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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Logo pela manhã, os noticiários deixam antever que não vai ser fácil chegar ao trabalho esta sexta-feira, devido às greve da função pública. É que também a CP recebeu um pré-aviso de greve do sindicato dos maquinistas que levou a que desde dia 9 se tenham feito sentir os impactos, e tem sido uma semana complicada no que respeita a autocarros e comboios, devido aos atrasos de uns e à supressão de outros.
Os professores e educadores juntam-se à greve dos trabalhadores da Administração Pública, com os sindicatos a fazer diversas ações de protesto.
Várias escolas foram encerradas, o que irá sobrecarregar as salas dos serviços educativos de apoio, que fazem um serviço de retaguarda para os pais poderem ir trabalhar. Salas sobrelotadas com alunos que deviam estar nas escolas, reorganização de horários de quem não é da função pública e que tem de assegurar que os filhos dos outros têm onde passar o dia, em segurança, assegurar a alimentação e as deslocações. Mas não é só no ensino que a greve se fez notar ao longo do dia, véspera de fim de semana.
Segundo dados da Frente Comum, que convocou a paralisação, os "hospitais estão a cumprir os serviços mínimos, nomeadamente nos internamentos e urgências. Algumas escolas estão encerradas e temos escolas que, estando abertas, têm lá os trabalhadores a cumprir os serviços mínimos que lhes foram impostos de uma maneira ilegal."
E mesmo eu não sendo da função pública, acabo por concordar com a maioria das motivações de quem hoje fez aderiu à paralisação: "o Governo tem de olhar para estes trabalhadores, para os serviços públicos numa perspetiva de reforço e de valorização", afirma Sebastião Santana, da Frente Comum. uanto ao impacto destas greves, Sebastião Santana salienta que “onde haverá mais visibilidade será na saúde, nos serviços centrais como Segurança Social e Finanças, conservatórios, também nas escolas“. “Tudo o que tenha atendimento ao público ou relação mais direta”, resume, ainda que esta greve “ocorra também em sitio sem visibilidade como os serviços internos da Segurança Social, um conjunto de serviços que a população não vê e tem muitos milhares de trabalhadores”.
Aderir a esta greve foi a forma encontrada por muitos trabalhadores de se oporem à postura que o governo tem estado a tomar. Ninguém consegue viver assim, a não ser quem já era rico.
Entre os motivos da greve convocada pela Frente Comum estão a exigência de aumentos salariais imediatos, a fixação de limites máximos dos preços de bens e serviços, a valorização das carreiras e o reforço dos serviços públicos.
No setor da educação, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou esta semana que os professores e educadores vão participar na greve, enquanto os trabalhadores não docentes estão cobertos pelo pré-aviso da Frente Comum. No final do dia, o balanço está ainda a ser feito mas no que diz respeito às escolas, estas tiveram uma forte participação, de docentes e trabalhadores não docentes. Unidos em defesa da escola pública e na defesa da sua profissão. O Sindicato dos Professores do Norte (SPN) marcou presença na ES Fontes Pereira de Melo (e no Hospital de S. João, Porto), referindo que se verificaram vários "procedimentos antidemocráticos", como casos em que ouviram "relatos de situações de assédio e ameaças a propósito da convocatória de serviços mínimos." Saiba-se que foi enviado um email aos diretores das escolas com um recado: dizerem aos trabalhadores que não podem fazer greve porque, se fizerem, vão ser alvo de um processo disciplinar. Isto terá sido feito pela Câmara de Matosinhos.
É uma greve que se está a tentar parar pelo medo e pelas ameaças. Ninguém é obrigado a aderir a uma greve e a ninguém se pode negar o direito de o fazer.
A Fenprof sublinha que, sobre o pré-aviso de greve para hoje, não foram pedidos serviços mínimos, mas por outro lado, estão a decorrer serviços mínimos nas escolas para a paralisação convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP).
