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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Não tem havido dia em que não se fale da tensão vivida no Médio Oriente e, esta semana, a situação não foi diferente. Este foi mais um fim de semana sangrento em que nenhum dos lados teve paz.
Um dos ataques mais importantes - não pela ocorrência de vítimas, mas pelo seu simbolismo - foi sem dúvida o encerramento da estação de televisão Al-Jazeera, por forças israelitas que "entraram nas instalações do canal de rosto coberto e fortemente armados," dando ordens de encerramento da "redação em Ramallah, na Cisjordânia ocupada." O encerramento foi ordenado "45 dias." Quando se retira do povo o direito a ter acesso ao que se passa, através dos meios de comunicação social, retira-se uma importante parte dos seus direitos. Já no passado dia 12 de setembro, o Governo israelita tinha anunciado "a retirada de acreditações aos jornalistas da Al-Jazeera, cujas emissões já tinham sido proibidas em inícios de maio por, alegadamente, violarem a segurança do Estado." Estes atos vão contra a liberdade de imprensa, defendida pelo direito internacional.
Israel poderá ter estado por trás do ataque feito através de "materiais explosivos" colocados em "pagers que foram vendidos ao Hezbollah e que explodiram na terça-feira, provocando pelo menos nove mortos e 2.800 feridos." Os aparelhos de comunicação portáteis "explodiram, de forma quase simultânea, no Líbano," ferindo "centenas de membros do grupo xiita," entre os quais o próprio "embaixador do Irão no Líbano, Mojtaba Amani."
Apenas algumas horas depois deste ataque, foram usados "aviões de guerra israelitas" para efetuar dezenas de ataques no sul do Líbano, respondendo à ameaça de retaliação feita pelo "líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah", que sobreviveu ao ataque feito "com explosivos em pagers e walkie-talkies, nos últimos dias."
A situação entre Israel e Líbano está a escalar cada vez mais depressa. O "Hezbollah disparou mais de 100 projéteis durante a noite," atingindo várias aldeias e "obrigando milhares de residentes e refugiarem-se em abrigos antiaéreos." Como resposta ao ataque feito através do território libanês, Israel lançou centenas de mísseis, tendo atingido, segundo informação do exército israelita, "cerca de 400 alvos no sábado, incluindo lança-foguetes do Hezbollah, e que irá continuar a atacar o movimento apoiado pelo Irão." Em Israel foram já encerradas "todas as escolas" e foram restringidos "ajuntamentos no norte do país."
No que respeita ao outro lado do conflito, Gaza foi novamente atacada este sábado, tendo sido atingida "uma escola que abrigava milhares de desalojados no sul de Gaza." Contam-se já oito crianças entre as desassete vítimas mortais. Contam-se ainda 30 feridos. As "vítimas são maioritariamente mulheres e crianças que estavam abrigadas na escola para fugir à guerra naquela região."
Na mesma zona de Gaza, foi também "registado um ataque a outra escola, onde várias pessoas ficaram feridas." Os números mais recentes apontam para 60 mortos desde sexta-feira, provocados por "bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza," entre os quais estão três palestinianos que perderam a vida, no ataque a um autocarro que "transportava deslocados," perto da "passagem de al-Abas."
"Em Rafah, no sul, pelo menos 14 habitantes de Gaza foram mortos em dois ataques israelitas, segundo a Defesa Civil, 13 deles numa única casa bombardeada, e mais uma pessoa foi morta quando conduzia numa mota na zona de Khirbet al-Adas."
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/israel-lanca-grandes-ataques-contra-o-libano_a1601288
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