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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Arrancou hoje a campanha de vacinação contra a poliomielite, na Faixa de Gaza, com o objetivo de "vacinar todas as crianças até aos 10 anos de idade e evitar a propagação do vírus em Gaza, que foi diagnosticado há alguns dias numa criança." Há 25 anos que não se registavam casos em território palestiniano e a deteção deste caso, levou a uma forte preocupação, uma vez que, a região tem "falta de produtos de limpeza" que, aliado à sobrelotação dos espaços, à poluição e à "escassez de água", são "fatores que a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que contribuem para a propagação do poliovírus e outras doenças infecciosas."
Terão sido atribuídas a Gaza já "1,26 milhões de doses de vacina oral (duas gotas nesta primeira fase de imunização), bem como equipamento para assegurar a cadeia de frio," essencial para a preservação da vacina.
Com Israel a conceder apenas três dias de pausa nos ataques - "o governo israelita aceitou parar os combates entre as 6h e as 15h durante três dias, com a possibilidade de um prolongamento de um dia" - as entidades envolvidas (Ministério da Saúde palestiniano, em cooperação com a Organização Mundial de Saúde, a Unicef e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina), irão tentar chegar às cerca de "640000 crianças", que precisam de ser vacinadas.
Para que a esta campanha de vacinação produza alguma eficácia, "a OMS declarou que pelo menos 90 por cento das crianças devem ser vacinadas", o que levou ao envolvimento de "mais de 2100 profissionais de saúde das agências da ONU e do Ministério da Saúde de Gaza." De acordo com a ONU, depois da primeira interrupção de três dias, irá seguir-se outra "de três dias no sul de Gaza e depois uma outra no norte de Gaza, de forma a terminar o processo de vacinação." Mesmo assim, será uma missão quase impossível.
Segundo o site do SNS, não existem neste momento "casos de poliomielite em Portugal." De facto, foi em 1986 que se registou "o último caso da doença no país" e, "desde 2002 que a região europeia está considerada como livre de poliomielite." Em 2019, a nível mundial, foram registados apenas "175 casos."
A vacinação "e a melhoria das condições de saneamento vieram contribuir para esta redução," uma vez que este vírus tem duas formas de propagação, uma por via direta (por via feco-oral através do contato com as "fezes de uma pessoa infetada", através da tosse ou espirros, e inalação de partículas contaminadas) e outra por contato indireto através da "água, alimentos ou objetos contaminados."
Fontes:
https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/poliomielite/
Hoje pelas 12h50m, chegou a notícia da queda de um helicóptero, com seis ocupantes a bordo. Os homens pertenciam ao grupo de combate a incêndios da UEPS, da GNR, e iam a caminho de uma ocorrência no concelho de Baião. Por alguma razão, ainda não explicada, voltaram para trás sem chegar ao seu destino. E é quando regressam que o helicóptero se acaba por despenhar, perto da localidade de Samodães, Lamego. No local, uma embarcação de recreio que fazia uma excursão no rio Douro, socorreu de imediato o piloto. O único que conseguiu sair da aeronave com vida, com vários ferimentos e preocupado com os colegas que ele sabia estarem dentro do aparelho.
"Dos cinco militares da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) da GNR que estavam dentro do helicóptero acidentado falta localizar um. Dois deles foram encontrados dentro do aeronave e, os outros dois junto à cauda do aparelho."
O trabalho destes homens é muitas vezes desvalorizado, mas é muitas vezes essencial ao combate a grandes incêndios florestais. Normalmente, são transportados pelo aparelho, neste caso, uma aeronave ligeira, até ao local do incêndio e quando saem, acoplam o balde ao aparelho. Enquanto os cinco homens da equipa apeada seguem com ferramentas manuais e fazem o seu trabalho em terra, sempre em contato com o piloto do heli, o piloto segue para o ponto de abastecimento de água (um rio ou um lago, por exemplo) e começa o seu trabalho de combate ao incêndio, com descargas de água sobre pontos quentes. É um trabalho difícil e perigoso.
