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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
O Vaticano veio hoje a público anunciar a morte do papa emérito Bento XVI. Joseph Ratzinger tinha 95 anos e foi Papa entre 2005 e 2013, ano em que renunciou por problemas de saúde.
Pelo que se sabe, será a primeira vez na história milenar da Igreja Católica, que um papa em funções enterrará outro papa. O corpo de Bento XVI ficará exposto a partir desta segunda-feira na Basílica de São Pedro para receber o último adeus dos fiéis.
Também tinha sido a primeira vez em 600 anos que um papa tinha renunciado ao seu pontificado. E assim, a Igreja não tinha protocolos em vigor para esta situação. Diz-se que Bento XVI terá mostrado a sua vontade em ser sepultado no túmulo onde esteve João Paulo II.
O Papa Bento XVI foi o 265º papa da Igreja Católica Romana. Chamado originalmente Joseph Aloisius Ratzinger, nasceu em 16 de abril de 1927, na Alemanha.
"Após a morte do Papa João Paulo II, em 2005, o cardeal foi eleito o novo papa da Igreja. Dessa forma, a partir do dia 19 de abril de 2005, assumiu o nome de Bento XVI.
No início de seu pontificado, enfatizou a missão do papa enquanto pastor da Igreja Católica e pescador dos homens. Ainda em 2005, foi para a Alemanha, onde realizou uma missa para um milhão de pessoas durante a 20ª Jornada Mundial da Juventude.
No ano seguinte, viajou para a Polónia, onde visitou o campo de concentração de Auschwitz. O papa rezou diante de 22 lápides em homenagem às vítimas da Alemanha nazi.
O Papa emérito teve um papel importante na organização dos ministérios da igreja, tanto durante o período em que exerceu o cargo de Papa, mas também durante o pontificado de João Paulo II, onde segundo alguns historiadores, ele terá sido mesmo "a cabeça teológica e pensante" do então pontífice.
Independentemente das crenças de cada um, perde-se uma personalidade que sem dúvida terá marcado o século XXI, e que será relembrado. Daqui a alguns anos talvez se venham a saber outras coisas agora resguardadas entre portas (adoraria que fosse ainda durante a minha vida) pois de certo muito se calou a este homem, como se cala agora ao atual.
Fontes:
https://expresso.pt/sociedade/2022-12-31-Morreu-o-Papa-emerito-Bento-XVI-90beaa7d
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/papa-bento-xvi.htm#Anos+de+Bento+XVI+como+papa
Nascida a 22 de Fevereiro de 1948, com o nome Teolinda Joaquina de Sousa Lança na localidade de Beringel em Beja, Linda de Suza emigrou em 1970 para França em busca de uma vida melhor e com mais liberdade pelo que se percebe na história que conta no seu livro "A mala de cartão" (1984).
No seu livro, diz ter fugido de Portugal, por não sentir aceitação, era então considerado errado uma mulher ter filhos sendo solteira, revelando o que se passava num país com um regime fechado e de uma familia com ideias retrógadas e tirânicas. O livro teve bastante sucesso na altura teno sido vendidos cerca de dois milhões de exemplares.
Em 1988, a cantora que fazia de França a sua casa e que animava os emigrantes saudosos de Portugal, viu a sua história ser adaptada à televisão numa minissérie intitulada "Mala de Cartão".
Linda de Suza estreou-se como cantora num restaurante localizado em Saint-Odein, a norte de Paris, chamado Chez Loisette, onde foi descoberta pelo compositor André Pascal (1932-2001) que a apresentou, posteriormente, ao compositor Alex Alstone (1903-1982). Pouco tempo depois, a cantora teve a sua primeira apresentação na televisão, entrando no programa Rendez-Vous du Dimanche, de Michel Drucker, onde interpretou a canção Un Portugais (Vine Buggy/Alex Alstone), cujas vendas do ‘single’ atingiram em França, o cobiçado Disco de Platina. Corria 1979.
