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O calor chegou em força a Portugal continental e muitos já se dirigiram hoje até à praia. Eu por mim, nestes dias mais quentes, prefiro os fins de tarde para sair de casa e se tal me for possível, passo as horas de maior calor a descansar. As temperaturas por aqui passaram dos 35 graus e poderá ter chegado quase aos 40 em algumas zonas do país. 

Mas isso fica aquém das altas temperaturas que têm estado a afetar o leste da Índia e o Paquistão e que, já ultrapassaram os 50 graus! Na quarta-feira, registaram-se 52,3 graus Celsius na capital da Índia, Nova Deli ("embora este valor possa ser revisto depois de o departamento meteorológico verificar os sensores da estação meteorológica que registou a leitura").

"As autoridades alertaram que a água pode vir a escassear." Apesar de serem normais as altas temperaturas (no ano passado o número de mortos por ondas de calor, nesta mesma altura atingiu a centena de vítimas), estes períodos são cada vez mais frequentes e mais severos. Espera-se que as temperaturas comecem a diminuir progressivamente, mas o número real de vítimas pode ainda vir a aumentar. 

O "Paquistão também está a ser afetado por fortes vagas de calor, com um pico de temperatura no domingo avaliado em 53 graus celsius em Sindh, uma província fronteiriça da Índia." Hoje os números divulgados já ultrapassaram os 20 mortos, devido a situações de insolação (que levam rapidamente à desidratação).

Já no "nordeste do país," foram registadas "violentas rajadas de vento e chuvas torrenciais à passagem do ciclone Remal, que no domingo provocou mais de 65 mortos na Índia e no Bangladesh" e destruiu cerca "de 30.000 casas." Os danos e as mortes deveram-se, na sua maioria, à fragilidade das habitações e ao desabamento de diques. Qualquer alteração climática terá sempre um efeito mais nefasto nas zonas mais pobres do mundo e, num mesmo país, o drama é ainda maior quando uma parte da população está sem água e outra luta contra cheias devastadoras.

Fontes:

https://sol.sapo.pt/2024/05/29/altas-temperaturas-nova-deli-regista-temperatura-recorde-de-523-graus/

https://expresso.pt/internacional/2024-05-29-capital-da-india-regista-temperatura-recorde-de-523-graus-celsius-f7c15722

https://expresso.pt/internacional/2024-05-27-ciclone-causa-10-mortos-e-destroi-mais-de-30-mil-casas-no-bangladesh-4e9598c7

https://www.publico.pt/2024/05/31/azul/noticia/india-onda-calor-tera-causado-menos-24-mortos-24-horas-2092404

 

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publicado às 20:36

Faleceu o Embaixador de Portugal em Cabo Verde

por Elsa Filipe, em 25.05.24

Paulo Jorge Lopes Lourenço tinha apenas 52 anos e terá sido, ao que se sabe, vítima de enfarte. O acontecimento deu-se ao final do dia de ontem, na cidade da Praia, depois de uma caminhada. Durante o dia, tinha participado "em atividades públicas no centro histórico da Praia e na Escola Portuguesa de Cabo Verde."

O corpo será repatriado para Portugal.

Paulo Lourenço, nasceu a 10 de março de 1972, em Angola e era "diplomata de carreira desde 1995." Desempenhou funções em Luanda, Londres, Sarajevo, Bósnia e Belgrado. Foi Consul-geral de São Paulo, no Brasol, entre 2012 e 2018 e, mais recentemente, chefe de direção geral de Política e Defesa Nacional entre 2020 e 2022, "funções nas quais negociou o novo programa-quadro de Defesa entre Portugal e Cabo Verde para o período 2022 a 2026."

Fontes:

https://observador.pt/2024/05/25/embaixador-de-portugal-em-cabo-verde-morreu-de-enfarte-cardiaco-fulminante/

 

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publicado às 19:10

Numa extensão que vai desde a Polónia até à Noruega, são seis os países que acordaram usar drones e outras tecnologias para proteger as suas fronteiras. Lituânia, Letónia, Estónia, Finlândia, Noruega e Polónia, vão "usar sistemas de vigilância" que lhes permitirão prevenir ataques hostis e "contrabando".

