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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Ainda o mundo está em choque com a situação que aconteceu em Moscovo e que provocou 137 mortos e que veio expor as prioridades de segurança da Rússia, já Putin vem tentar tapar as fragilidades do regime. Este fim-de-semana voltamos a assistir ao aumento da sensação de perigo a nível internacional. Se a guerra nos assusta, mais ainda custa a incapacidade em lidarmos com a ameaça de ataques terroristas, como o que ocorreu em Moscovo. Parece estar longe, mas aquela sala de espetáculos, poderia ser qualquer uma das nossas salas, dentro ou fora da nossa capital. Depois, aquilo que também me deixa inquieta é a utilização deste ataque como desculpa para se aumentar o nível de ataque a outro país, ou de criar novas desconfianças.
Começando pelo ataque e apesar da brutalidade das ações que os seus perpretadores cometeram, há agora a denúncia de que os elementos que foram detidos e que alegadamente foram os culpados pelo atentado, estão a ser sujeitos a ações de tortura. Vários países condenaram os ataques, e sabe-se também que a Rússia tinha sido avisada com antecedência de que estaria a ser preparado um grande ataque em solo russo. Não foram tomadas medidas para que o ataque fosse evitado, ou se foram, estas não foram eficazes.
"As forças de segurança russas" perseguiram e detiveram onze indivíduos de nacionalidade alegadamente tajique, ou pelo menos, que se faziam acompanhar por passaportes do Tajiquistão, que estariam relacionados "com o ataque na sala de concertos Crocus City Hall." Os suspeitos foram apanhados "na região de Bryansk," que se situa a cerca "de 340 quilómetros do local do ataque, na fronteira com a Ucrânia e a Bielorrússia." Quatro desses onze detidos, terão sido os atacantes que dispararam indiscriminadamente dentro do Crocus City Hall e que depois lançaram uma bomba incendiária que destruiu o edifício. No entanto, tendo em conta as imagens transmitidas pelo "autoproclamado Estado Islâmico" que mostra, "alegadamente, os homens armados do Daesh-Khorasan na sala de espectáculos de Moscovo" e que afirma que os combatentes terão voltado em segurança, então como é que foram detidos? Quem mente aqui?
Nas imagens que a televisão pública russa transmitiu, vê-se a entrada de quatro elementos na sala de tribunal e três dos homens detidos aparecem com "sangue no rosto." Um deles apareceu em tribunal em cadeira de rodas e aparentemente sem um olho e outro deles, com a face inchada e aparentemente desorientado. Três dos quatro suspeitos, acabaram por admitir a culpa pelos atentados em tribunal e todos eles "arriscam uma pena de prisão perpétua por terrorismo." Este ataque "reabriu o debate na Rússia sobre a pena de morte," que não foi ainda "aplicada no país" - pelo menos, não formalmente - "mas o Código Penal prevê" a aplicação da pena capital "em casos de terrorismo." Apesar de terem confessado o crime, os presos terão sido pressionados a fazê-lo mediante tortura e isso não é aceitável, mesmo que se condene veementemente todos os crimes cometidos. Ou melhor, perante a alegada tortura, não chegamos a saber se foram mesmo estes os verdadeiros terroristas ou se assumiram para que a tortura parasse.
Num vídeo, "divulgado na Internet e cuja autenticidade não foi confirmada, parece mostrar um dos suspeitos a ter uma orelha cortada por alguém fora das câmaras."
No entanto, não há comentários da parte de elementos do regime russo sobre "a reivindicação do EI", e num "discurso televisivo difundido várias horas depois do atentado, Putin condenou o que descreveu como um ato terrorista bárbaro e sangrento e apelou à vingança."
"Os Estados Unidos acreditam na reivindicação do ataque pelo Estado Islâmico, em particular, pelo Isis-K, um ramo do Daesh com sede no Afeganistão," mas "os investigadores russos afirmam que os atacantes têm laços com a Ucrânia."
"O Kremlin acredita que os Estados Unidos estão a tentar esconder as culpas da Ucrânia no ataque terrorista," alegando "que quatro dos detidos tentaram cruzar a fronteira" entre os dois países e que teriam aí apoio para "escapar."
"As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque." Apesar de tudo, quando finalmente apareceu para falar sobre o atentado, Putin afirmou estar em "guerra." De facto, o conflito teve agora um aparente novo "impulso destrutivo", o qual "acontece quando o Kremlin reconhece estar em estado de guerra ao fim de dez anos da anexação da Crimeia e da guerra por procuração no leste ucraniano, e dois anos depois da invasão que apelidou de Operação Militar Especial”.
Ontem, "em resposta a uma vaga de ataques de mísseis russos contra o território ucraniano," em que "o espaço aéreo polaco" foi violado por um "míssel cruzeiro lançado contra alvos no oeste da Ucrânia," este país "decretou estado de alerta e ativou a Força Aérea para proteger a zona de fronteira com a Ucrânia." O míssel terá entrado "no espaço polaco perto da cidade de Oserdow" e permanecido "lá durante 39 segundos. Durante todo o voo, foi observado por sistemas de radar militares".
Tendo em conta o atentado em Moscovo, "reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico, que também representa um ameaça para a França," Macron anunciou que o país se encontra "em estado de alerta máximo para a possibilidade um atentado terrorista."
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/terrorismo-franca-em-estado-de-alerta-maximo_n1559842
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