Com uma vida difícil, tal como a de todos os emigrantes que fizeram a sua vida longe de casa, procurando manter as suas raízes, Linda de Suza passou por contratempos pessoais que foram muito badaladas nos media: no ano de 2010, tornou públicas as suas dificuldades financeiras, acusando o companheiro de lhe roubar a identidade; nessa alturou, afirmou viver com dificuldades, ganhando apenas cerca de 400 euros por mês. No entanto, conseguiu voltar aos palcos atéfazer algumas digressões entre 2014 e 2017.
Em 2020, apresentou um novo projeto, "Postais de Portugal", com o qual preparava nova digressão que a pandemia de covid-19 obrigou a cancelar.
Linda morreu hoje com 74 anos. Estava internada em Gisors, França, com diagnóstico de insuficiência respiratória, provocada por Covid 19.
Fontes:
https://pt.euronews.com/2022/12/28/linda-de-suza-morre-aos-74-anos-o-duro-percurso-da-mala-de-cartao
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/aos-74-anos-morreu-linda-de-suza_n1456381
O Natal é uma quadra na qual, tradicionalmente, as famílias se juntam. Para quem celebra o Natal há tradições que vão passando de geração em geração. De país para país, de religião para religião, de família para família... a tradição muda. E nestes dias, em que nos apelam para sermos mais empáticos, lembro aqueles que estão longe de casa.
Há aqueles que emigram por opção, em busca de melhores condições de vida e de oportunidades num país diferente. E há aqueles que têm de fugir dos seus países por causa da guerra. E por isso, não, Natal não é só amor. Este ano, na sua mensagem de Natal, António Costa centra-se na guerra da Ucrânia (depois de dois anos de mensagens de Natal marcadas pela pandemia de covid-19). O Primeiro-ministro, destacou três palavras: "paz, solidariedade e confiança são as três palavras que melhor exprimem o que desejamos este Natal."
Acho que é o que todos desejamos e, ainda mais, que se estenda também a outros países em situações semelhantes. A verdade é que o nosso país tem sido também a casa de muitos refugiados, vindos de zonas de guerra, que têm de certa forma de se adaptar à nossa realidade, embora mantenham claro alguns dos seus hábitos.
Na Ucrânia, onde a população continua a viver dias difíceis, "alguns ucranianos ortodoxos decidiram celebrar este ano o Natal" no dia 25 de dezembro, em vez de festejarem no dia 7 de janeiro, como era habitual. Esta decisão, que tem "tons políticos e religiosos numa nação com igrejas ortodoxas rivais e onde ligeiras revisões aos rituais podem ter um forte significado numa guerra cultural que decorre paralelamente à guerra militar", é uma forma simbólica de se afastarem da Rússia. "A ideia de comemorar o nascimento de Jesus em dezembro era considerada radical na Ucrânia até há pouco tempo, mas a invasão da Rússia" mudou muitos corações e mentes.
"A Igreja Ortodoxa Russa, que reclama a soberania sobre a ortodoxia na Ucrânia, e algumas outras igrejas ortodoxas orientais continuam a utilizar o antigo calendário juliano", no qual o Natal calha "13 dias mais tarde." E hoje, em Kiev, a população reuniu-se na igreja para celebrar pela primeira vez uma missa de Natal a 25 de dezembro, mesmo "com o som das sirenes a alertar para possíveis bombardeamentos."
Mesmo os que ficam em casa, durante os conflitos, passam muitas necessidades, como por exemplo a falta de eletricidade e de combustível que lhes permitiria pelo menos aquecer as casas nos dias invernosos.
A guerra é desde logo uma forma de desrespeito pela pessoa humana e não conhecço guerras em que isso não aconteça. Mas houve um episódio que ficou na história, por ter sido tão inusitado. Em 1914, durante a 1ª Guerra Mundial, em Ypres, próximo da fronteira francesa, há relatos de que o exército alemão que tinha estado em "confronto durante meses seguidos contra franceses e ingleses em Yprès", permanece mais recuado. "As linhas inimigas eram muito próximas umas das outras, de modo que cada tropa poderia ver seus inimigos e alvejá-los caso saíssem de suas trincheiras". No Natal daquele ano, alguns soldados começaram a mostrar-se mais descontraídos dentro das suas trincheiras. "Pareciam não se importar nem com a guerra e nem com o inverno."