O que se sabe até agora, pelas notícias que vão saíndo, é que a aeronave se encontra partida em duas partes no fundo do rio. As buscas serão interrompidas agora pelas 21horas. Luís Montenegro, em declarações sobre a sua ida ao local do acidente, numa embarcação, referiu que se sentiu na "obrigação e responsabilidade" de estar "ao lado de quem arrisca a vida" numa missão "completa e muito perigosa". Hoje em dia, é comum, as principais figuras do nosso país, ou alguém em sua representação, se dirigirem aos locais de ocorrência, quando situações deste género ocorrem.
Amanhã será dia de luto nacional, decretado pela morte confirmada dos quatro militares.
Falta encontrar um.
Fontes:
https://sicnoticias.pt/pais/2024-08-30-queda-de-helicoptero-no-rio-douro-2e71d525
Há 25 anos, Timor foi a eleições e, além da independência, ganharia então a vontade de construir uma democracia firme. "Depois de uma colonização de quase cinco séculos, pelos portugueses, e 24 anos de ocupação indonésia, o povo timorense foi chamado no dia 30 de agosto de 1999 para votar se queria livrar-se dos ocupantes ou manter-se sob a sua governação." O ato foi de facto um marco importante, em que a verdadeira vontade daquele povo foi mostrada ao mundo. Na verdade, "ninguém, nem o próprio presidente indonésio, que aceitou o referendo após longa batalha diplomática entre Portugal, Indonésia e as Nações Unidas, esperava tamanha afluência às urnas."
António Guterres, antigo primeiro ministro português, está presente em "Díli para participar nas celebrações dos 25 anos do referendo que levou à restauração da independência do país, pondo fim à ocupação Indonésia" junto com outros representantes nacionais e internacionais. Ao atual secretário-geral da ONU foi atribuída hoje a cidadadina timorense.
Guterres encontrou-se hoje com "o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão", uma das figuras mais importantes em todo este processo, a quem "António Guterres prestou também homenagem", destacando o seu papel "enquanto líder da resistência timorense e pela forma como defendeu a independência do seu povo detido em Jacarta, capital da Indonésia," bem como, no seu papel na "transformação de Timor-Leste num país independente, democrático, respeitador dos direitos humanos e que se afirma internacionalmente com crescente influência."
Guterres referiu ainda, que tinha ficado "impressionado com o compromisso do Governo timorense em matéria de segurança alimentar e investimento na agricultura," o que considerava ser um "desafio crucial para o êxito do desenvolvimento, saúde, educação e infraestruturas."
"Timor-Leste aderiu no início do ano à Organização Mundial do Comércio, é fundador do G7+ e deverá aderir à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no próximo ano."
Uma outra figura importante neste processo, foi Durão Barroso, que em "1992, enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal," participou em "quatro rondas de negociações" com a Indonésia. Apenas a 5 de maio de 1999, os dois países assinariam "três acordos, nomeadamente sobre a questão de Timor-Leste, outro sobre a modalidade da consulta popular e um terceiro sobre segurança," com o contributo essencial das Nações Unidas. Barroso, salientou ainda que foi "o massacre do cemitério de Santa Cruz" o grande acontecimento que "contribuiu para dar visibilidade à questão de Timor-Leste." Lembro-me ainda hoje desse massacre e eu era bem pequena na altura. Existem imagens que nos ficam gravadas na mente. Se foi "com a ajuda da comunidade internacional," que o povo de Timor-Leste se conseguiu livrar do domínio indonésio, também não se deve esquecer que muitos países não acreditavam que tal fosse possível.
"Os acordos foram assinados por Jaime Gama, na altura chefe da diplomacia portuguesa, pelo seu homólogo indonésio, Ali Alatas, e por Kofi Annan, antigo secretário-geral da ONU." No entanto, o processo não foi fácil e a«s Nações Unidas tiveram mesmo de permanecer no país como força de gestão e manutenção de paz até ao ano de 2012. Durante este período, chegou mesmo a ser necessária a entrada de uma força liderada pela Austrália, devido a ataques de extrema violência causados por milícias apoiadas pela Indonésia.
