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De vários lados chegam suspeitas do envolvimento do Irão no apoio a grupos militantes opostos a Israel. Se de facto isto for verdade, o conflito poderá ter outras repercussões e alastrar a outros países, envolvendo outros grupos armados. Mas por enquanto, apesar das suspeitas serem muitas, as provas não nos permitem afirmar com toda a certeza esse envolvimento. E isto faz-nos pensar no que ainda possa estar para vir...

De facto, os lideres iranianos não escondem o seu apoio ao Hamas, tanto a nível do financiamento como no próprio armamento. A suspeita é de que se trate mesmo de uma espécie de coligação liderada pelo Irão, uma vez que segundo Gilad Erdan (embaixador de Israel), o Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, ter-se-á reunido "com os líderes do Hamas há várias semanas." Raisi disse mesmo saber que se reuniram "na Síria e no Líbano".

Em contrapartida, estas acusações são negadas pelo Irão, que se referiu aos ataques de dia 7 como um ato de "auto-defesa" dos palestinianos, no qual se estima que cerca de 900 israelistas tenham perdido a vida e várias dezenas de outros foram sequestrados.

Mas há outros envolvidos, como o Teerão que procura consolidar a sua influência no Líbano, Síria e Iémen, bem como na Faixa de Gaza, mas que também acabou por negar o seu envolvimento. Sabe-se no entanto que a "Jihad Islâmica Palestiniana - um grupo militante baseado em Gaza, mais pequeno do que o Hamas, mas que constitui uma importante força de combate no enclave costeiro - tem tido uma longa e pública aliança com Teerão."

As autoridades iranianas realizam reuniões regulares com o Hamas e com o Hezbollah, considerados terroristas por outros países da União Europeia e pelos EUA. Já duranto o mês de agosto deste ano, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, se terá deslocado a Beirute para se encontrar com o líder do Hamas, com a Jihad Islâmica Palestiniana e com outros grupos anti-Israel ativos no Líbano.

Israel estava a tentar reatar relações com alguns países árabes, relações essa às quais o Irão se opõe. Uns dias antes dos atentados em Israel, Ali Khamenei, o líder supremo do Irão, afirmou que esse estabelecimento de relações por parte de Israel era um "esforço completamente fútil."

Netanyahu, primeiro ministro israelita declarou que estavam em guerra contra o Hamas e que a resposta israelita aos ataques do "irá mudar o Médio Oriente".

 A Arábia Saudita, que antes dos ataques estaria em sérias conversações com Israel, vem agora defender publicamente a solução de dois Estados e apresenta-se novamente como um firme apoiante da população palestiniana. A questão da Palestina, volta assim a estar presente através das ações do Hamas, que "recordam claramente aos sauditas que a questão palestiniana não deve ser tratada como mais um subtópico nas negociações de normalização", escreveu Richard LeBaron, membro sénior não residente do Conselho do Atlântico. 

Fontes:

https://www.dw.com/pt-002/qual-%C3%A9-o-papel-do-ir%C3%A3o-no-conflito-israel-hamas/a-67056316

https://www.dw.com/pt-002/guerra-israel-gaza-ter%C3%A1-o-hamas-redefinido-a-agenda-israelo-%C3%A1rabe/a-67049727

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/israel/o-hamas-e-o-irao-sao-aliados-de-longa-data-tera-teerao-ajudado-no-ataque-a-israel/20231010/65248ff4d34e371fc0b88682

 

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publicado às 20:32

Massacre

por Elsa Filipe, em 11.10.23

Estou aqui a tentar encontrar as melhores palavras para iniciar... Em todas as guerras há mortos. Em todas se cometem atrocidades. Israel e Palestina. Estamos a assistir a um autêntico massacre.  Famílias inteiras mortas, queimadas, mutiladas, decapitadas pelo Hamas, em ataques terroristas. Num último balanço, contam-se entre os mais de mil mortos, "260 crianças e 230 mulheres". Cerca de 4600 pessoas ficaram feridas. Logo na sequência dos ataques, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou a "preparação de uma ofensiva total contra a Faixa de Gaza que alterará totalmente a situação no terreno".

Segundo Benjamin Netanyahu, caraterizou o ataque do Hamas a Israel como “uma selvajaria nunca vista desde o Holocausto”. Numa conversa telefónica com Joe Biden, o primeiro-ministro israelita, fala numa “centenas de massacres, famílias destruídas nas suas camas, nas suas casas, mulheres brutalmente violadas e assassinadas, mais de uma centena de raptos (…), levaram dezenas de crianças, amarraram-nas, queimaram-nas e executaram, decapitaram soldados”.

