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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Faz hoje 60 anos que se registou o maior sismo sentido desde que há registos. A 22 de maio de 1960, o Chile registou um terremoto de magnitude 9.5 na Escala de Richter, considerado o maior da história desde que se conseguem registar este tipo de fenómenos. O epicentro foi a 570 km ao sul de Santiago com o hipocentro situado a uma profundidade de 33 quilómetros. Teve uma intensidade XII na escala de Mercalli, o último grau da escala que corresponde à "destruição total da paisagem" (Cataclismo). No dia anterior, tinham já sido registados vários abalos fortes que destruíram várias habitações, mas o pior estava para chegar.
O desastre também é conhecido como Terramoto de Valdivia, em referência à cidade mais afetada. Aproximadamente 1665 pessoas morreram, 3 mil ficaram feridas e 2 milhões ficaram desalojadas no sul do Chile, embora o número de mortos não se ficasse por aqui. Afetados já pelos abalos do dia anterior, grande parte dos edifícios desabou imediatamente, enquanto o Rio Calle-Calle inundou as ruas do centro da cidade. Os sistemas de eletricidade e água foram totalmente destruídos e várias testemunhas relataram a liquefação do solo. O terremoto provocou inúmeros deslizamentos de terra, principalmente nos íngremes vales glaciais do sul dos Andes. Nos Andes, a maioria dos deslizamentos ocorreram nas encostas de montanhas cobertas por florestas.
O sismo provocou também a erupção do vulcão Puyehue dois dias depois e pensasse que outros terão sido afetados pelos abalos. No total, estima-se em cerca de 5700 as pessoas que perderam a vida no Chile e em mais de 2 milhões as que ficaram feridas por causa desta catástrofe.
A força do mar invadiu pouco depois as comunidades mais baixas do país, trazendo ainda mais destruição. Várias ondas de tsunami invadiram a costa e destruiram o que restava. Mas além do Chile, outros locais sofreram danos consideráveis. Tsunamis produzidos pelo sismo causaram mais de 200 mortes no Havai, nas Filipinas e até no Japão, nas horas seguintes, com ondas na ordem dos 25 metros a atingir a população costeira, e réplicas do primeiro abalo puderam ser sentidas por mais de um ano.
A magnitude considera a dimensão do terramoto e está relacionada com a energia libertada no foco do mesmo além da altura das ondas que são registadas no sismógrafo.
Fontes:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/02/06/os-cinco-terremotos-mais-fortes-da-historia.ghtml
https://expresso.pt/internacional/os-dez-maiores-sismos-de-sempre=f921928
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_de_Valdivia_de_1960
Era domingo. Pelas 08h32min desse dia 18 de maio de 1980, um forte abalo "destruiu toda a face norte" do Monte Santa Helena (ou St. Helens) e fez expelir "gás parcialmente fundido e rocha rica do vulcão, o que reduziu as pressões" no seu interior. O vulcão, de tipo explosivo, localizado no estado de Washington, entre Seattle e Portland, tinha acabado de entrar em erupção. "Uma mistura quente de lava e rocha foi pulverizada no rio adjacente, mas os danos não se ficaram por aqui. A pluma que o vulcão lançou para a atmosfera atingiu os "24 km de altura", chegando a 11 estados. Ao mesmo tempo, a neve e o gelo "derreteram, formando uma série de grandes deslizamentos de terra vulcânicos que chegaram até o rio Columbia, cerca de 80 km a sudoeste."
A erupção deu, no entanto, diversos sinais de estar próxima de acontecer e, os cientistas, já "sabiam que algo se passava sob o vulcão. Com efeito, em menos de dois meses, uma protuberância do tamanho de uma cidade formou-se no seu flanco norte, em resultado de uma incomumente posicionada acumulação de magma." No entanto, foi a "ferocidade singular e as dimensões incomuns da erupção" que veio a apanhar "todos de surpresa, mostrando o quanto a Vulcanologia ainda precisava de aprender."
"No dia 20 de março de 1980, um sismo de magnitude 4,2 marcou claramente o seu despertar. Milhares de enxames sísmicos foram detetados durante a semana seguinte, e o vulcão emitiu cinzas, por vezes atingindo até quase 5 km de altura, até que no final do mês de março, foram detetados os primeiros sinais sísmicos da movimentação de magma. Durante grande parte do mês de abril, o vulcão continuou a registar sinais sísmicos e várias outras explosões de cinzas e vapor. Mas do final de abril até ao início de maio estava estranhamente calmo, e vários cientistas deslocaram-se até ao vulcão para observar melhor."
