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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Desde 21 de dezembro de 2010 que se assinala a 30 de agosto o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, para homenagear todos os que passaram por atrocidades como violência, tortura e medo constante. Para a Organização, entende-se como “desaparecimento forçado” toda a detenção, prisão, sequestro ou qualquer outra forma de privação de liberdade pelo apoio, consentimento ou atuação direta de agentes do Estado. A falta de proteção é um dos fatores que levam a essa situação. Pessoas vivendo na pobreza, expostas a riscos e desprovidas de recursos legais e assistência jurídica para recorrer contra prisões arbitrárias, ou até mesmo detenção e julgamento.
Os especialistas em direitos humanos afirmam que o desaparecimento forçado é utilizado como arma de intimidação, represália e punição ilegal. O desaparecimento forçado não se restringe a uma região específica do mundo, todavia, está na maior parte das vezes associado a regimes ditatoriais, especialmente em situações de conflito, repressão e impunidade. Estas situações instauram um clima de terror na sociedade, afetando não só as famílias dos desaparecidos, mas toda a comunidade.
Uma das causas passa pela fuga de locais de conflito, tal como se observa em diversas regiões de África. Atualmente, mais de 35 conflitos armados estão ativos na África e milhares de pessoas, incluindo crianças, atravessam anualmente fronteiras, o deserto do Saara e o mar Mediterrâneo em busca de segurança e de uma vida melhor. Durante estas deslocações, seja interno ou transfronteiriço, as crianças enfrentam riscos de exploração, violência, angústia mental e desaparecimento.
Segundo dados da Cruz Vermelha Internacional, só na Nigéria, são cerca de 14 mil as crianças que se encontram desparecidas, mais de metade das 25 mil pessoas com paradeiro desconhecido no país. Entre janeiro e junho deste ano, o CICV (Comité Internacional da Cruz Vermelha) e a Cruz Vermelha nigeriana ajudaram a juntar às respetivas famílias 31 crianças e jovens. Este trabalho é fruto de uma enorme dedicação de quem está no terreno, mas não chega!
As famílias de 377 pessoas receberam informações sobre o paradeiro ou destino dos entes queridos, e 146 famílias de pessoas desaparecidas receberam apoio psicossocial, económico, legal e administrativo através do Programa de Acompanhamento para Famílias dos Desaparecidos. Em alguns países, existem leis de reparação, mas às vezes existem barreiras como a ausência de uma certidão de óbito.
Fontes:
https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-das-vitimas-de-desaparecimentos-forcados
Se a edição do meu livro foi um sonho teornado realidade, a verdade é que além da satisfação pessoal, a sua saída trouxe-me muitas outras coisas boas. Uma delas foi a possibilidade de voltar a falar com algumas pessoas com as quais a vida me tinha feito perder o contato e, também, voltar a encontrar-me com alguns amigos.
A possibilidade de rever algumas pessoas, de ir entregar o livro em mão (na maioria das vezes ficava mais barato enviar por correio), com uma dedicatória, umas palavras pensadas em especial para aquela pessoa, tornam o momento em que o livro troca de mãos ainda mais especial. Não sei se dará vendas suficientes, mas já estou a ganhar com este retomar de relações que fui perdendo. As redes sociais trazem esta possibilidade, tanto na divulgação do próprio livro, como no reencontrar de pessoas, antigas colegas de curso, antigos colegas de trabalho, amigos que nunca deixaram de estar presentes, mas com os quais não falamos todos os dias.
Sou muito crítica em relação ao meu trabalho e com este meu livro não foi exceção. Para mim, há sempre algo a melhorar, algo que as pessoas não vão gostar.
Mas os comentários ao meu trabalho têm sido bons. Tenho ouvido e lido frases de motivação e de incentivo e, sobretudo, de surpresa. Quem me conhece bem, sabe que eu sempre gostei de escrever e que sempre escrevi muito.
Este passo da edição foi uma aventura, um risco grande que eu corri sozinha. Tinha de ser sozinha, sem ninguém das minhas relações que se envolvesse demasiado ou investisse no projeto. Se correr mal, terei de ser só eu.
Infelizmente, as notícias desta sexta-feira, deram conta do falecimento do ator Orlando Costa com 73 anos.
Orlando Costa, conhecido também do grande público pela sua participação em séries e em novelas nacionais, nasceu em Braga, a 24 de dezembro de 1948.