No início de fevereiro, o tribunal arbitral decretou pela primeira vez serviços mínimos para as greves do STOP, que têm vindo a ser sucessivamente prolongados, sendo que mais recentemente passaram a incluir três horas diárias de atividades letivas. Em comunicado, a Fenprof volta a acusar o ministério de “pôr em causa direitos constitucionais, elementares em democracia”, como é o direito à greve.
Amanhã, haverá uma manifestação nacional, em Lisboa, promovida pela CGTP, pelo aumento geral dos salários e das pensões face à subida do custo de vida. A Frente Comum e a Fenprof já sinalizaram que também vão marcar presença.
Fontes:
https://www.spn.pt/Artigo/administracao-publica-greve-17-mar-e-manif-18-mar
Esta semana tem-se ouvido falar em Crise Financeira, algo que muitos analistas já andavam a falar, mas que tem sido um pouco desvalorizado. Se bem que já vivemos em crise há vários anos e que estes últimos meses têm sido bem difíceis, a verdade é que parece que a coisa está mesmo a instalar-se e com tendência a piorar.
Há uns dias o fundo imobiliário americano (BlackStone), que falhou o pagamento de um reembolso de obrigações no valor de cerca de 500 milhões de euros, vê-se agora na obrigação de vender ativos de forma acelerada para evitar falhar outros pagamentos.
Estas crises são cíclicas porque o problema está no financiamento a médio e longo prazo. Como houve uma grande emissão de dinheiro pelos bancos centrais em 2007 e 2008 para amenizar os efeitos da crise das novas tecnologias que já vinha a afetar os mercados, nos anos seguintes os estados não tiveram forma de recuperar e de pagar a dívida. Esta crise económica foi depois também acentuada por outros problemas, como a própria pandemia e a guerra na Ucrânia. Estados mais frágeis e endividados estão agora numa grave crise de dívida soberana, Portugal incluído.
Merkel foi uma das pessoas que tentou obrigar a União Europeia a fazer reformas estruturais ao nível das economias ocidentais, mas estas foram poucas ou mesmo nenhumas. Talvez desta vez, os banqueiros centrais se pareçam estar a lembrar dos princípios mais básicos daquilo que é a base da política monetária. Esta crise não poderá ser resolvida com uma nova emissão de dívida, pois isso só iria avolumar o problema.
Nos próximos tempos poderemos não ficar satisfeitos ao ouvir falar de congelamento de contas, uma vez que essa legislação já existe e permite a imposição de moratórias aos levantamentos bancários e resgate de ativos em massa. Foi aprovada discretamente pelo Conselho Europeu e pelo Parlamento Europeu por proposta do BCE.
Muito têm os nossos governantes que fazer, mas parece que andam a discutir outras coisas e não se impõem medidas que evitem as falências de restaurantes, de pequenos negócios, bem como de setores inteiros da economia, assim como evitem o aumento desmesurado do crédito mal parado dos bancos. Tiremos a venda dos olhos!
Mas deixemos de olhar por momentos lá para fora e foquemos a nossa atenção cá dentro. Uma apresentação do Banco Central Europeu (BCE) num encontro de governadores dos bancos centrais do sistema demonstrou que as margens de lucros das empresas tinham aumentado, quando, por via do aumento dos custos, deveriam estar a diminuir. Perante isto, podemos concluir que as subidas de preço, que contribuem para o agravamento da taxa de inflação, estão a servir para aumentar os rendimentos das empresas à custa da perda de compra dos consumidores. É verdade isto? Irão manter-se as subidas desenfreadas de preços?
Os cabazes alimentares básicos estão a aumentar muito! A ASAE inspecionou vários super e hipermercados e verificou a inflação dos preços em diversos produtos alimentares. Ao mesmo tempo, o Governo reconhece que há “aumentos exagerados” nos preços dos bens essenciais e garante que está “atento” para identificar situações de especulação.