Esta erupção foi a "mais mortal e economicamente destrutiva na história dos Estados Unidos," tendo provocado a morte de 57 pessoas. Entre as vítimas mortais, encontravam-se "cientistas, fotógrafos, montanheiros e pessoas que viviam junto ao vulcão," incluindo o "vulcanólogo David Johnston do USGS, que esteve ligado ao início da exploração geotérmica na ilha de São Miguel." Centenas de quilómetros quadrados foram reduzidos a cinzas, milhares de animais de caça foram mortos e o Monte Santa Helena ficou com uma cratera gigante na sua encosta norte.
As cinzas vulcânicas acumuladas mataram as plantações agrícolas, cortaram estradas e fecharam aeroportos. "As viagens aéreas" chegaram a estar interrompidas durante cerca de duas semanas, "sendo que vários aeroportos no leste de Washington encerraram" devido à acumulação de cinzas e à "pouca visibilidade. Mais de mil voos comerciais foram cancelados" depois do encerramento dos aeroportos. Na região mais próxima ao Monte Santa Helena, a taxa de desemprego chegou mesmo a aumentar, mas apenas uma "pequena percentagem de residentes abandonaram a região por causa da perda de empregos."
Mas esta erupção trouxe também um novo fôlego ao turismo da região. O Monte Santa Helena, talvez por causa de seu despertar, recuperou o seu apelo para os turistas, tendo sido abertos centros para os visitantes poderem aceder a informação sobre a erupção, os seus danos e sobre o vulcão em si.
Nos nossos dias, o vulcão continua ativo, mas de forma fraca. O Santa Helena teve outras cinco erupções entre os meses de maio e outubro de 1980, a que se foram seguindo outras, de menor relevância.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Erup%C3%A7%C3%A3o_do_Monte_Santa_Helena_em_1980
https://www.ivar.azores.gov.pt/noticias/Paginas/20200518-40anos-st-helens.aspx
As crianças deviam estar protegidas. As crianças não deviam morrer, muito menos, às mãos de quem as deveria acima de tudo, proteger!
Valentina tinha apenas nove anos. Andava na escola, mas devido à pandemia estava agora a estudar em casa. Filha de pais separados, como tantas outras, estava agora na casa do pai, de onde foi dada como desaparecida na quinta-feira. Foram utilizados drones, animais (cães pisteiros) e várias patrulhas na freguesia de Atouguia da Baleia. Ao final do dia de sexta-feira, 8 de maio, ainda não havia sinais de Valentina. Cerca de 100 voluntários - familiares, amigos e outros moradores do local - juntavam-se entretanto às buscas que se prolongaram pelo fim de semana. No total, "mais de 600 elementos" das forças de segurança participaram nas buscas, indicou o comandante da GNR das Caldas da Rainha, "numa área percorrida de sensivelmente quase 4 mil hectares, palmilhada mais do que uma vez em alguns locais".
O seu corpo foi encontrado no domingo, na Atouguia da Baleia. Ao início da manhã de domingo, o pai terá acabado por confessar e levar a polícia até ao local onde estava o corpo de Valentina. O corpo foi encontrado a cerca de cinco quilómetros da habitação, "numa zona de mata da Serra d"el Rei", "tapado" por "arbustos", mas "não estava enterrado".
A investigação começou como um desaparecimento mas os indícios que surgiram, relacionados com a "análise, entrevistas e interrogatórios" realizados a várias pessoas, levaram a polícia a acreditar que se tratava de um crime. O resultado preliminar da autópsia à criança aponta para uma morte violenta, com lesões na cabeça e indícios de asfixia.
Depois disso, a PJ realizou uma reconstituição do crime, levando, separadamente, o pai e a madrasta de Valentina, até casa, onde, acredita-se, terá ocorrido a morte.