Em 1969, Orlando Costa, estreou-se como profissional no Teatro Experimental de Cascais, com a peça "Um Chapéu de Palha de Itália", tendo-se destacado no percurso que fez na televisão com o icónico papel que interpretou na série "Zé Gato", corria o ano de 1979, na RTP.
Na década de 70, o ator estreou-se no cinema, onde se deu a conhecer em várias produções como por exemplo "Jogo de Mão" (1982), "Amor e Dedinhos de Pé" (1993) ou em "Sapatos Pretos" (1998).
Em 1973, foi também fundador do Teatro da Cornucópia, com Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo.
Na televisão, trabalhou com todos os canais e entre vários trabalhos que fez, destaca-se a sua participação em "Duarte e Companhia" (1985) na RTP, "Desencontros" (1995), "Polícias" (1996), "Ballet Rose"(1998), "O Fura-Vidas" (1999), "Esquadra de Polícia" (1999), "Capitão Roby" (2000), "Olhos de Água", "Conta-me como foi", "Inspetor Max" (TVI), "Morangos com Açúcar" (TVI), "Os Filhos do Rock" e claro, fez parte da maravilhosa equipa de "Malucos do Riso" (2001) na SIC e em "João semana" (2005)
Em 2007 integrou o elenco de Hamlet de Shakespeare, numa encenação de André Gago, que o levou a percorrer o país.
Ultimamente, participou na SIC em "Amor Amor" e "Por Ti", onde era o sargento Silva. Era uma pessoa muito ativa e querida dos seus colegas e do público que o gostava de ver trabalhar. Uma grande perda que deixa mais pobre o nosso teatro e televisão.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orlando_Costa
Sai hoje o meu livro. A partir de hoje, estará nas bancas "Vivi e o dragão". Um conto infantil, com sabor a mar e cheiro de praia. Convido-vos a conhecer a pequena "Vivi" nesta aventura fantástica pelo mundo da imaginação e dos sonhos, dos dragões e dos pós de fada. Espero que traga momentos felizes a muitas crianças pelo nosso país fora.
A construção deste livro começou com um pequeno conto para participar num concurso da editora Cordel de Prata. Mas depois, as coisas foram-se complementando e, um ano depois, está aqui o resultado final. Estive muito ansiosa por ver o resultado final e, tendo em conta que ainda não tenho os meus exemplares na minha mão, essa ansiedade ainda não passou.
O dia coincidiu com um acelerar do processo para poder ser lançado ainda nesta feira do livro (onde irei também ter uma sessão de autógrafos), mas não foi escolhido por nenhuma razão em especial.
As mulheres afegãs enfrentam duras provas de vida e estão privadas do acesso à educação desde que o regime Talibã voltou ao poder, depois da saída das tropas americanas. A EuroNews apresenta uma reportagem sobre estas escolas, que são um grito de revolta, num país onde as mulheres não têm voz. No DN encontrei também uma ótima reportagem sobre este assunto e que despertou o meu interesse.
O Afeganistão esteve sob o poder dos Talibã desde Setembro de 1996. Este regime e a guerra que se abateu sobre o povo afegão, destruiram 3600 escolas afegãs, ou seja, grande parte dos espaços que antes estavam reservados à escola. Mas o povo afegão não desistiu de aprender e criou espaços alternativos que, embora com condições muito precárias, permitiram perpetuar a ideia de escola no Afeganistão. apesar das dificuldades, existe uma enorme vontade de estudar. Até as populações nómadas realçam a importância da educação das suas crianças.
Agora começam a surgir escolas clandestinas para raparigas no Afeganistão, principalmente depois da subida dos talibãs ao poder. Mas as jovens que frequentam estas escolas clandestinas têm de ter muito cuidado.
Uma das raparigas que frequenta uma escola clandestina, contra a vontade do irmão, diz que também vai à escola muçulmana para aprender sobre religião e à tarde vai à escola clandestina, porque desta forma consegue responder ao irmão sobre religião sem levantar suspeitas.
A hostilidade masculina em relação à educação das mulheres é muito antiga no Afeganistão. Muitas raparigas sofrerem episódios de violência ou até a morte por frequentarem escolas femininas.