Vários líderes europeus têm-se manifestado. Desde Erdogan, da Turquia, a Zelensky presidente Ucraniano. "Numa conferência de imprensa com o chanceler austríaco Karl Nehammer, o líder turco manifestou ainda a sua preocupação com o alastramento do conflito a todo o Médio Oriente após o ataque terrorista do Hamas." O medo invade a Europa. Em Berlim, na Alemanha, manifestações a favor da Palestina foram proibidas por poderem representar, de acordo com as autoridades, “um perigo para a segurança e ordem pública”. Já Zelensky, afirmou "que a Rússia apoia o ataque do Hamas a Israel para promover a desestabilização global." O presidente ucraniano afirma ter "indicações que nos levam a crer que a Rússia está a ajudar a levar a cabo certas operações terroristas", e que “não é a primeira vez que atua desta forma". Dá o exemplo do que se passou na Ucrânia, na Síria e no continente africano. 

Numa mensagem forte e emotiva, Joe Biden afirmou que "os Estados Unidos reforçaram a postura das forças militares na região para fortalecer a dissuasão”, estando armamento a caminho e já tendo mesmo aterrado no país o primeiro avião com munições. Serão cerca de vinte, os cidadãos norte-americanos desaparecidos em Israel e ainda "não é claro se estão entre os reféns capturados pelo Hamas e levados para Gaza, embora a Casa Branca tenha confirmado que um número indeterminado se encontra entre os reféns."

João Gomes Cravinho, "defendeu o regresso à via diplomática, com um diálogo mais aprofundado que inclua ONU e países árabes". Uma família lusodescendente está desaparecia e uma jovem de 25 anos, acabou mesmo por ser encontrada morta. Neumann, luso-israelita, estudava em Tel Aviv e estava "no festival Teva, um dos vários festivais de música perto da fronteira de Gaza que foi invadido por militantes nas primeiras horas da manhã de sábado".

Israel está cercado, os ataques estão a vir de todos os lados. "As forças israelitas adiantaram que estão a responder, com artilharia e morteiros, a um ataque com projéteis não identificados desde a Síria, enquanto prossegue a resposta de Israel contra Gaza na sequência do ataque do Hamas." A maioria terá caído numa zona deserta. Do Líbano, foram lançados vários foguetes que atingiram o território. 

Do lado palestiniano, há também fortes acusações, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Palestina a acusar Israel "de utilizar bombas de fósforo branco, destruindo um bairro no noroeste da cidade de Gaza". O cerco a Gaza, condena a população que lá permanece. O "rei Abdullah II da Jordânia ordenou o envio de ajuda médica e humanitária para a Faixa de Gaza, face às exigências israelitas para bloquear fundos internacionais à Palestina." Este apoio está a ser coordenado com o Egito, "através da passagem de Rafah", que entretanto foi encerrada depois dos "bombardeamentos israelitas terem atingidos as zonas envolventes".

Israel terá bombardeado "bairro por bairro na Faixa de Gaza, reduzindo prédios a escombros e fazendo com que as pessoas procurassem todos os meios para encontrar segurança no pequeno e isolado território," como retaliação ao ataque surpresa do Hamas. "As organizações humanitárias apelaram à criação de corredores humanitários para levar ajuda a Gaza, alertando que os hospitais locais, sobrelotados com feridos, estão a ficar sem meios e "os Médicos Sem Fronteiras indicaram que não conseguiram contatar as suas equipas em Gaza" depois do governo israelita ter cortado por completo o fornecimento de água e eletricidade à população.

É o povo que sofre. De ambos os lados.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/medio-oriente/2023-10-10-Pelo-menos-900-israelitas-mortos-corpos-de-1500-militantes-do-Hamas-encontrados-no-territorio-de-Israel-c7c68c35#635b448b-a2f7-4e73-a6fa-f5bf867909f0

https://expresso.pt/internacional/medio-oriente/2023-10-10-Jovem-luso-israelita-que-estava-desaparecida-foi-encontrada-morta-205cae46

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-10-10-Mais-de-mil-vitimas-mortais-em-Israel-no-ataque-do-Hamas-9a19867b

 