A polícia admitiu que falou com o filho mais velho da madrasta de Valentina, de 12 anos. O seu testemunho poderá ser importante para perceber o que aconteceu. A PJ está convencida de que o crime aconteceu em casa, durante o dia de quarta-feira, tendo sido o corpo levado ao final desse dia para o local onde foi depois encontrado. Segundo relatado nas notícias do CM, o pai de Valentina terá questionado a filha por suspeitar que menina, de 9 anos, mantinha envolvimentos sexuais com colegas na escola e era vítima de abusos sexuais por parte de um homem a quem a criança tratava por "padrinho". A menina ter-se-á mantido em silêncio e, por esse motivo, Sandro torturou-a com água quente e múltiplas agressões. Perante o silêncio da criança, o progenitor começou por queimar-lhe os pés com água muito quente durante o banho, enquanto lhe batia nas pernas e rabo. Sandro tentou ainda asfixiar a menina, tudo na presença da madrasta, Márcia. Uma forte chapada na cabeça acabaria por ser fatal. O casal deixou a criança a morrer no sofá.
O funeral de Valentina realizou-se na terça-feira, no Bombarral.
Sandro, o pai da menina, está indiciado do crime de autoria de homicídio qualificado, de co-autoria de profanação de cadáver e ainda de violência doméstica sobre Valentina, que na altura da morte vivia com o pai e com a madrasta. Já Márcia, a madrasta, está indiciada da autoria do crime de homicídio qualificado por omissão e dolo eventual, bem como da co-autoria de profanação de cadáver.
A menina já tinha desaparecido uma vez de casa do pai, em 2018, quando viviam em Peniche. Nessa altura, foi encontrada pelas autoridades, numa estrada, e disse que tinha sentido saudades da mãe e queria ir ter com ela.
A criança foi então sinalizada pela CPCJ - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, mas não se encontraram vestígios de maus tratos na altura, nem nenhum testemunho recolhido até agora levaria a crer que eles existiriam. Também não são conhecidos problemas relacionados com álcool ou drogas na família. A sinalização da menina não a protegeu. Aliás, ninguém a conseguiu proteger.
Fontes:
https://www.dn.pt/pais/a-morte-de-valentina-tudo-o-que-se-sabe-12188130.html
"Há registos que apontam para a existência de mais de 10 mil cultos, seitas e religiões espalhadas pelo mundo."
Ana Saldanha, escreveu um belíssimo artigo no GQ que discrimina algumas destas seitas: o Raelianismo (ufológicos) que acreditam na existência de extraterrestres; a Ordem do Templo Solar, que previa um apocalipse em que apenas uma elite iria sobreviver, sendo transportada para a estrela Sírius; a Cientologia - que até tem estatuto de religião em vários países, incluindo Portugal, mas que a maioria dos países europeus considera uma seita - baseia-se na ideia de que as pessoas são seres imortais que se esqueceram da sua natureza e que, para alcançar essa imortalidade e outras habilidades sobre-humanas, devem fazer uma reabilitação psiquiátrica espiritual.
E muitas mais... que levaram a terríveis acontecimentos, como suicídios em massa, assassinatos de bebés e de crianças e outros crimes, alguns dos quais se tornaram conhecidos ao longo dos tempos.
O Tempo do Povo é apenas um dos exemplos, do qual Ana Saldanha, também nos fala no seu artigo. É fundado em 1955 por Jim Jones no Indiana, mudando-se na década de 70, para a Califórnia onde estabeleceu vários locais de culto pelo estado, chegando a ter mais de 20 mil membros. "Jonestown" foi o nome dado à comunidade no Guiana, para onde se mudou com algumas centenas de seguidores em 1977. E foi aí onde se deu em em novembro de 1978, a assassinato de um grupo que tinha ido "investigar" algumas denúncias seguido de um "suicídio" em massa que levou à morte de 909 pessoas (centenas das quais crianças, que foram mortas pelos próprios pais). A loucura de um, levou à loucura coletiva de muitos. 900 eram suficientes para se imporem a um, mas a crença foi maior do que a vontade própria, numa fila para beber a mistura mortal e "ajudados" por soldados armados, para que não desistissem no último momento. O próprio líder foi encontrado morto com um tiro na cabeça, aparentemente autoinfligido.