Fontes:
Um sismo de 5.3 na escala de Richter fez-se sentir esta madrugada em Portugal continental. Até eu - que normalmente só na manhã seguinte sei destas coisas - acordei com a cama a abanar e um ruído estranho, como se estivesse um avião a passar baixinho sobre a casa. Foram apenas alguns segundos, mas deu para me tirar o sono. Não saí de casa e, durante alguns minutos, nem sequer me levantei da cama. A vibração sentida não fez cair nada, muito menos partir objetos, por isso, pensei que estava segura - de realçar que a gata só se levantou da cama depois de eu me levantar também e que, ao contrário de outros animais, nem sequer deu sinal. Apenas alguns minutos depois, é que comecei a pensar que talvez tivesse sido prudente ir acordar o miúdo e sairmos os dois de casa, mas estando tudo bem, acabei mesmo por não o fazer.
Em relação aos alertas, só por volta das 13h descobri que o telemóvel do meu filho tinha recebido uma mensagem que o avisava sobre "ter ocorrido" um sismo, ou seja, não considero isso um alerta porque só chegou depois do mesmo ter sido sentido. Aliás, tenho estado a verificar que muita gente está a reclamar pela falta de alerta, mas sem estarem sequer a ponderar que, dificilmente, se pode detetar um evento desta natureza, analisar a sua probabilidade, enviar mensagem e, nós, conseguirmos ainda ler e perceber a mensagem, antes da ocorrência do sismo. Acho que ainda não estamos suficientemente avançados para isso. Por outro lado, houve um pico de chamadas para a proteção civil - o que seria de esperar em caso de danos, feridos, mortos... mas nada disso aconteceu. O que é que dá às pessoas para se porem a ligar para os meios de socorro e a entupir linhas? Se querem saber o que se passa, liguem a televisão e vão ao facebook. Em poucos minutos, já sabia de muitas pessoas - amigos, famíliares e outros conhecidos - e sabia das áreas mais afetadas e dos danos que iam sendo registados (praticamente nenhuns na maioria dos locais). Sabermos uns dos outros e, até, dizermos algumas parvoíces serviu para desanuviar e para passar o tempo até que o sol se erguesse no céu.
E esta constatação leva-me a outra. Como é que queremos ser um país avançado, quando uns dão "graças a deus" por nada de mal ter acontecido, enquanto outros, afirmam ter sido um sinal de "Jesus"? Queremos ser ajudados pela ciência, mas acreditamos mais em eventos teológicos do que em factos científicos.
Bem, mas regressando àquilo que é importante. O sismo ocorreu a cerca de 60km a Oeste de Sines ou, um pouco menos se medirmos a distância a partir da ponta oeste de Sesimbra.
Os dados são diferentes conforme são analisados pelo "serviço geológico dos Estados Unidos, o USGS, que estimou uma magnitude de 5,4 na escala de Richter" ou pelo "Centro Sismológico Euro-Mediterrânico" o qual "estimou o sismo como sendo de magnitude 5,4 na escala de Richter, com o epicentro a uma profundidade de cinco quilómetros." Em relação aos danos, parece que ainda estão a ser avaliados possíveis danos em, pelo menos, uma habitação na freguesia da Quinta do Conde, Sesimbra. Houve entretanto algumas réplicas, mas a maioria delas, não foram sentidas pela população - segundo o IPMA, as primeiras réplicas "tiveram magnitudes de 1,2, de 1,1, de 0,9 e de 1,0 na escala de Richter." Entretanto, registaram-se mais algumas réplicas - o que é perfeitamente normal, às "11h44 e 11h56, a mais forte de 1,6 na escala de Richter." Podemos ainda ter mais réplicas (que não deverão ser mais fortes, mas nunca se sabe) mas que se podem prolongar por vários dias ou semanas.
Precisamente a 26 de agosto, mas de 1966, Portugal também sofria um abalo sísmico. Calhou ser a uma sexta-feira, eram 05h56m e, segundo a notícia que à época fazia a capa no Diário de Lisboa, o “sismo de pequena intensidade causou natural apreensão” nos habitantes da capital, com epicentro no mar, "a 100 quilómetros da capital," e tendo-se feito sentir na “faixa costeira entre Porto e Sagres”. Nesse sismo, a magnitude estimada foi um pouco menor, "de 4.6 na escala de Richter, seguido de várias réplicas."