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publicado às 10:02

O Hamas, o Hezbollah e a guerra interminável

por Elsa Filipe, em 09.10.23

No passado sábado, o grupo armado Hamas, entrou em território Israelita a partir da faixa de Gaza. Atacou e matou centenas de pessoas, fez centenas de feridos e dezenas de reféns incluindo mulheres, crianças e idosos e que seriam uma possível troca por prisioneiros palestinianos detidos por Israel. A razão do ataque terá sido o bloqueio de Israel a Gaza, que dura há 16 anos. Mohammed Deif, designou que este foi apenas o começo do que chamou de “Operação Tempestade Al-Aqsa” e apelou aos palestinianos de Jerusalém Oriental ao norte de Israel para se juntarem à luta. Relembrou também os ataques israelitas às cidades da Cisjordânia durante o ano passado e a violência na Mesquita de Al Aqsa (um disputado local sagrado de Jerusalém).

Há duas décadas que a Cisjordânia esta a ser alvo de violência por parte de Israel. E Israel defende os ataques como sendo "uma resposta necessária a um número crescente de ataques de militantes palestinianos contra israelitas." E no meio destes conflitos, estão inocentes dos dois lados.

No domingo, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel está em guerra, apelando a uma mobilização em massa das reservas do exército. A vingança não se fez esperar e no domingo "ataques aéreos israelitas atingiram blocos habitacionais, túneis, uma mesquita e casas de autoridades do Hamas em Gaza, matando mais de 370 pessoas, incluindo 20 crianças".

Praticamente em simultâneo, a norte, o grupo armado libanês Hezbollah, num ataque coordenado, troca disparos de artilharia e foguetes com Israel. Junto da fronteira com o Líbano, O Hezbollah sinalizou o seu apoio ao povo palestiniano lançando "foguetes guiados e artilharia contra três postos das Shebaa Farms". 

Cada um destes grupos armados, tem vários anos de história e estão francamente ligados à Palestina, na luta contra Israel.

"O Hamas, um movimento militante e um dos dois principais partidos políticos nos territórios palestinianos, assumiu a liderança na Faixa de Gaza após a sua vitória eleitoral em 2006. Desde então, Gaza, uma faixa de terra de 362 quilómetros quadrados que alberga mais de 2 milhões de pessoas, tem estado sob um bloqueio total terrestre, marítimo e aéreo liderado por Israel que impede que pessoas e bens entrem ou saiam livremente do território."

"O Hezbollah do Líbano, um grupo militante xiita muçulmano apoiado pelo Irão, é impulsionado pela sua oposição a Israel e pela sua resistência à influência ocidental no Médio Oriente."

O receio geral tem por base diversas questões. Uma delas é o facto de "o Hezbollah ter como alvo posições militares israelitas na disputada área de Shebaa Farms" levantando a possibilidade de "uma nova grande guerra no Médio Oriente se espalhar para além da Gaza bloqueada". A data do ataque coincidiu com o inicio de outro ataque a 6 de outubro de 1973, no qual Israel foi atacado pelo Egíto e pela Síria.

O ataque inesperado deste sábado, feito pelo Hamas, "ocorreu num momento de profunda divisão em Israel, à medida que o seu governo avançava com um plano controverso para reduzir o poder dos tribunais do país, desencadeando uma crise social e política." 

Mas há outras questões importantes a serem debatidas e uma delas é a possível intervenção do Irão e até da Rússia, bem como o desvio de armas que teriam a Ucrânia como destino final. Estará tudo relacionado? Vamos ver o que se vai passar nos próximos dias...

Fontes:

https://www.voaportugues.com/a/o-que-sabemos-sobre-o-conflito-israel-hamas-/7302096.html

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publicado às 13:00

O Afeganistão foi ontem atingido por um sismo de magnitude 6.3 na escala de Richter, ao qual se seguiram várias réplicas. O governo Talibã, falou em cerca de 2000 mortos na província de Herat, mas ainda podem existir outros tantos soterrados. As várias réplicas que se fizeram sentir - terão ocorrido sete abalos com magnitudes entre 5,5 e 6,3 - dificultaram a chegada aos feridos. O epicentro ocorreu a 40 quilómetros de Herat, a terceira maior cidade do Afeganistão, considerada a capital cultural do país, com quase dois milhões de habitantes.

Este país asiático é muito vulnerável a desastres naturais por estar situado na cadeia montanhosa do Hindu Kush, perto do ponto onde se encontram as placas tectónicas euro-asiática e indiana, numa zona de grande atividade sísmica.