Ao contrário das promessas dos Talibãs quando subiram ao poder, no ano passado, a integração das mulheres está longe se ser uma realidade e a sociedade afegã encerra-se numa gestão masculina. Desde que tomou o poder há um ano, o regime talibã impôs duras restrições a meninas e mulheres para cumprir a visão austera do Islão, retirando-as da vida pública. As meninas vêem-se obrigadas a esconder os livros e os materiais escolares.
As mulheres não podem fazer viagens longas sem um parente do sexo masculino para acompanhá-las. Elas foram também instruídas a cobrirem-se com o hijab ou, de preferência, com uma burca - embora a preferência declarada dos talibãs seja que elas só saiam de casa se for absolutamente necessário.E, na mais cruel privação, as escolas secundárias para meninas em muitas partes do Afeganistão não foram autorizadas a reabrir. Mas escolas secretas surgiram em quartos de casas comuns em todo o país. Uma professora de uma das escolas secretas, adianta que não queria que estas raparifgas tivessem a mesma vida que ela - que devem ter um futuro melhor. Acrescenta ainda que muitas raparigas menores são obrigadas a casar, como ela foi. Ficou noiva aos 12 anos e lutou muito para ter acesso à educação - é por isso que não quer que passem pela mesma coisa.
Vários estudiosos religiosos dizem que não há justificação no Islão para a proibição do ensino secundário de meninas e, um ano após terem assumido o poder, os talibã ainda insistem que as aulas serão retomadas.
Um dos casos que encontramos nestas reportagens é o de Tamkin, que com o apoio do marido, transformou primeiro uma despensa numa sala aula. Em seguida, vendeu uma vaca da família para arrecadar fundos para livros didáticos, já que a maioria das meninas vinha de famílias pobres e não podiam pagar os próprios livros. Hoje, ensina inglês e ciências a cerca de 25 alunas ansiosas.
Recentemente, num dia chuvoso, as meninas entraram na sala de aula para uma aula de biologia. "Eu só quero estudar. Não importa como é o lugar", disse Narwan, que deveria estar no 12.º ano, sentada numa sala cheia de meninas de todas as idades.Atrás dela, um poster na parede pede aos alunos que sejam atenciosos: "A língua não tem ossos, mas é tão forte que pode partir o coração, então cuidado com as palavras".
Tal consideração da parte dos vizinhos ajudou Tamkin a manter o verdadeiro propósito da escola escondida. "Um talibã perguntou várias vezes 'o que está a acontecer aqui?' Eu disse aos vizinhos para dizerem que é uma madrassa", disse Tamkin. Uma outra jovem, Maliha, de dezessete anos, acredita firmemente que chegará o dia em que o regime talibã não estará mais no poder. "Nesse dia vamos dar bom uso ao nosso conhecimento", disse. Nos arredores de Cabul, num labirinto de casas de barro, Laila é outra professora que dá aulas clandestinas. Tanto esta professora como esta aluna, que são apenas dois exemplos de muitas, são casos de superação e de uma luta não só pela educação, mas pelo direito ao saber, a liberdade de escolherem o seu destino.
Assim, podemos afirmar que o direito a estudar não é o único objetivo de algumas meninas e mulheres afegãs - que são muitas vezes casadas em relacionamentos abusivos ou restritivos. Zahra, é disso um bom exemplo. Zahra, que frequenta uma escola secreta no leste do Afeganistão, casou-se aos 14 anos e agora vive com parentes por afinidade, que se opõem à ideia de frequentar as aulas. Atualmente, toma comprimidos para dormir para combater a ansiedade - preocupada em que a família do marido o influencie a obrigá-la a ficar em casa. "Eu digo-lhes que vou ao bazar local e venho aqui", disse Zahra sobre a ida à escola secreta que frequenta. Para ela, diz, é a única maneira de fazer amigas.
Laila é outra professora que dá aulas clandestinas a cerca de uma dúzia de meninas, que se reúnem dois dias por semana na sua casa, que tem um pátio e uma horta onde cultiva legumes e frutas. A sala de aula tem uma ampla janela que se abre para o jardim, e as meninas com livros didáticos guardados em pastas de plástico azul estão sentadas num tapete - felizes e alegres, a estudar juntas. À medida que a aula começa, uma a uma, eles leem as respostas dos trabalhos de casa.
