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10 de março, Ramadão, foi a data limite que o "primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu" impôs para que o Hamas "liberte os reféns israelitas", informando que se tal não acontecer "a ofensiva terrestre vai seguir para Rafah, junto à fronteira com o Egito, onde neste momento se concentram já milhão e meio de civis palestinianos."

Isto até parece uma espécie de "brincadeira" não fosse a gravidade de tudo o que se está a passar. Quase 30 000 pessoas terão já morrido na Faixa de Gaza devido a estes constantes ataques e cerca de 70 000 feridos já foram registados! Têm sido muitos os pedidos para um novo cessar-fogo, mas Tel Aviv pelo contrário pretende expandir a sua ofensiva "contra a cidade de Rafah, mais ao sul, onde cerca de metade dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza estão abrigados, depois de deslocados pelo conflito."

Aquilo que me fica quando leio estas notícias e vou acompanhando estes discursos, é que não há fronteiras que parem a violência e que estamos todos sobre tensão, apesar se o conflito ainda estar, pelo menos geograficamente, longe das nossas portas. Mas eu não esqueço que a Europa ainda há pouco tempo passou por duas guerras mundiais. E que desde aí a paz nunca se chegou a instalar completamente. Pouco tempo, sim, porque se fizermos um pouco de pesquisa, ainda há pessoas vivas que passaram pela Segunda Grande Guerra, ainda há feridas por curar, gente que nunca chegou a regressar à sua casa, à sua cidade... E se ainda há memória viva, se ainda se escrevem biografias, ainda há segredos por confessar, então não foi assim há tanto tempo. De facto, se analisarmos um pouco da nossa história e refletirmos nas notícias que hoje invadem a nossa televisão à luz de alguns acontecimentos passados, compreendemos que decisões tomadass durante a segunda metade do século XIX e durante o século XX estão agora nas bases destes conflitos. 

Mas regressemos so Médio Oriente, onde o "conflito começa agora a ganhar uma verdadeira dimensão regional, depois de as forças israelitas terem levado a cabo pelo menos dois ataques aéreos na cidade costeira de Ghaziyeh, no sul do Líbano." O "grupo armado libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão," tem estado envolvido em conflitos incessantes contra o exército israelita.

Numa visita à Etiópia no passado domingo, Lula da Silva, mete mais achas na fogueira já incandescente acusando Netanyahu de estar a exterminar os palestinos e comparou a situação em Gaza "ao extermínio de judeus na Alemanha" nazi, depois de anteriormente também ter acusado "Israel de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça da ONU." O que o presidente brasileiro terá dito que o "confronto entre um exército muito preparado contra mulheres e crianças" nunca se tinha visto antes na história, a não ser "quando Hitler decidiu matar os judeus" durante a Segunda Guerra Mundial.

Decorre durante esta semana mais um encontro do G20 no Brasil e Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, encontra-se com o presidente brasileiro, de forma a resolver "questões bilaterais e globais" e tentar minimizar a tensão criada com Israel. "O chefe da diplomacia brasileiro, Mauro Vieira, convocou o embaixador israelita para comparecer hoje no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, onde participa na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20." Opiniões e razões à parte, estamos perante acusações mútuas entre duas grandes forças, mas que na verdade nada trazem de positivo para as pessoas que continuam a ser mortas, na faixa de Gaza mas não só, também nos países que fazem fronteira como por exemplo o Líbano.

Fontes:

https://pt.euronews.com/2024/02/20/numero-de-mortos-em-gaza-ultrapassa-29-mil-tensao-no-libano-segue-em-crescendo

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-02-20-Antony-Blinken-no-Brasil-de-olho-no-G20-Gaza-Russia-e-Venezuela-fd2b26a9

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-02-19-Telavive-insiste-que-Lula-peca-desculpa-e-desdramatiza-retirada-de-embaixador-brasileiro-03e96358

https://www.cartacapital.com.br/mundo/hamas-reporta-28-985-mortos-em-gaza-devido-a-guerra-com-israel/

 

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publicado às 10:25


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