O mais estranho foi que entretanto alguns soldados "começaram a andar, desarmados, pela zona conhecida como “terra de ninguém”, isto é, o espaço entre uma trincheira e outra. Caminhavam até à trincheira inimiga sem serem abordados ou mortos" e desejavam um “Feliz Natal". Mas nem tudo foi bom, porque "apesar da boa intenção dos envolvidos nesta trégua, não apenas a guerra em Yprès foi retomada como os oficiais envolvidos na trégua foram duramente punidos."
A todos, um Feliz Natal.
Fontes:
https://visao.pt/opiniao/vestigios-de-azul/2022-12-21-natal-em-tempo-de-guerra/
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/tregua-natal-na-primeira-guerra-mundial.htm
Passaram 30 anos desde aquela manhã de 21 de dezembro de 1992, em que uma tempestade que se abateu sobre a cidade acabou por revelar-se fatal para 56 dos mais de 300 passageiros que seguiam no voo MP 495 da companhia holandesa Martinair. O acidente deu-se quando a aeronave (um McDonnell Douglas DC-10) estava quase a tocar a pista.
Na altura foi reconhecida em tribunal a ausência de culpa do comandante do voo da transportadora holandesa.
No entanto, investigações posteriores levadas a cabo pelo Programa da BBC, "Mayday, desastres aéreos" vem colocar novas dúvidas sobre a atuação dos pilotos. Segundo o programa, as condições atmosférias desfavoráveis aliadas ao facto do co-piloto ter "travado" a fundo, diminuindo de forma brusca a velocidade da aeronave, fez com que esta perdesse sustentação. A torre de controle tinha informado a tripulação da ocorrência de tempestade próxima do aeroporto e da existência de água na pista. O avião aterrou com uma velocidade vertical excessiva, que terá excedido as configurações do fabricante.
Daí rapidamente se parte o trem de aterragem, com a perfuração da asa direita e dos depósitos de combustível o que leva à primeira explosão. O piloto perdeu o controlo do avião, que acabou por se partir em dois. Tecnicamente, pelas explicações apresentadas, o acidente poderia ter sido evitado.
FONTES:
https://jornaldoalgarve.pt/erros-dos-pilotos-vem-ao-de-cima-29-anos-depois/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Voo_Martinair_495
Nesta quadra natalícia que já nos absorve, dou por mim a pensar nas prendas e na utilidade que elas terão para quem as vai receber.
Gostava de dar presentes mais caros, mas não tenho condições para isso e, também não fui ensinada a dar valor ao preço de um presente. Para mim, o melhor presente era quando havia um livro no meu sapatinho! Eu ficava logo pronta a encontrar um sítio para ler e fula se me diziam "hoje é natal, lês amanhã!" Oh, ficava a desejar que me deixassem sozinha com a minha prenda. As bonecas ficavam para segundo plano...
Este ano, alguns "sapatinhos" receberão livros, outros um caderno especial ou uma agenda. Talvez leve a alguns sorrisos e a gerar outros leitores e escritores!
Uma das prendinhas que estou agora a preparar é para uma menina pequenina e que vai receber um dos meus livros. Espero que ela um dia o venha a ler mas agora será a mãe dela que lho lerá, tal como eu li para ela há muitos anos.
E aproveito para informar que está em promoção no site da Cordel de Prata, para quem o quiser ainda adquirir.
https://cordeldeprata.pt/produto/vivi-e-o-dragao/
A vida termina num sopro. Depois de uma tarde animada, a trabalhar em Castanheira de Pera, Cláudia entra no carro e segue em direção ao Algarve. A viagem termina abruptamente na zona de Álcácer, onde em plena A2 é abalroada por outra viatura, quando, aparentemente, estaria parada na berma, após sinalizar a viatura e regressar ao seu interior.
Não sabemos o que se terá passado, mas a vida desta cantora de apenas 40 anos, foi-lhe roubada num segundo. Parada no local errado, à hora errada.
Cláudia nasceu em Faro em 1982 e a sua carreira como artista começou em 1995 com apenas 13 anos, com o seu primeiro álbum, "Dizias Tu, Pensava Eu". Em 1998 lançou o disco "Pensei Com o Coração", e no mesmo ano a artista participou na coletânea "De mãos dadas". Foi no ano de 1999 que obteve o seu maior sucesso apresentando o tema "Preciso de um Herói".