Fontes:
https://pt.euronews.com/2022/08/14/dentro-das-escolas-secretas-para-raparigas-do-afeganistao
https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~ommartins/images/hfe/lugares/oriente/afeganistao.htm
Por vezes, há acidentes que mexem comigo, pela forma como se dão e como poderiam ser evitados. A culpa, não será de "ninguém" mas ficará a "culpabilização" de vários dos envolvidos, até de quem não estava ali no momento, como imagino eu, dos organiozadores da prova.
Este acidente, ocorrido na Serra de Água na Madeira, durante um rali, provocou a morte a uma criança de oito anos. Estava a passar um dos últimos carros em prova, quando a família resolveu atravessar a estrada, tendo sido a menina atropelada apesar dos esforços do piloto em travar. O caso será objeto de um inquérito do Ministério Público.
Miguel Gouveia e Tiago Fernandes, da BMW, estavam a tentar recuperar e tinham encurtado a distância ao carro da frente, mas, ali, na Encumeada, sendo surpreendidos por este grupo de pessoas que decidiu atravessar a estrada. O piloto ainda travou, mas a tragédia foi inevitável. A criança foi assistida no local por dois pilotos em prova, que são socorristas da Cruz Vermelha, antes mesmo da chegada das ambulâncias, que a levou o hospital Nélio Mendonça. O óbito foi declarado poucas horas depois.
A organização da prova garante que todas as normas de segurança foram cumpridas e que naquele momento a estrada ainda não estava aberta, o público só podia assistir e ficar atrás das fitas brancas colocadas na berma, o que não aconteceu.
Mais uma vez, quando o público não respeita as indicações, os acidentes acontecem. Desta vez de forma mortal e com uma enorme dor para a família. Pr outro lado, estas provas deviam ter outras proteções, pois já deu para perceber por outros casos semelhantes que o público português é especialista em atravessar as fitas ou até as barreiras. Talvez se devam então cancelar este tipo de etapas e passar a ser tudo em circuitos fechados.
Fontes:
https://sicnoticias.pt/pais/2022-08-07-Morte-de-menina-no-Rali-da-Madeira-alvo-de-inquerito-do-Ministerio-Publico-e2539696
Em morte cerebral. Depois de participar num desafio do Tik-tok, que fez com que desmaiasse por falta de oxigenação, um menino de apenas 12 anos, foi declarado em morte cerebral. Não consigo imaginar a dor terrível destes pais.
A criança sofreu danos cerebrais em abril deste ano, depois de, segundo a mãe, ter participado num desafio nas redes sociais em que os utilizadores são encorajados a suster a respiração até desmaiarem por falta de oxigénio. Desde essa data que o menino está internado no Royal London Hospital, localizado em Whitechapel, na capital britânica.
Os pais não aceitam que as máquinas que o mantém vivo, sejam desligadas, mas o hospital afirma que o rapaz se encontra em morte cerebral e que manter o tratamento de suporte artificial de vida "não está de acordo com os melhores interesses da criança". O desejo dos pais é que seja permitido ao filho ter uma morte "natural". É tão duro aquilo que eles estão a passar.
No entanto, os tribunais britânicos têm respondido negativamente aos pedidos do casal, dando razão ao hospital. Sabendo que a data da interrupção do tratamento se aproximava (estava marcada para esta segunda-feira, 1 de agosto) os pais decidiram interpor um recurso para adiar o momento em que as máquinas irão ser desligadas. O recurso permitiu que ganhassem algum tempo, mas não o suficiente, uma vez que o recurso foi recusado.
Mas e quanto às redes sociais? Devemos poibir, ou basta estarmos atentos?
Podemos prevenir que as crianças participem neste tipo de desafios? E será mesmo possível fazê-lo?
Este menino fez um desafio chamado "blackout challenge" em que se tem de usar um cinto ou algo para ir apertando o pescoço até desmaiarem. Ele poderia ter-se negado a fazê-lo, poderia ter dito apenas "não".
A necessidade de se sentrir aceite num determinado grupo, acompanhava-nos a nós também. "Não és capaz de tocar à campainha da D. Amélia!" - e lá ia um de nós tocar e fugir a correr. Agora as brincadeiras são feitas sozinhos em casa, mas com os "amigos" atrás de um ecrã. Acho que agora as parvoíces são maiores. Ou melhor, deixaram de ser parvoíces como as que nós fazíamos e passaram para algo muito grave.
Com um filho da mesma idade, preocupo-me sim.
Fontes:
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