Fontes:
É o que se espera depois da falência do Silicon Valley Bank e do Signature Bank (nos EUA). E porquê? Quem como eu não perceba muito destas coisas, terá dificuldade em perceber este efeito, mas afetou os mercados internacionais, incluindo a bolsa de Frankfurt (Alemanha), uma das maiores da Europa. Trata-se de investimentos em criptomoedas. Os investidores temem que outros bancos sejam arrastados, devido ao aumento de juros e perda de rendimentos despoletada por esta situação.
Este efeito, faz parte da nossa globalização. O que acontece do outro lado do mundo, a seu tempo irá ter as suas consequências. O que está agora para vir, a seu tempo o saberemos, mas temo que não sejam tempos muito fáceis.
O que pode acontecer, e acontece já nos EUA, é uma corrida aos bancos para retirar de lá as poupanças e investimentos, o que poderá "secar" o banco, ou seja, o banco deixa de ter capital para todos os pedidos. Pois, a maior parte do dinheiro que temos, não é físico, é digital. Não passa de mão em mão.
Mimicat é a vencedora deste ano do Festival RTP da Canção, com "Ai coração", uma música alegre, divertida, com sonoridades da música tradicional portuguesa misturadas, misturadas com ritmos latinos e pop music.
Performer, intérprete e compositora desde muito jovem, Mimicat, o alter ego de Marisa Isabel Lopes Mena, nascida há 38 anos em Coimbra, surgiu em 2014, depois de uma muito aguardada revelação de uma cantora que gravou o primeiro disco aos 9 anos. Com uma voz quente e forte, característica da soul-pop anglo-saxónica, edita em 2014 o seu primeiro álbum como Mimicat, intitulado For You, que teve como primeiro single o tema Tell Me Why. De 2015 a 2016 passou por alguns dos maiores palcos portugueses (Festa do Avante, Sol da Caparica, Edp Cool Jazz, Meo Marés Vivas, Culturgest, entre outros) e fez a sua estreia internacional com concertos no Brasil. Num registo pop sem nunca perder a força e o carisma que a caracterizam, lançou em 2017 o álbum Back in Town.
Em 2019, Mimicat lança a sua primeira canção em português, Até ao Fim, uma homenagem aos 50 anos de amor dos seus pais, e que surgiu durante a sua gravidez. Depois da paragem para o primeiro filho, regressou em 2021 com o single Tudo ao Ar. No ano passado, apresentou o novo single em português Mundo ao Contrário.
Participou, com apenas 15 anos e com o nome artístico de Izamena, na 3ª semifinal do Festival RTP da Canção 2001 com a canção "Mundo Colorido", mas não conseguiu nesse ano a passagem à final.
Segundo a própria, a Mimicat é "uma Marisa um bocadinho mais vaidosa, um bocadinho mais atrevida. É aquilo que a Marisa não pode ser no dia-a-dia, quando vai na rua". O pseudónimo soou-lhe bem no primeiro instante. Afinal, já há muitos anos que era chamada de Mimi pela família. Bastou juntar Cat à alcunha, para dar um toque mais pessoal ao nome.
A inspiração para escrever as canções e para escolher a sua sonoridade, provém de músicos como Ella Fitzgerald, Jill Scott ou Ray Charles. com uma clara preferência por músicos que vão desde os anos 30/40 até aos anos 70.
Mimicat aposta forte na imagem, no realce da beleza feminina.
O Festival RTP da Canção 2023 foi o 57º Festival RTP da Canção. A primeira semifinal teve lugar no dia 25 de fevereiro e a segunda no dia 4 de março, nos estúdios da RTP, em Lisboa. A final foi disputada no dia 11 de março, também nos estúdios da RTP.
A RTP convidou 15 compositores para que apresentassem uma canção original e inédita, sendo estes os responsáveis por definir os respetivos intérpretes para as suas canções.