Enquanto isso, a Rússia terá mobilizado um grupo de "2000 soldados e oficiais", além de vários "mercenários experientes" oriundos do Regimento russo destacado em África, para combaterem nos ataques a Kharkhiv. Este alerta foi feito pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. Este Regimento terá sido criado em dezembro de 2023. Segundo a acusação do governo britânico, estes homens terão sido "muito provavelmente enviados para a Síria, Líbia, Burkina Faso e Niger" e depois terão seguido para as fronteiras com a Ucrânia já em abril deste ano.

Segundo Kiev, o objetivo desta ofensiva em "Vovchansk, na província de Kharkhiv,"será levar à "rutura das linhas defensivas ucranianas, enfraquecidas por dois anos de guerra." E se a Ucrânia cair, que mensagem será dada à Rússia? O que será esperado daí em diante? Em que posição nos vamos colocar como Estado?

Sabemos que a Rússia tem muitos apoiantes - o que é natural, estejamos ou não de acordo com eles - e que uma guerra é, também, um "jogo" de tabuleiro que mexe com muito mais do que armamento, ataques e defesas. Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a China foi um dos países que se distanciou do contexto direto "de guerra, recusando-se a fornecer apoio militar," mas que no entanto nunca tomou uma posição condenatória das ações de Moscovo. Esse apoio tem sido visto em termos económicos, fazendo com que as sanções ocidentais aplicadas à Rússia, não se tenham mostrado eficazes. "Pequim comprou" mesmo "petróleo, carvão, cobre e níquel," à Rússia, "garantindo importantes fontes de rendimento ao Kremlin. Perante estas circunstâncias, o gigante asiático tem um interesse claro em impedir uma vitória ucraniana, já que esta fortaleceria o Ocidente e aumentaria o risco da queda de Putin."

A Bielorrússia, por sua vez, já todos sabemos que é um dos grandes apoiantes da Rússia. Este "estado, que anteriormente integrava a União Soviética, tornou-se num vassalo da Rússia. Sem grande interesse a nível económico e sem capacidade para ceder ajuda militar, a Bielorrússia é importante pela postura fiel que apresenta em relação aos planos políticos de Vladimir Putin." Foi mesmo a partir deste território que a invasão da Ucrânia teve início.

Já o Irão, "tem fornecido, desde o início da guerra na Ucrânia, um apoio militar sem precedentes à Rússia. As entregas de armamento passam, em grande parte, pelo envio de drones kamikaze, que têm aumentado a capacidade de ataque aéreo das forças de Moscovo." Também o Regime de Pyongyang, na Coreia do Norte, "é outro grande apoio militar para Moscovo. O regime norte-coreano tem fornecido enormes quantidades de munições - um elemento essencial numa guerra de longo prazo, na qual a rapidez de produção de armamento não acompanha as necessidade no campo de batalha."

Mas e os países africanos? Que benefícios tiram deste guerra? Bem, um desses benefícios foi conseguido na Cimeira Russia-África, realizada em 2023 e em que Putin se comprometeu a "fornecer cereais gratuitamente a seis países africanos." Entre os beneficiários estavam o "Burkina Faso, o Zimbabué, o Mali, a Somália, a República Centro-Africana e a Eritreia". Apesar de Angola se estar a aproximar cada vez mais das políticas do Ocidente, a verdade é que, anteriormente, os dois países tinham celebrado um importante plano de cooperação (anexado ao acordo de cooperação militar, técnico-militar e policial entre a Rússia e Angola para os anos 2014-2020), "cujos programas individuais" chegam "a prever a construção de fábricas de armamento com patente russa em território angolano." Este mesmo programa "previa o fornecimento de armamento aos três ramos das forças armadas angolanas, incluindo aviões de combate, vigilância e treino, mísseis e outras armas sensíveis à força aérea angolana; navios de patrulha à marinha ou construção de uma fábrica de artilharia e outra de armas ligeiras, modernização de blindados, e cedência de armas ligeiras ao exército e polícia angolanos."