Podemos dizer que foi "um sismo considerável," mas nos últimos anos, houve alguns mais fortes, Em 1969, "Lisboa sofreu um abalo de 7.9 na escala de Richter na madrugada de 28 de fevereiro. Entre 2007 e 2009, o Algarve já registou sismos de magnitude 6.0."
Fontes:
Assinala-se hoje, simbolicamente, a data da abolição da escravatura. Foi escolhida esta data uma vez que "corresponde ao dia da Revolução de São Domingos, no Haiti, que ocorreu na noite de 22 para 23 de agosto de 1791." Marca este dia o início do caminho para o "fim da escravatura e da desumanização," prestando assim "homenagem a todos os oprimidos pela escravidão."
A escravatura foi uma realidade. Isso revolta-me mas não dá para esconder ou para evitar falar nas atrocidades cometidas. Diz no artigo 5º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia:
1. Ninguém pode ser sujeito a escravidão nem a servidão.
2. Ninguém pode ser constrangido a realizar trabalho forçado ou obrigatório.
3. É proibido o tráfico de seres humanos.
No entanto:
"As últimas estimativas das Nações Unidas indicam que, em todo o mundo, vivam mais de 50 milhões de pessoas em "escravatura moderna"." Sobre este assunto, há que pôr a nu a desumanização a que estas pessoas são sujeitas. Não estamos a falar de países pobres, isto "acontece em quase todos os países do mundo" e “atravessa linhas étnicas, culturais e religiosas”. Ao trabalho forçado, está associado muitas vezes situações de "casamentos forçados".
Estão em maior risco as mulheres e crianças, sujeitas muitas vezes a trablahos ligados à atividade sexual, sendo que “quase quatro em cada cinco das vítimas de exploração sexual são mulheres ou meninas”. São também vítimas preferenciais os "trabalhadores migrantes irregulares ou desprotegidos ou aqueles que por diferentes razões são sujeitos "a discriminação."
Fontes:
https://fra.europa.eu/pt/eu-charter/article/5-proibicao-da-escravidao-e-do-trabalho-forcado
Passaram já nove dias desde que deflagrou um incêndio florestal na Madeira e só hoje, chegaram à ilha os primeiros Canadairs, provenientes de Espanha. Os meios humanos e materiais estão a ser reforçados, havendo uma principal preocupação com uma frente que lavra na cordilheira central da ilha.
Este incêndio começou no dia 14 de agosto, na zona da "Ribeira Brava, propagando-se na quinta-feira ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol." Entretanto já atingiu o Pico Ruivo, no concelho de Santana.
Miguel Albuquerque, presidente do executivo madeirense, é que não aparenta estar muito preocupado com o facto da ilha estar a ser atingida por este grande incêndio, afirmando até que a situação está a ser descrita com grande alarmismo. Tanto o presidente como o secretário regional com a pasta da Proteção Civil no Governo Regional da Madeira, Pedro Ramos, estão a ser acusados de estarem ausentes, durante o decorrer das operações. Ambos, encontram-se de férias na ilha do Porto Santo, "abandonando as operações no terreno."
A população teve de abandonar as suas casas, as habitações estão sem água e a destruição das reservas naturais da ilha, como por exemplo a Floresta Laurissilva, deixou atrás de si um cenário de tristeza e desolação, mas para o presidente madeirense, está tudo controlado e os danos são mínimos. O vento, a urografia do terreno e os acessos difíceis têm impedido o acesso dos bombeiros a determinadas áreas da ilha e por isso tem sido adotada a técnica do "deixa arder". A chegada dos dois meios aéreos vem agora dar apoio ao único helicóptero que tem estado a atuar na ilha desde o início do incêndio. No passado sábado, chegaram à ilha "80 elementos da Força Especial dos Bombeiros," que têm estado a ajudar no combate a este incêndio.
José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa Regional, destacou a importância do helicóptero que serve a ilha e ressalva que "há alguns prejuízos, quer em casebres, quer em palheiros, quer em terrenos agrícolas," e que "há danos ambientais difíceis de recuperar."
