Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.
Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.
O Vaticano veio hoje a público anunciar a morte do papa emérito Bento XVI. Joseph Ratzinger tinha 95 anos e foi Papa entre 2005 e 2013, ano em que renunciou por problemas de saúde.
Pelo que se sabe, será a primeira vez na história milenar da Igreja Católica, que um papa em funções enterrará outro papa. Talvez tenha sido, mãs não posso comprovar. O corpo de Bento XVI ficará exposto a partir desta segunda-feira na Basílica de São Pedro para receber o último adeus dos fiéis.
Também tinha sido a primeira vez em 600 anos que um papa tinha renunciado ao seu pontificado. E assim, a Igreja não tinha protocolos em vigor para esta situação. Diz-se que Bento XVI terá mostrado a sua vontade em ser sepultado no túmulo onde esteve João Paulo II.
O Papa emérito teve um papel importante na organização dos ministérios da igreja, tanto durante o período em que exerceu o cargo de Papa, mas também durante o pontificado de João Paulo II, onde segundo alguns historiadores, ele terá sido mesmo "a cabeça teológica e pensante" do então pontífice.
Independentemente das crenças de cada um, perde-se uma personalidade que sem dúvida terá marcado o século XXI, e que será relembrado. Daqui a alguns anos talvez se venham a saber outras coisas agora resguardadas entre portas (adoraria que fosse ainda durante a minha vida) pois de certo muito se calou a este homem, como se cala agora ao atual.
Nascida a 22 de Fevereiro de 1948, com o nome Teolinda Joaquina de Sousa Lança na localidade de Beringel em Beja, Linda de Suza emigrou em 1970 para França em busca de uma vida melhor e com mais liberdade pelo que se percebe na história que conta no seu livro "A mala de cartão" (1984). Aí disse ter fugido de Portugal, por não ser aceite uma mulher ter filhos sendo solteira, revelando o que se passava num país com um regime fechado e de uma familia com ideias retrógadas e tirânicas. O livro teve bastante sucesso na altura teno sido vendidos cerca de dois milhões de exemplares. Em 1988, a cantora que fazia de França a sua casa e que animava os emigrantes saudosos de Portugal, viu a sua história ser adaptada à televisão numa minissérie intitulada "Mala de Cartão".
Linda de Suza estreou-se como cantora num restaurante localizado em Saint-Odein, a norte de Paris, chamado Chez Loisette, onde foi descoberta pelo compositor André Pascal (1932-2001) que a apresentou, posteriormente, ao compositor Alex Alstone (1903-1982). Pouco tempo depois, a cantora teve a sua primeira apresentação na televisão, entrando no programaRendez-Vous du Dimanche, de Michel Drucker, onde interpretou a cançãoUn Portugais(Vine Buggy/Alex Alstone), cujas vendas do ‘single’ atingiram em França, o cobiçado Disco de Platina. Corria 1979.
Com uma vida difícil, tal como a de todos os emigrantes que fizeram a sua vida longe de casa, procurando manter as suas raízes, Linda de Suza passou por contratempos pessoais que foram muito badaladas nos media: no ano de 2010, tornou públicas as suas dificuldades financeiras, acusando o companheiro de lhe roubar a identidade; nessa alturou, afirmou viver com dificuldades, ganhando apenas cerca de 400 euros por mês. No entanto, conseguiu voltar aos palcos atéfazer algumas digressões entre 2014 e 2017.
Em 2020, apresentou um novo projeto, "Postais de Portugal", com o qual preparava nova digressão que a pandemia de covid-19 obrigou a cancelar.
Linda morreu hoje com 74 anos. Estava internada em Gisors, França, com diagnóstico de insuficiência respiratória, provocada por Covid 19.
Nesta quadra natalícia que já nos absorve, dou por mim a pensar nas prendas e na utilidade que elas terão para quem as vai receber.
Gostava de dar presentes mais caros, mas não tenho condições para isso e, também não fui ensinada a dar valor ao preço de um presente. Para mim, o melhor presente era quando havia um livro no meu sapatinho! Eu ficava logo pronta a encontrar um sítio para ler e fula se me diziam "hoje é natal, lês amanhã!" Oh, ficava a desejar que me deixassem sozinha com a minha prenda. As bonecas ficavam para segundo plano...
Este ano, alguns "sapatinhos" receberão livros, outros um caderno especial ou uma agenda. Talvez leve a alguns sorrisos e a gerar outros leitores e escritores!
Uma das prendinhas que estou agora a preparar é para uma menina pequenina e que vai receber um dos meus livros. Espero que ela um dia o venha a ler mas agora será a mãe dela que lho lerá, tal como eu li para ela há muitos anos.
E aproveito para informar que está em promoção no site da Cordel de Prata, para quem o quiser ainda adquirir.
A vida termina num sopro. Depois de uma tarde animada, a trabalhar em Castanheira de Pera, Cláudia entra no carro e segue em direção ao Algarve. A viagem termina abruptamente na zona de Álcácer, onde em plena A2 é abalroada por outra viatura, quando, aparentemente, estaria parada na berma, após sinalizar a viatura e regressar ao seu interior.