No que respeita a Moçambique, "a Rússia assinou nos últimos anos vários acordos militares, um de proteção mútua de informações classificadas, em agosto de 2019, e outro de procedimentos simplificados para a entrada de navios de guerra russos em portos moçambicanos, em abril de 2018, seguido de um memorando de cooperação naval um ano depois." Não nos podemos esquecer que a Rússia enviou "o grupo paramilitar Wagner para combater a al-Shabab em Cabo Delgado, numa operação efémera, que se saldou por um fracasso dos mercenários russos."

A própria Guiné-Bissau, "para além do perdão da dívida na ordem dos 26 milhões de euros, anunciado pelo Governo russo em março último," também surge "nos registos oficiais russos como signatária, em novembro de 2018, de um acordo de cooperação técnico-militar." Haverá um aproveitamento das fragilidades destes países, ou será a ganância dos seus governantes e altas patentes que aqui está em causa?

Fontes:

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2567990/paises-da-nato-vizinhos-da-russia-vao-erguer-muro-de-drones

https://observador.pt/2024/05/24/londres-avanca-que-russia-mobilizou-unidades-de-africa-para-ofensiva-em-kharkiv/

https://www.jn.pt/8090083123/quem-sao-os-aliados-internacionais-que-sustentam-o-regime-de-vladimir-putin/

https://www.publico.pt/2023/07/27/mundo/noticia/putin-promete-cereais-gratuitos-seis-paises-africanos-2058337

https://expresso.pt/internacional/2024-05-19-acordo-militar-com-angola-e-o-mais-ambicioso-dos-assinados-pela-russia-com-os-palop-e602bda2

 

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publicado às 22:03

Sobre os desaparecidos em Portugal...

por Elsa Filipe, em 23.05.24

Volta não volta, são dadas notícias sobre mais um desaparecimento. Uns acabam por aparecer, através de buscas ou mesmo voluntariamente, mas outros, infelizmente, nunca chegam a aparecer. As situações mais críticas, ou que causam mais alerta social são, sem dúvida, as que envolvem crianças.

Em 2023, as "autoridades registaram o desaparecimento de 1010 crianças e jovens em Portugal." Destas, felizmente todas foram "encontradas, segundo dados da Polícia Judiciária (PJ)."

De acordo com a PJ números, destas "1010 crianças desaparecidas em 2023, 179 tinham menos de 14 anos, enquanto as restantes 831 se situavam entre os 14 e os 17 anos de idade." Estes números, incluem também aquelas crianças e jovens que estão "institucionalizadas e que têm vários desaparecimentos ao longo do ano,” o que pode inflacionar estes números.

Devido a uma maior anutonomia e facilidade de deslocação, são aqueles entre os 14 e 17 anos, os casos mais complicados de resolver. Muitas vezes, há também a dispersão de dados, uma vez que a "informação sobre pessoas desaparecidas está dispersa em Portugal por diferentes autoridades." Informação essa, que segundo Miguel Gonçalves (inspetor-chefe da Polícia Judiciária), deveria estar centralizada.

Fontes:

https://observador.pt/2024/05/22/cerca-de-1-000-criancas-foram-registadas-como-desaparecidas-em-portugal-em-2023/

https://expresso.pt/sociedade/2024-05-22-mais-de-1.000-criancas-foram-registadas-como-desaparecidas-em-2023-752a2e52

 

 

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publicado às 12:14

As manifestações estudantis que exigem o corte das relações com Israel começaram pelos EUA e rapidamente se espalharam ao Canadá, México, alguns países da Europa e à Austrália.

Em Espanha, a Universidade Pública de Navarra, começou por tomar a decisão de "cortar relações com centros israelitas que não rejeitem crimes contra a humanidade," seguindo-se "a Pablo de Olavide, de Sevilha," que também rompeu "todas as relações atuais e futuras com empresas e centros educacionais em Israel."