Já em 2001 lança o seu 4.º disco, de nome "Meu Sonho Azul", que voltou a ter mais um grande sucesso na sua carreira, com o tema "Não vou voltar a chorar".
Em 2002 num outro formato a artista arrisca participar na segunda edição do Big Brother Famosos.
No ano de 2005 surgiu "Preto no Branco" e em 2009 a cantora voltou a surgir no mercado com o álbum "Quem és tu". Em 2010 participou no Festival RTP da canção, pelas mãos de produção do compositor Jordi Cubino, com o tema "Contra Tudo e Todos", tendo passado até às semi-finais.
Claudisabel tinha sido vítima de um aparatoso e grave acidente de viação em 2019, quando uma viatura não respeitou um sinal vermelho. Deste resultaram consequências graves, tendo ficado com uma lesão na coluna que lhe provocou duas hérnias e uma compressão cervical que lhe tornva difíceis alguns movimentos. Ficou ainda com uma lesão na vista, uma perda de visão significativa e uma pressão ocular muito elevada.
Regressa aos discos em 2020, com uma abordagem diferente, um estilo musical totalmente renovado e uma imagem marcante, com o seu single "Condenada".
Nestes momentos tão duros, não podem haver palavras que confortem a família e os amigos - e ela parecia ter tantos a gostar dela, como se vê agora nas redes sociais. Cada dia é uma dádiva que nos pode ser retirada a qualquer momento e somos um grão de areia neste universo.
Fontes:
https://www.dn.pt/cultura/cantora-claudisabel-morre-em-acidente-na-a2-tinha-40-anos-15513455.html
Durante esta noite, um incêndio que deflagrou num prédio de 7 andares, matou dez pessoas, cinco das quais eram crianças, com idades entre os 3 e os 15 anos. Houve ainda 14 feridos, dos quais quatro em estado grave. Dois dos 170 bombeiros que se envolveram no combate às chamas também ficaram feridos.
As causas ainda não foram apuradas mas há algumas suspeitas. O fogo parece ter tido início no rés do chão do edifício, durante a madrugada e alastrou para os andares superiores. O facto de muitos dos moradores estarem a dormir e dos acessos terem ficado desde logo bloqueados pelo fumo e pelas chamas pode ter levado ao número elevado de vítimas. O edifício, que tinha sido requalificado em 2019, "integra um conjunto habitacional em estado de degradação" dos subúrbios de Lyon. O bairro tem sido palco de várias detenções devido ao tráfico de drogas e alguns populares manifestaram que essa possa ter sido uma das causas da deflagração.
Fontes:
https://expresso.pt/internacional/2022-12-16-Incendio-em-predio-em-Lyon-faz-10-mortos-metade-dos-quais-criancas-e-14-feridos-graves-07d5cba1
https://www.rfi.fr/br/fran%C3%A7a/20221216-bombeiros-franceses-escalam-sete-andares-para-salvar-crian%C3%A7as-e-beb%C3%AAs-em-inc%C3%AAndio-perto-de-lyon
Depois da tempestade vem a bonança, sempre ouvi dizer. Mas os últimos dias não foram fáceis para muitos portugueses, que viram os seus bens serem levados pela água, as casas e os negócios ficarem destruídos e as suas vidas completamente viradas do avesso. Se era esperado? Pela forma como se vão sucedendo as notícias nos meios de comunicação parece que foi algo de muito estranho, algo que o país nunca viveu. Mas, infelizmente, foram muitos os episódios de cheias que noutros anos deixaram algumas zonas do país arrasado. Talvez agora tenha subido mais em algumas zonas, talvez desta vez os alertas não tenham chegado a tempo, mas quantas destas pessoas sabiam que estavam em leito de cheia e que, havendo chuva e as condições adequadas, o rio irá retomar o seu leito natural e toda a bacia hidrográfica vai ficar completa?