Não sabemos o que se terá passado, mas a vida desta cantora de apenas 40 anos, foi-lhe roubada num segundo. Parada no local errado, à hora errada.
Cláudia nasceu em Faro em 1982 e a sua carreira como artista começou em 1995 com apenas 13 anos, com o seu primeiro álbum, "Dizias Tu, Pensava Eu". Em 1998 lançou o disco "Pensei Com o Coração", e no mesmo ano a artista participou na coletânea "De mãos dadas". Foi no ano de 1999 que obteve o seu maior sucesso apresentando o tema "Preciso de um Herói".
Já em 2001 lança o seu 4.º disco, de nome "Meu Sonho Azul", que voltou a ter mais um grande sucesso na sua carreira, com o tema "Não vou voltar a chorar".
Em 2002 num outro formato a artista arrisca participar na segunda edição doBig Brother Famosos.
No ano de 2005 surgiu "Preto no Branco" e em 2009 a cantora voltou a surgir no mercado com o álbum "Quem és tu". Em 2010 participou no Festival RTP da canção, pelas mãos de produção do compositor Jordi Cubino,com o tema "Contra Tudo e Todos", tendo passado até às semi-finais.
Claudisabel tinha sido vítima de um aparatoso e grave acidente de viação em 2019, quando uma viatura não respeitou um sinal vermelho. Deste resultaram consequências graves, tendo ficado com uma lesão na coluna que lhe provocou duas hérnias e uma compressão cervical que lhe tornva difíceis alguns movimentos. Ficou ainda com uma lesão na vista, uma perda de visão significativa e uma pressão ocular muito elevada.
Regressa aos discos em 2020, com uma abordagem diferente, um estilo musical totalmente renovado e uma imagem marcante, com o seu single "Condenada".
Nestes momentos tão duros, não podem haver palavras que confortem a família e os amigos - e ela parecia ter tantos a gostar dela, como se vê agora nas redes sociais. Cada dia é uma dádiva que nos pode ser retirada a qualquer momento e somos um grão de areia neste universo.
Depois da tempestade vem a bonança, sempre ouvi dizer. Mas os últimos dias não foram fáceis para muitos portugueses, que viram os seus bens serem levados pela água, as casas e os negócios ficarem destruídos e as suas vidas completamente viradas do avesso. Se era esperado? Pela forma como se vão sucedendo as notícias nos meios de comunicação parece que foi algo de muito estranho, algo que o país nunca viveu. Mas, infelizmente, foram muitos os episódios de cheias que noutros anos deixaram algumas zonas do país arrasado. Talvez agora tenha subido mais em algumas zonas, talvez desta vez os alertas não tenham chegado a tempo, mas quantas destas pessoas sabiam que estavam em leito de cheia e que, havendo chuva e as condições adequadas, o rio irá retomar o seu leito natural e toda a bacia hidrográfica vai ficar completa?
Há quantos anos se estão a elaborar planos para minimizar as consequências destas cheias e há quantos anos eles aguardam para ser postos em prática? Estradas cortadas devido a lençóis de água por falta de escoamento. Linhas do metro completamente submersas, intransitáveis com cascatas de água a descer pelas escadas e levar tudo à sua frente. Infiltrações nas escolas que "sempre" pingavam mas não eram "nada de mais", levam ao encerramento de salas, de refeitórios e muitas crianças a ficar em casa ou a irem para os ATL ou centros de estudo, que sem esperarem têm de arranjar refeições para os alunos que deviam ter comido na escola e atividades para os meninos que deviam estar a ter aulas. Os pais ficam de mãos atadas sem saber se faltam ao trabalho para socorrer os filhos ou se os deixam aos cuidados das escolas e dos apoios que nestes dias não chegam.
A quantidade de chuva, cria rios de lama que correm velozes pelas encostas e que levam a derrocadas de muros que já estavam danificados, entram pelas portas e pelas janelas das casas, alagam garagens, caves, sobem pelas habitações até onde não dá mais. Alguns sobem aos pisos superiores, outros arrastam-se para os telhados e aguardam ajuda, no meio da aflição, uma senhora tenta salvar o marido acamado e morre curvada pela água e pelo desespero.
O que nos aconteceu nestes últimos dias foi uma catástrofe natural, aliada a um grande "fechar" de olhos do governo. As promessas não chegaram a tempo, os alertas ou não vieram ou os que vieram não se tornaram eficientes.
E parece que a bonança que esperávamos ainda vai demorar a chegar pois a chuva não nos vai dar tréguas nos próximos dias. Cuidem-se e cuidem uns dos outros. A proteção civil somos nós e o primeiro passo é não nos colocarmos em risco, avaliando se temos mesmo de sair, se temos mesmo de pegar no carro e atravessar uma enchente ou se não podemos ficar em casa um dia ou dois com os filhos. Tomem conta dos idosos, que muitas vezes vivem em zonas antigas e casas menos resistentes às intempéries. Isto ainda não acabou!