Entretanto, por cá, num "documento subscrito por 65 académicos," pede-se a priorização ética daquilo que se passa em Gaza, mostrando como exemplo uma comunidade onde se "ensina a resistir, mesmo em condições inimagináveis, aos intentos colonizadores e neoimperialistas" ao mesmo tempo que "elucida, sobre o quanto mais fortes que a repressão podem ser as ideias e o saber que continuarão resistentes mesmo debaixo dos bombardeamentos contínuos de já há longos sete meses".
 
Apesar de todas as instituições terem sido destruídas,  "uma prova de mestrado" foi mesmo assim efetuada "no interior de uma tenda num campo de refugiados" o que demonstra uma enorme capacidade de resiliência.
 
Assim, estes académicos exigem à "Universidade do Porto que não tenha relacionamento com o Estado de Israel, com empresas e instituições israelitas, ou em que estas estejam envolvidas, que, de qualquer forma, contribuam para a ocupação da Palestina e para a prossecução da guerra contra o Povo Palestiniano, e que denuncie acordos de colaboração que tem com as Universidades de Israel". Proclamam ainda, "a necessidade de criar e intensificar a cooperação com as instituições de ensino e de investigação palestinianas, num compromisso que a U. Porto deve assumir com o direito à educação, à liberdade de investigação científica e à ciência como instrumento de progresso e de paz", exigindo também "uma política de transparência relativamente a este assunto para que os subterfúgios e equívocos não possam ser mais evocados."
 
Os protesto começaram no dia 08 deste mês e têm-se vindo a acentuar, tendo sido esta segunda-feira, que as coisas se complicaram, com a ocupação da universidade, a qual exigiu a presença das autoridades.
 
Fontes:
 
 
 

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publicado às 19:57

Região de Nápoles sente abalos sucessivos

por Elsa Filipe, em 21.05.24

Na região italiana de Nápoles, têm sido sentidos vários sismos nos últimos dias, o maior dos quais terá chegado aos 4.4.

"A proteção civil accionou a Unidade de Crise em Nápoles e nas cidades vizinhas de Pozzuali e Bacoli, que se situam na caldeira vulcânica dos Campos Flégreos," devido ao aumento da atividade sísmica. Alguns edifícios sofreram pequenos danos, mas não houve registo de quaisquer vítimas. 35 famílias foram retiradas de suas casas na região de Nápoles, onde as escolas foram também encerradas, devido à ocorrência "de cerca de 150 sismos." Esta zona tem "cerca de meio milhão de habitantes."  Quatro centros de acolhimento foram preparados para receber "os habitantes que procuram abrigo para passar a noite, enquanto as escolas serão inspecionadas pelos bombeiros," de forma a saber se estão seguras.

"O vulcão, que se estende por um perímetro de 15 por 12 quilómetros, apresenta a típica depressão de fundo plano, deixada após uma erupção", sendo esta a maior "caldeira ativa na Europa," situada na "orla marítima entre Nápoles e Pozzuoli."

Fontes:

https://www.dnoticias.pt/2024/5/21/406214-napoles-registou-durante-a-noite-mais-de-150-sismos-sem-vitimas/

 

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publicado às 22:36

Presidente do Irão morre em acidente

por Elsa Filipe, em 20.05.24

Um acidente de helicóptero terá ontem vitimado o presidente do Irão, Ebrahim Raisi. O acidente aconteceu ontem, quando o aparelho se despenhou "na zona de Kalibar e Warzghan, na província do Azerbaijão Oriental, no noroeste do país."

Segundo as autoridades iranianas, o "helicóptero que transportava Raisi e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, foi localizado esta segunda-feira numa montanha no noroeste do Irão, sem quaisquer sobreviventes." O presidente e a restante "comitiva regressava da fronteira com o Azerbaijão, onde Raisi inaugurou uma barragem com o seu homólogo azeri, Ilham Aliyev."

Foram já diversas as "reações internacionais", entre os quais Israel que descartou logo qualquer tipo "de responsabilidade." Segundo o Crescente Vermelho, "os restos mortais de Raisi e dos outros oito passageiros que seguiam no helicóptero" já terão sido recuperados. Não sei se este é o número correto, mas falaram-se em "65 equipas de salvamento" presentes no terreno durante as buscas, acrescentando-se aqui também a notícia de que a Rússia terá ainda enviado "uma equipa de socorro com 47 especialistas, veículos todo-o-terreno e um helicóptero."