Há quantos anos se estão a elaborar planos para minimizar as consequências destas cheias e há quantos anos eles aguardam para ser postos em prática? Estradas cortadas devido a lençóis de água por falta de escoamento. Linhas do metro completamente submersas, intransitáveis com cascatas de água a descer pelas escadas e levar tudo à sua frente. Infiltrações nas escolas que "sempre" pingavam mas não eram "nada de mais", levam ao encerramento de salas, de refeitórios e muitas crianças a ficar em casa ou a irem para os ATL ou centros de estudo, que sem esperarem têm de arranjar refeições para os alunos que deviam ter comido na escola e atividades para os meninos que deviam estar a ter aulas. Os pais ficam de mãos atadas sem saber se faltam ao trabalho para socorrer os filhos ou se os deixam aos cuidados das escolas e dos apoios que nestes dias não chegam.
A quantidade de chuva, cria rios de lama que correm velozes pelas encostas e que levam a derrocadas de muros que já estavam danificados, entram pelas portas e pelas janelas das casas, alagam garagens, caves, sobem pelas habitações até onde não dá mais. Alguns sobem aos pisos superiores, outros arrastam-se para os telhados e aguardam ajuda, no meio da aflição, uma senhora tenta salvar o marido acamado e morre curvada pela água e pelo desespero.
O que nos aconteceu nestes últimos dias foi uma catástrofe natural, aliada a um grande "fechar" de olhos do governo. As promessas não chegaram a tempo, os alertas ou não vieram ou os que vieram não se tornaram eficientes.
E parece que a bonança que esperávamos ainda vai demorar a chegar pois a chuva não nos vai dar tréguas nos próximos dias. Cuidem-se e cuidem uns dos outros. A proteção civil somos nós e o primeiro passo é não nos colocarmos em risco, avaliando se temos mesmo de sair, se temos mesmo de pegar no carro e atravessar uma enchente ou se não podemos ficar em casa um dia ou dois com os filhos. Tomem conta dos idosos, que muitas vezes vivem em zonas antigas e casas menos resistentes às intempéries. Isto ainda não acabou!
Hoje é feriado em Portugal e em muitas outras partes do mundo. Apesar de se celebrar um feriado religiosos, dedicado à Imaculada Conceição - ou segundo alguns teólogos - à conceção sem mácula da Virgem Maria. A ideia da Imaculada Conceição e o feriado foram introduzidos em Portugal com a chegada, em 1166, de D. Gilberto, o primeiro Bispo da cidade de Lisboa. O conceito propagou-se rapidamente pelas paróquias. A primeira celebração oficial do culto da Imaculada Conceição decorreu no dia 8 de dezembro de 1320, em Coimbra.
A ligação entre Portugal e a Imaculada Conceição ganha destaque em 1385, quando as tropas comandadas por D. Nuno Alvares Pereira derrotaram o exército castelhano e os seus aliados, na batalha de Aljubarrota. Em 1420, D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, mandou construir uma enorme igreja em Vila Viçosa que dedicou a “Nossa Senhora da Imaculada Conceição” (também conhecida como Nossa Senhora do Castelo).
É também importante lembrar que D. João IV, rei de Portugal, declarou Nossa Senhora da Conceição como padroeira do reino. Estavamos no ano de 1646 e uma decisiva batalha era travada em Montes Claros, Vila Viçosa. Em plena Guerra da Restauração contra Espanha, D. João IV, jurou e proclamou solenemente que Nossa Senhora da Conceição seria a Rainha e Padroeira de Portugal para sempre. Desde este dia, os reis portugueses deixaram de usar coroa na cabeça, privilégio reservado exclusivamente para a Imaculada Conceição. Nas cerimónias solenes monárquicas, a coroa passou a ser colocada em cima de uma almofada ao lado do rei.
Mas já antes, D. Afonso Henriques se tinha colocado ao seu serviço e isto também nos lembra que conhecermos a nossa História, nos torna uma parte daquilo que somos.
No dia 8 de Dezembro de 1854 o papa Pio IX decretava, solenemente, e para todo o mundo, o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria. A reconfirmação da pessoa da Virgem Maria enquanto Padroeira de Portugal foi efectuada pelo Papa Pio XI, a 25 de Março de 1936. Na bandeira monárquica que representou Portugal, a cor azul era uma alusão a Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.