As restantes cinco vagas de compositores resultaram da abertura a candidaturas espontâneas de canções originais e inéditas com uma duração máxima de três minutos. Aqui, puderam concorrer todos os cidadãos de nacionalidade portuguesa ou residentes em Portugal, tivessem ou não trabalhos publicados, o que inclui os portugueses que vivam fora do país, assim como os cidadãos dos PALOP ou de outras nacionalidades que residam em Portugal.
Foi constituído um júri para as avaliar, sendo os concorrentes vencedores convidados a apresentá-las a concurso nesta edição. Segundo as regras, cada canção tem a duração máxima de 3 minutos, podendo ser apresentada em português ou numa outra qualquer língua estrangeira.
Fontes:
https://media.rtp.pt/festivaldacancao/autores/mimicat/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mimicat
https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_RTP_da_Can%C3%A7%C3%A3o_2023
Um sismo com magnitude 5,3 na escala de Richter e epicentro a cerca de 40 quilómetros a Sudoeste da Deserta Grande, foi sentido pela população da Madeira pelas 20h58 minutos. As pessoas, ficaram um pouco assustadas e vieram para a rua, mas não há registo de feridos.
Na região da Madeira, não é habitual haver atividade sísmica desta intensidade. O abalo, que durou poucos segundos, sentiu-se principalmente nos os vidros das janelas a abanar, num ruído intenso e abafado, no nervosismo dos animais e nas estruturas de edifícios de apartamentos. Seguiram-se pequenos abalos, que foram registados pelo IPMA mas já não foram sentidos pela população.
O último grande sismo no arquipélago aconteceu em maio de 1975, provocando danos em algumas residências. Nesse ano, um abalo de 7,9 na escala de Richter eclodiu na Madeira, mas foi sentido em todo o país. Apesar de intensidade elevada, apenas provocou danos materiais.
Imagem: Observador
Fontes:
https://observador.pt/2020/03/07/sismo-de-magnitude-5-3-na-escala-de-richter-abala-a-madeira/
Sabiam que março já foi o primeiro mês do ano? Eu confesso que não sabia, mas aqui nas andanças de me pôr a descobrir coisas, encontrei esta curiosidade que vou partilhar convosco.
No tempo dos romanos, março era o mês que dava início ao novo ano. Roma, beneficiando do clima mediterrânico, tinha então em março o início da primavera e, com o fim do inverno, era o mês ideal para se dar início às novas campanhas militares. Chamava-se "Martius, de Marte, o deus romano da guerra." Portugal, tal como outros países, foram "romanizados" e por isso, foi dos romanos que recebemos "as bases do nosso atual calendário." Assim, no calendário romano, "o ano tinha 304 dias distribuídos por 10 meses em que os primeiros quatro meses "tinham nomes próprios dedicados aos deuses da mitologia romana."
Aqui vem a minha dúvida e vejam se estão comigo. As estações do ano eram então diferentes e duravam "menos" tempo, uma vez que de dez em dez meses se observava a época ideal de iniciar as plantações e o fim do duro inverno. Poderei concluir que também a observação do clima e a sua progressiva alteração ao longo dos séculos tenha também interferido neste aumento de dois meses? E outra coisa que às vezes me aflige são os anos que nos foram "roubados" uma vez que na introdução do calendário gregoriano no século XVI em substituição do calendário juliano, foram retirados cerca de 38 anos. Claro que aqui não há certezas, mas a minha curiosidade continua a reinar.
Mas há ainda outras curiosidades. Na Rússia, mantiveram o início do novo ano a 1 de março "até o final do século XV." Na Grã-Bretanha e nas suas colónias o início do ano novo foi celebrado no equivalente ao "dia 25 de março" até 1752. Neste ano, foi então adotado "o calendário gregoriano," que já vigorava noutros países desde 1582.
Na Finlândia, o mês "é chamado de maaliskuu, que tem origem em maallinen kuu significando o mês terrestre. Isto é porque em maaliskuu a terra começa a aparecer sob a neve derretida." E vocês, conhecem outras curiosidades sobre o mês de março?
Fontes:
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