"Teerão confirmou entretanto que o vice-presidente Mohammad Mokhber passa a chefe de Estado interino," e que não haverá perturbação no que respeita à estabilidade do país. O Hamas já "enviou uma mensagem de condolências pela morte do presidente do Irão," que considerou como "um dos melhores líderes iranianos", e que prestou "um apoio valioso à causa palestiniana". No Líbano, o Hezbollah também "apresentou as suas condolências aos dirigentes iranianos," descrevendo o presidente Ebrahim Raissi como um "protetor dos movimentos de resistência" contra Israel na região. Também o "emir do Qatar, Tamim bin Hamad al Thani, e os rebeldes xiitas Houthi do Iémen expressaram" hoje as suas condolências "ao Irão pela morte do presidente."

"O Paquistão declarou um dia de lutodevido à morte do presidente do Irão e do ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros. Também os chefes de Estado da Venezuela, da Índia e do Iraque transmitiram a Teerão condolências pelo acidente de domingo." Outro líder que enviou as suas condolências, foi Kim Jong Un, da Coreia do Norte, que "enviou uma mensagem de condolências ao presidente interino do Irão, Mohammad Mokhber." Muitos outros líderes se mostraram tristes e consternados com o acidente ocorrido.

Fontes:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/governo-do-irao-confirma-morte-do-presidente-ebrahim-raisi-e-afasta-perturbacao_n1572759

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2564221/ao-minuto-morte-de-raisi-nao-causara-perturbacao-quem-tomara-o-cargo

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2564391/equipas-de-socorro-recuperam-corpos-de-vitimas-no-irao-eis-o-resgate

 

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publicado às 20:57

Em Moçambique, no dia 11 de maio, morreu o embaixador da Rússia em Maputo, Alexander Surikov, mas apesar de não se saber ainda a verdadeira razão da sua morte, não irá haver qualquer investigação, nem sequer uma autópsia, por indicação superior, como nos fazem saber as notícias que circulam.

Alexander Surikov, tinha 68 anos, e tinha sido "nomeado por Vladimir Putin para o cargo de embaixador de Moçambique em 2017". O embaixador foi encontrado morto, no passado "sábado à noite," na sua "residência oficial em Maputo e, segundo a polícia moçambicana, as autoridades russas não autorizaram qualquer exame ao corpo, segundo informação anterior da polícia." O que se passa é que existe aqui um caso de imunidade diplomática.

"Ele deve ter falecido em casa, ou seja, isso é território russo e os russos têm plenos poder para decidir sobre o que fazer ou não a embaixador seu que faleceu em território russo, digamos", afirmou José Milhazes numa entrevista ao DW

Refira-se que, quando "o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo", o corpo tinha sido já "acondicionado”, ou seja, não chegaram a aceder ao corpo de forma a tirar essa conclusão. Segundo a versão preliminar da diplomacia russa é que se terá tratado de "um acidente vascular cerebral."

Fontes:

https://observador.pt/2024/05/16/ministerio-publico-mocambicano-renuncia-a-investigacao-a-morte-de-embaixador-da-russia/

https://cnnportugal.iol.pt/russia/mocambique/embaixador-russo-morre-em-mocambique-russia-impede-autopsia-e-fala-em-acidente-vascular-cerebral/20240512/6640e513d34e04989220c10f

https://www.dw.com/pt-002/medidas-russas-no-caso-da-morte-do-seu-embaixador-em-maputo-visam-evitar-especula%C3%A7%C3%B5es/a-69086062

 

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publicado às 16:53

O lado mais negro da guerra

por Elsa Filipe, em 16.05.24

A guerra tem muitos lados, muitas cores, muitas razões... mas tem sobretudo muitas vítimas inocentes.