"Catorze percursos pedestres classificados e quatro áreas de lazer da Madeira" foram entretanto encerrados, "por prevenção, devido aos incêndios rurais na ilha." No entanto, muitos turistas ignoram os avisos e continuam a usar esses trajetos.
Fontes:
Ontem ocorreu um naufrágio ao largo de Palermo. Segundo as autoridades locais, pode ter-se dado o caso do veleiro ter sido atingido por um pequeno tornado (um fenómeno conhecido como tromba de água), que na altura passou por aquela região, e que pode ter sido a causa para o naufrágio desta embarcação "por volta das 5 horas da manhã de segunda-feira."
Segundo o relato de várias testemunhas, parece "que o mastro do barco, com 75 metros (um dos mais altos do mundo) quebrou durante a tempestade, o que provocou um desequilíbrio na embarcação e consequente naufrágio."
Durante o dia de ontem chegou a ser "recuperado o corpo de um membro da tripulação, o cozinheiro Ricardo Tomas." Foi também "revelada a identidade dos desaparecidos: Jonathan Bloomer, o presidente do Morgan Stanley International, a sua esposa Anne Elizabeth Judith Bloomer, o empresário britânico Mike Lynch e a sua filha Hanna, o advogado de Lynch, Chris Morvillo e a sua esposa Nada."
Na altura do naufrágio, o "veleiro de cerca de 56 metros tinha 22 pessoas a bordo"e encontrava-se "ancorado" a cerca de "500 metros do porto de Porticello quando uma tempestade inesperada a atingiu". Dentro do iate decorria uma festa. "Pensa-se que as pessoas desaparecidas estivessem nas suas cabines", sendo possível que os corpos ainda estejam no interior do veleiro.
"As autoridades conseguiram resgatar 15 pessoas do mar," estando um bebé de apenas um ano entre os resgatados. A mãe da criança conseguiu explicar que “enquanto dormiam, a certa altura o iate virou devido ao tornado e eles deram por si na água”. A bebé foi entretanto "transportada para o Hospital Infantil de Palermo." Foi também resgatada a mulher do empresário britânico Mike Lynch.
Infelizmente, a esperança para os desaparecidos é quase nula, mas as buscas ainda continuam. Os destroços do veleiro foram já "encontrados a cerca de 50 metros de profundidade," e os mergulhadores continuam a inspecioná-los. As buscas incluem, além dos mergulhadores, "helicópteros, embarcações da guarda costeira, bombeiros e proteção civil."
Fontes:
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/quem-sao-os-seis-desaparecidos-do-naufragio-em-italia
Hoje assinala-se o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, uma data tão importante quando relevante e necessária, criada "em memória das 22 vitimas do atentado à Nações Unidas em Bagdade, no Iraque." A data foi criada exatamente com o intuito de celebrar o trabalho de todos aqueles que "ao serviço dos outros e na defesa de causas humanitárias, arriscam as suas vidas na frente de combate, muitas vezes, em cenários inóspitos de guerra."
Em ocasião desta data, refere a OMS que, desde o início do conflito, os "serviços de saúde da Ucrânia sofreram 1940 ataques", naquele que é já o maior número "registado durante uma crise humanitária." Na prática, destes ataques resultou a destruição de cerca de 200 ambulâncias por ano devido a ataques russos na Ucrânia. O grande problema está também naquilo que é chamado de "duplo ataque", em que "um bombardeamento inicial é seguido de um segundo bombardeamento, destinado a matar as equipas de socorro que acorrem em auxílio das vítimas do primeiro." Algo que não pode de forma nenhuma ser tolerado!
Pelo mundo, a OMS acode anualmente a diferentes crises humanitárias, provocadas não só pos conflitos armados, mas também por catástrofes naturais. Os mais afetados são sobretudo as populações mais pobres, e as faixas mais suscetíveis das populaçoes continuam a ser as crianças e os idosos.
Uma das situações mais graves é, sem dúvida, o que se passa na fronteira sudanese, com "aproximadamente 13 milhões de pessoas" deslocadas. Cerca de 800 mil pessoas estão isoladas no Darfur, sem acesso a comida e "sem serviços essenciais."