De facto, a santa é "muitas" e tem "muitos" nomes: Maria de Nazaré foi a mulher escolhida para gerar o filho de Deus, Jesus Cristo e em Portugal é mais conhecida como Senhora de Fátima, em Espanha já é a Senhora do Pilar, no Brasil é conhecida como a Senhora da Aparecida, no México é venerada como Senhora de Guadalupe, na Polónia é a Virgem Negra de Tchestócowa, e em França é a Senhora de Lourdes.
Fontes:
https://rr.sapo.pt/artigo/262692/quarta-feira-8-de-dezembro-de-2021
https://publicholidays.pt/pt/immaculate-conception/
https://esplpalavras.wordpress.com/2017/12/19/feriados-de-1-e-8-de-dezembro/
Desde 1992 é celebrada esta data, na qual se tenta chamar a atenção para aspetos importantes da nossa sociedade como as Acessibilidades. Olhem à vossa volta quando saírem para ir beber um café, ou para ir comprar leite a um hipermercado. Esse espaço é acessível? Uma pessoa com cadeira de rodas conseguiria sair da vossa casa e chegar ao café sem ajuda de outras pessoas?
A data tem como principal objetivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência e a mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar destas pessoas. Neste dia, debate-se a independência e a autonomia das pessoas com deficiência, bem como a criação de condições de inclusão destes cidadãos. Existe uma estimativa, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) que cerca de 15% da população mundial vive com algum tipo de incapacidade (motora, visual, auditiva, etc). Além disso, que entre 2% a 4% da população com mais de 15 anos vive com alguma dificuldade funcional. Em Portugal, segundo os últimos dados da Saúde e Incapacidades (de 2011) feito pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) cerca de 16% dos portugueses (entre 15 a 64 anos) tinham simultaneamente problemas de saúde prolongadas e dificuldades na realização de atividade básicas do dia-a-dia (ver, ouvir, andar, sentar, levantar, comunicar, memorizar, etc). As mulheres são as mais afetadas pelas doenças prolongadas, de acordo com o estudo, e a idade mais crítica é entre os 55 a 64 anos (a última faixa etária analisada).
De acordo com a “Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”, as pessoas com deficiência devem ter acesso “em condições de igualdade com os demais, ao ambiente físico, ao transporte, à informação e comunicações, incluindo as tecnologias e sistemas de informação e comunicação e a outras instalações e serviços abertos ou prestados ao público, tanto nas áreas urbanas como rurais”.
A legislação afirma também que os “edifícios, estradas, transportes e outras instalações interiores e exteriores, incluindo escolas, habitações, instalações médicas e locais de trabalho” devem ser acessíveis a todas as pessoas com mobilidade reduzida no país. Nesse cenário, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e o digital têm um papel preponderante, porque são um facilitador e um fator de inclusão, sendo essenciais para remover barreiras e contribuir para uma vida independente. Mas para isso, os serviços digitais precisam de ser acessíveis e fáceis de utilizar e o site acessibilidade.gov.pt há muito se assumiu como a referência para a acessibilidade digital em Portugal. O Decreto-Lei n.º 163/2006 estabelece normas e diretrizes para os projetos de construção dos prédios públicos e também em ruas para serem seguidas.
Mas infelizmente... ainda é uma utopia!
A acessibilidade em Portugal e no mundo é um fator extremamente importante para a qualidade de seus cidadãos e também para a integração e participação na vida pública. Poucos edifícios têm sequer uma simples rampa à entrada e quando têm, raras são as que estão de acorda com a inclinação adequada e segura para que uma pessoa portadora de deficiência física se possa movimentar. Se falamos em lojas, quantas permitem a livre circulação sem embater em obstáculos e armadilhas?
Qualquer um de nós é um potencial utilizador. Não é necessário nascer com deficiência. Podemos ter uma doença degenerativa (como eu tenho), precisar de fazer uma cirurgia ou ter um acidente de viação, um atropelamento, uma queda...
Fontes:
https://www.aepombal.edu.pt/a-semente/dia-internacional-da-pessoa-com-deficiencia-2/
https://www.eurodicas.com.br/acessibilidade-em-portugal/
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