publicado às 23:06

A ilha francesa de Mayote, uma das mais pobres de França, localizada no "arquipélago das Comores," no oceano Índico, foi este sábado atingido pelo ciclone Chido.

Este ciclone "trouxe ventos superiores a 220 km/h, arrancando telhados de casas no arquipélago," e deixou a ilha de Mayote sem eletricidade, sem água e sem locais disponíveis para abrigar a população depois de "bairros inteiros de barracas e cabanas de metal" terem sido arrasados. O cenário é de caos! A torre de controlo do "aeroporto internacional de Mamoudzou" foi danificada, assim como a maioria das estradas, deixando grande "parte das infraestruturas do arquipélago" inacessível.

França tem estado a enviar ajuda para a ilha, mas ainda não se sabe o número exato de vítimas. "Mais de 100 socorristas e bombeiros de França e do território vizinho da Reunião foram destacados para Mayotte e um reforço adicional de 140 pessoas" já foram para o arquipélago.

Este ciclone passou também pelo "sudeste do Oceano Índico, afetando também as ilhas vizinhas de Comores e Madagáscar."

Fontes:

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/12/16/autoridades-admitem-varias-centenas-de-mortos-em-mayotte-apos-passagem-do-ciclone-chido

https://observador.pt/2024/12/15/pelo-menos-14-mortos-no-arquipelago-frances-de-mayotte-devido-ao-ciclone-chido/

 

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publicado às 22:15

A guerra civil Síria - a queda de al-Assad

por Elsa Filipe, em 09.12.24

O regime de Bashar al-Hassad na Síria foi derrubado e começam-se a mostrar os horrores daquele que foi um regime com quase 50 anos. Quando achamos que já assistimos aos maiores horrores, eis que nos surge a verdade sobre mais um regime que, além de opressor, assassinou sem dó nem piedade um povo. 

A Síria fica localizada no Médio Oriente, fazendo fronteira com o Iraque, a Jordânia, Israel, o Líbano e a Turquia, é um local de uma riqueza cultural única, não convivessem no seu território "diversos grupos étnicos e religiosos, inclusive árabes, gregosarméniosassírioscurdoscircassianos, mandeus e turcos. Os grupos religiosos incluem sunitascristãosalauitasdrusos, mandeus e iazidis. Os árabes sunitas formam o maior grupo populacional do país." E é este caldo cultural que faz da Síria uma zona em constante conflito.

A história da Síria remonta à sua capital, Damasco - uma das cidades mais antigas do mundo. Durante "a era islâmica," Damasco tornou-se "a sede do Califado Omíada e uma capital provincial do Sultanato Mameluco do Egito."

Mas foi só depois da "Primeira Guerra Mundial durante o Mandato Francês," que a Síria moderna se estabeleceu, conquistando" a independência como uma república parlamentar em 24 de outubro de 1945." Nessa altura, a Síria tornou-se também "membro fundador da Organização das Nações Unidas, um ato que legalmente pôs fim ao antigo domínio francês — embora as tropas francesas não tenham deixado o país até abril de 1946." O período que se seguiu foi tumultuoso e esta nação árabe acabaria por ser abalada por "vários golpes militares" entre 1949 e 1971.

Hafez al-Assad, governou a Síria entre 1970 e 2000, e Bashar al-Assad, seu filho, era o presidente do país desde 2000, num sistema de governo "amplamente considerado como autoritário," que caiu na última semana. 

Em 2012, arrastada pela Primavera Árabe, que fez cair vários governos do Médio Oriente, começou a guerra civil Síria, "que começou como uma série de grandes protestos populares" a 26 de janeiro de 2011 a que se seguiu "uma violenta revolta armada" a 15 de março de 2011. A "23 de agosto de 2011, a oposição" uniu-se finalmente," formando uma "única organização representativa", chamada "Conselho Nacional Sírio."  

Em 2013, o Estado Islâmico, "começou a reivindicar territórios na região," atacando "qualquer uma das fações," fossem ou não apoiantes de Assad. Em 2014, conseguiram proclamar um Califado na região e iniciaram a sua "expansão militar," subjugando os seus "rivais e impondo a sharia (lei islâmica) nos territórios que controlavam." A NATO começou a intervir contra o EI, enquanto a Rússia e o Irão, vieram apoiar militarmente o regime de Assad.

Já este ano, em novembro e depois de quatro anos de uma aparente acalmia, talvez escondida pelos conflitos nos territórios fronteiriços, "a guerra recomeçou a todo vapor, com as forças rebeldes" a atacar vindas de norte, sul e leste. A "8 de dezembro de 2024, após treze anos de guerra, Bashar al-Assad fugiu de Damasco." Nem a Rússia, nem o Irão, conseguiram pôr cobro à ação que derrubaria "cinquenta e três anos de governo da Família Assad."

O fim desta guerra civil, foi para muitos "um momento  de vitória popular, após anos de miséria" e de "pobreza extrema," mas a estabilidade não será imediata.

"O colapso do regime de Assad pode abrir caminho para uma nova era de esperança, mas também traz o  risco de vácuo de poder, ascensão de fações radicais e perpetuação do sofrimento."

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADria

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_S%C3%ADria

https://observador.pt/opiniao/a-queda-de-bashar-al-assad-e-o-destino-incerto-do-povo-sirio/

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publicado às 22:21

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