Fontes:
https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-mundial-da-ajuda-humanitaria
https://news.un.org/pt/story/2024/07/1834601
Hoje recordo as músicas da minha infância e, na altura, mal eu sabia que devia a esta senhora as criações e adaptações que eu ouvia e cantarolava. Ana Faria, deixou-nos ontem, mas as suas músicas irão sempre fazer parte das minhas lembranças e, de certeza, das vossas também. Tinha 74 anos.
Foi no programa Zip Zip, transmitido no final da década de 1960, que Ana Faria se tornou conhecida (nessa altura eu ainda não era nascida) interpretando a "Canção de Embalar", de José Afonso, e "Avé Maria do Povo", popularizada por Simone de Oliveira. Em 1982, publica o disco "Brincando aos Clássicos", em que "interpretava sinfonias clássicas de compositores como Beethoven ou Mozart."
Em conjunto com o marido, Heduíno Gomes, que era responsável pela produção, "criaram os grupos Queijinhos Frescos, Jovens Cantores de Lisboa, seguindo-se os Onda Choc, com mais de um milhão de discos vendidos." Foram também responsáveis pela criação dos Popeline.
"A maioria das músicas destas bandas eram sucessos de versões internacionais com uma letra nova em português," que todos decorávamos de tanto rodar as cassetes! Era um mimo, que a minha mãe me comprava, ainda antes de termos leitor de cd's e, algumas dessas cassetes ainda resistiram e estão cá em casa. Momentos felizes.
Os "Quijinhos Frescos" era formado "pelos três filhos de Heduíno Gomes e Ana Faria, nomeadamente: João Faria Gomes, o mais velho; Nuno Faria Gomes, o irmão "do meio"; e Pedro Faria Gomes, o mais novo." Ainda gravaram alguns discos "para a editora CBS" tendo obtido bastante sucesso "na década de 1980."
Em 1984 sai o álbum "Ana Faria e os Queijinhos Frescos", ao qual se seguiu o álbum discográfico "Batem Corações." Segue-se o lançamento do "single com o tema do programa Jornalinho da RTP." Em 1986, é então "editada a compilação "O Melhor dos Queijinhos Frescos." Aparece então um novo grupo infantil: Onda Choc.
Os Onda Choc era um grupo "constituído por rapazes e raparigas entre os 10 e os 15 anos de idade. Os elementos eram recrutados através de casting e ou através do coro juvenil dos Jovens Cantores de Lisboa. Os ensaios das canções e das coreografias decorriam num pavilhão do Clube Futebol Benfica (também conhecido como Fófó), e as produções discográficas ficaram a cargo de Heduíno Gomes, o marido da cantora Ana Faria."
Em 1992 surgiram as "Popeline", um grupo feminino de música infantil. Recordo as roupas coloridas e os chapéus!
Ana Faria dedicou-se mais tarde à pintura e aos retratos, bem como à escrita para crianças.
Fontes:
https://observador.pt/2016/01/20/ministars-onda-choc-outros-miudos-cantam/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_Choc
https://pt.wikipedia.org/wiki/Queijinhos_Frescos
Será que a nossa espécie não consegue evoluir ao ponto de entender que a guerra só nos leva à dor e à destruição? Às vezes, parece que não mudámos nada desde o tempo das Cruzadas...
Gostava que tivessemos crescido e aprendido um pouco mais, que as guerras não fossem consideradas "santas", que as invasões não fossem consideradas "operações militares especiais"... o que há são interesses pessoais, pessoas retrógadas com ideais individualistas e com fome de poder. O que há não são interesses nacionais, nem patrióticos, mas sim questões de dinheiro e poder que só beneficiam alguns seres energúmenes.
Como é que se continuam a atacar serviços de saúde e escolas? Como é que se mata indiscriminadamente? Como é que se usam pessoas como escudos humanos e como é que se arranjam desculpas que justificam os ataques perante os Estados vizinhos, coniventes e colaborantes na carnificína?
Como é que a nossa espécie não evolui? Somos assim tão animais, mais do que os próprios que o são?
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