De referir o sismo de 5,9 ocorrido em junho de 2022, tinha sido considerado o mais mortífero no país em quase 25 anos tendo feito mais de mil vítimas mortais e dezenas de milhares de desalojados na província de Paktika. Aguardam-se os dados definitivos para se confirmar que o sismo de ontem terá ultrapassado estes valores, mas penso que já se pode dizer que se ultrapassará aqui o número de vítimas.

Depois dos ataques que aconteceram ontem em Israel, temo que as vítimas deste sismo fiquem esquecidas pela comunidade internacional.

Fontes:

https://observador.pt/2023/10/08/novo-balanco-de-sismo-no-afeganistao-eleva-numero-de-mortos-para-2-mil/

https://pt.euronews.com/2023/10/07/forte-sismo-e-replicas-fazem-mais-de-uma-centena-de-mortos-no-afeganistao

 

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publicado às 12:47

Dezenas de homens armados do grupo palestino Hamas infiltraram-se no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza, num ataque surpresa realizado neste sábado, quando os israelitas estavam a celebrar um feriado judeu, o Sucot. Foram lançadas cerca de 5 mil bombas. O Hamas afirmou tratar-se do início de uma grande operação para retomar aquele território e diz que já fez dezenas de prisioneiros, entre soldados, civis e altos funcionários.

Os serviços de emergencia de Israel calculam que pelo menos 70 pessoas terão perdido a vida e que haja não menos que 740 feridos. Depois, houve a retaliação com o contra-ataque dos israelitas em Gaza, que deixou pelo menos 198 palestinos mortos e cerca de mil feridos, segundo as autoridades locais. 

Depois dos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, colocou um vídeo nas redes sociais onde afirmava que o país "está em guerra".

Por outro lado, o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, diz que o seu povo tem o direito de se defender contra o “terror dos colonos e das tropas de ocupação”.

O conflito entre Israel e Palestina mistura política e religião e já se estende há décadas, tendo deixado milhares de mortos e feridos em ambos os lados. Em 1947, as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na Palestina, sob mandato britânico, mas apesar da proposta ter sido aceite pelos líderes judeus, foi rejeitada pelo lado árabe e nunca chegou a ser implementada. No ano seguinte, as forças britânicas abandonaram a região e os judeus implementaram o Estado Islâmico.

Em 1967 começou a Guerra dos Seis Dias. Este conflito, mudou o cenário na região. Vitorioso, Israel tomou à força a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, então sob controle da Jordânia, bem como a Faixa de Gaza, sob administração egípcia. Nessa época, 500 mil palestinianos fugiram.

Em função disso, Israel anexou a zona de Jerusalém Oriental (onde estão localizados santuários venerados por cristãos, judeus e muçulmanos) e continua a ocupar a Cisjordânia. Em 2005, acabou por retirar-se da Faixa de Gaza, que desde 2007 é controlada pelo movimento islâmico Hamas.

Cada vez mais a nossa atenção deve estar nas zonas de conflito, principalmente no que respeita ao Médio Oriente mas não só. A Europa está de facto enclausurada entre forças que se degladiam entre si. 

Fontes:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c517xedpr9no

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/10/07/entenda-o-conflito-israel-e-palestina.ghtml

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/10/07/israel-soldados-mortos-hamas-refens.ghtml

 

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publicado às 17:50

A República e o Dia Mundial do Professor

por Elsa Filipe, em 05.10.23

Celebra-se hoje em Portugal a Implantação da República, que ocorreu a 5 de outubro de 1910, como resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português iniciada no dia 2 do mesmo mês. A revolução, esteve quase a falhar e muitos chegaram a achar que tinha mesmo falhado.  

"As tropas monárquicas estacionadas no Rossio", em Lisboa, estavam com a moral em baixo, devido ao risco "de serem bombardeadas pelas forças navais".

"No quartel-general discutia-se a melhor posição para bombardear a Rotunda. Às três da manhã, Paiva Couceiro partiu com a bateria móvel, escoltado por um esquadrão do guarda municipal."

"O 5 de outubro desenrolou-se sobretudo na Rotunda, onde os militares republicanos se sitiaram, e no Tejo, onde os bombardeamentos da Marinha puseram em fuga o rei. A indefinição das forças monárquicas entre defender o Rossio ou atacar a Rotunda, associada a uma manobra diplomática, precipitou a implantação da República, cuja base de apoio social era o operariado e a pequena e média burguesia."