Desde o início da guerra, contam-se 35173 mortos e 79061 feridos. Os aviões bombardeiam diariamente edifícios de habitação, escolas onde se encontram refugiados. Debaixo dos escombros, estão corpos por recuperar porque os ataques continuam e as ambulâncias nem sequer se conseguem aproximar.

Em Gaza, após cada ataque, bebés e crianças enchem os hospitais. Os que sobrevivem aos ataques, sofrem depois a amputação de membros esmagados. A realidade é atroz. Muitas vezes, faltam medicamentos, analgésicos e antibióticos. "Mais de um milhar de crianças já tiveram membros amputados." Além de muitas serem "amputadas sem anestésicos para aliviar a dor", há ainda o problema da recuperação e do aumento da probabilidade de contrairem infeções.

E a verdade é que há poucos profissionais de saúde e, os que lá se mantêm, estão em constante sobressalto com receio de serem eles também vítimas dos atiradores israelitas. Também os que vão em auxílio são atacados. "Um trabalhador internacional da ONU morreu na segunda-feira e outro ficou ferido num ataque a um veículo das Nações Unidas perto da passagem de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito e cujo lado palestiniano é controlado por Israel há uma semana."

Outro problema grave são os corpos que se encontram em decomposição e que são eles próprios uma fonte de propagação de bactérias e de doenças.

Tal como os ataques direcionados aos hospitais, as escolas e universidades têm sido alvos das tropas israelitas. No entanto, "Telavive diz não estar a visar diretamente o sistema de educação de Gaza e acusa o Hamas de utilizar estas infraestruturas de educação para camuflar atividades militares."

Desde novembro, que as escolas estão fechadas e que as crianças andam pelas ruas. Sobrevivem conforme podem. Muitas já perderam vários elementos da família e viram morrer amigos, mas têm de continuar. "Em várias regiões há escolas improvisadas em tendas que tentam garantir que os mais jovens continuam a ter acesso à educação, numa altura em que o conflito não tem fim à vista."

Fontes:

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/o-lado-dos-profissionais-de-saude-na-palestina-ha-uma-media-de-15-amputacoes-por-dia-principalmente-em-criancas-isto-ha-seis-meses-gaza-e-o-inferno-na-terra?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/pelo-menos-82-mortos-e-234-feridos-nas-ultimas-24-horas-na-faixa-de-gaza

https://sicnoticias.pt/especiais/conflito-israel-palestina/2024-05-15-video-ha-mais-de-meio-ano-que-as-criancas-e-jovens-de-gaza-nao-tem-aulas-devido-ao-conflito-298e4aec

 

 

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publicado às 10:02

Cheias no Afeganistão

por Elsa Filipe, em 14.05.24

O Afeganistão está também a viver uma situação de calamidade depois do norte do território ter sido atingido por fortes cheias. As chuvas repentinas provocaram deslizamentos de terras que "arrastaram casas, terras de cultivo, pessoas e animais, provocando mais de 300 vítimas mortais, entre elas 50 crianças."

Contabilizam-se já milhares de feridos e desalojados. Tendo em conta o caos "desencadeado por dias de chuvas incessantes e inundações que soterraram cidades inteiras e destruíram infraestruturas essenciais, como pontes e estradas, o regime talibã afirma que o número de vítimas poderá continuar a aumentar."

Muita da ajuda está a ser transportada de burro, uma vez que não há forma de fazer circular camiões nos acessos às regiões mais afetadas. A população pede ajuda, mas desde que os Talibã tomaram conta do país em 2021, a maioria das organizações internacionais reduziram bastante a sua presença. Apesar de tudo, a OMS já enviou para a zona afetada "7 toneladas de medicamentos e kits de emergência." A União Europeia também já tomou a decisão de "enviar 97 toneladas de bens essenciais."

Fontes:

https://radiocomercial.pt/noticias/152043/sobe-para-342-o-numero-de-mortos-nas-cheias-no-norte-do-afeganistao

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-05-13-video-afeganistao-indonesia-e-brasil-continuam-buscas-por-sobreviventes-das-cheias-a9498164

 

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publicado às 10:58

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