Às 9h do dia 5 de outubro, "José Relvas, à frente de uma delegação do Partido Republicano, proclamou a implantação da República, na varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. A monarquia em Portugal chegava ao fim, tendo o rei D. Manuel embarcado nessa tarde, na Ericeira, para o exílio."

"A República foi implantada no resto do país por telégrafo, não se registando incidentes de maior, ao contrário do que aconteceu em Lisboa, em que se contaram cerca de 70 mortos e 300 feridos, a maior parte deles civis vítimas de fogo cruzado, que quiseram testemunhar os acontecimentos." Acabava assim a influência da Monarquia no nosso país. Portugal foi dos primeiros países da Europa a tornar-se república e a abdicar da monarquia, sendo que o governo provisório que ficou a governar Portugal depois da Revolução, era chefiado por Teófilo Braga.

Celebra-se hoje também, mas a nível mundial, o Dia do Professor, que acho que não se deve deixar passar, de acordo com o que se está a passar no nosso país com esta classe profissional. Como afirma a FNE, "os professores são o coração da educação." Infelizmente, ser professor já não é tão valorizado como era há muitos anos e "em muitos países, muitos estão a abandonar a profissão que amam e há menos jovens que desejam tornar-se professores."

Este dia, foi instituido pela UNESCO, que "estima que o mundo precise de mais de 69 milhões de novos professores até 2030", apontando "o sul da Ásia como a região do mundo que mais progressos fez para combater a falta de professores, mas onde, ainda assim, faltam 7,8 milhões de professores." 

Segundo a UNESCO, "um terço dos professores em falta no mundo dizem respeito à África subsariana, enquanto a Europa e a América do Norte (...) ocupam o terceiro lugar nas regiões do globo com maior falta de professores."

Fontes:

https://ensina.rtp.pt/explicador/a-implantacao-da-republica/

https://www.cm-benavente.pt/informacoes/noticias/item/3734-implantacao-da-republica-5-de-outubro-de-1910

https://observador.pt/2023/10/03/unesco-estima-que-faltem-44-milhoes-de-professores-no-mundo-em-2030/

https://fne.pt/pt/noticias/go/acontece-dia-mundial-do-professor-2023--os-professores-que-precisamos-para-a-educacao-que-queremos

 

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publicado às 19:32

Diariamente, chegam-nos apelos para falar sobre o suicídio e para estarmos atentos aos sinais. Como pais, professores, educadores, temos um papel fundamental nesta área, uma vez que tantas vezes é na escola que verbalizam as suas intenções e é entre os seus pares que vão contando o que os aflige. Estarmos atentos é o primeiro passo.

Esta manhã, uma das notícias era a de Lara, uma jovem de apenas 17 anos, que "foi encontrada morta em casa". Depois de avisados por uma professora da escola que a jovem frequentava de que a aluna, estaria novamente a faltar a aulas, a família, tentou entrar em contato com ela e, não tendo conseguido, lembraram-se que a avó, teria uma chave de casa. Ao ir ver se estava a menina em casa, a avó deparou-se com um cenário que não esperava, dando com a neta caída "no chão, de barriga para baixo, ensanguentada."

Parece que também "não havia sinais de arrombamento, nem houve alertas para distúrbios ocorridos na casa". Segundo várias fontes informativas, a autopsia preliminar ao corpo da jovem "realizada esta terça-feira, foi inconclusiva". No entanto e apesar de ainda não estarem descartadas todas as hipóteses, poder-se-á ter tratado de um suicídio. Este caso tem também outros aspetos estranhos, a meu ver. Um deles é o facto de segundo relatos feitos por amigos e conhecidos da família, "o quarto da menina era vigiado por câmaras devido ao problemas do foro mental. Umas das câmaras foi encontrada no lixo, partida." Isto e a entrevista que vi o pai dar ao CM e que me pareceu muito estranha - não sei explicar porquê... Segundo o JN, o "último contacto de Lara terá sido com o pai, às 7.30 horas de segunda feira (ontem) e o alerta terá sido por volta das 11h.

 

Depois de ver ao longo do dia os vários blocos noticiosos, fica a minha dúvida e a de muitos que como eu gostariam de conhecer o que afinal aconteceu a esta jovem, de apenas 17 anos.

Fontes:

https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/pj-investiga-morte-de-jovem-encontrada-sem-vida-pela-avo-na-moita

https://www.jn.pt/7867808791/pj-investiga-morte-de-jovem-de-17-anos-em-casa/

 

 

 

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publicado às 22:58

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