Mas o que é que distingue uma seita e uma igreja, sendo que a maioria das seitas se autodenominam igrejas? No nosso país, esta distinção não acontece na lei. Quer o legislador constitucional, quer o legislador ordinário, no momento da elaboração da Lei da Liberdade Religiosa (Lei n.º 16/2001, de 22 de junho), não definem o que é religião, igreja, comunidade religiosa ou seita. A ideia original do que é uma seita surgiu no início do século XX, através de grupos de pessoas que discordavam das doutrinas defendidas pela Igreja Católica, expressando as suas ideias de forma metódica e inflexível e muitas interpretaram de modo inadequado e demasiado literal as várias doutrinas bíblicas, terminando em teorias da conspiração que ainda hoje pairam sobre o pluralismo religioso. Podemos ler no artigo da jornalista, Cláudia Pratas, no Observador: "sabemos que o homem é um ser que tem necessidade de se relacionar com o desconhecido, com o Divino e, por isso, muitos tentam aproveitar-se de forma danosa do vazio que existe no ser humano."
Para haver uma seita, há desde logo um líder: tem normalmente uma personalidade carismática e é dono de uma capacidade oratória superior à da maioria. Estes líderes, acabam por fascinar quem os ouve, mas apesar da sua aparente bonomia, rapidamente mostram a sua verdade, promovendo a desigualdade entre os membros, colocando-se a si mesmo no topo de uma hierarquia elitista, de falso paternalismo.
Estas seitas, na maioria das vezes, afastam as pessoas das suas famílias, retiram-lhes a sua identidade e constróem relações das quais elas não conseguem sair de forma livre. Deixam de ter direitos próprios, ao mesmo tempo que lhes é impingida a ideia de que todos os outros estão errados - as leis de um Estado, a sociedade capitalista, a ciência e os próprio sistema educativo e de saúde são postos em causa e são abolidos das suas vidas. As crianças deixam de ir à escola convencional, seguem um modelo educativo próprio com as suas próprias ideias. Impingem coisas tão chalupas como a teoria do Geocentrismo ou a teoria de que a Terra é plana.
Em Portugal, também existem seitas - embora algumas bem escondidas.
Em 2013, em Brejos do Assa, Palmela, um homem começou uma "seita": num "falso local de culto, de uma falsa seita religiosa, inventada por um falso psicólogo".Chegado à aldeia, Pedro foi a um café acompanhado da mulher e dos dois filhos pequenos. Foi a mulher dele quem os apresentou, através de uns cartões de visita que o identificavam como “psicólogo”. E foi assim que Pedro ficou conhecido pela vizinhança. As consultas e explicações eram a forma de atrair as crianças à sua quinta. Os pais confiavam-lhe os filhos sem suspeitarem do que ali se passava. Pedro até era de perto e a mulher também. Ele tinha experiência como treinador de futebol e conseguiu um lugar no Clube Desportivo de Algeruz, a treinar os Esferinhas.
Depois, para camuflar o esquema que tinha engendrado, Pedro de 34 anos, utilizando os seus conhecimentos enquanto Testemunha de Jeová, criou uma seita a que chamou “Verdade Celestial”. Segundo a PJ, elaborou um conjunto de regras, com categorias hierárquicas, e alegava ser ele o “mestre” — que por sua vez respondia a um mestre espanhol, de nome Pablo. O próprio Pedro terá abusado sexualmente de várias crianças e criado um negócio de pedofilia. A chamada "purificação" não era nada mais nada menos do que atos de cariz sexual. Pedro dava consultas de psicologia e explicações às crianças e aproveitava-se do facto de elas por vezes passarem a noite na quinta para trazer os clientes pedófilos até lá. Enquanto as crianças dormiam, eram sujeitas a abusos sexuais vários. Sempre sozinhas, para que os crimes não fossem testemunhados por outras crianças.
Em junho de 2015, após uma denúncia em que inicialmente nem os membros da PJ queriam acreditar, foi feita uma busca à quinta de onde foram recolhidos computadores, vestígios de sémen, papéis com regras e todas as provas que pudessem confirmar a história da testemunha que de lá tinha fugido. Seguiram-se horas de interrogatórios, de identificações das crianças, de cruzamento de provas — que incluíam chats na internet, vídeos, fotografias feitas na casa. O caso deixa-nos desde logo um alerta - desconfiar! Seriam os pais assim tão crédulos? Em 2017, o homem foi condenado a 23 anos de prisão no processo de crimes de abusos sexuais de oito crianças. Dos restantes sete arguidos, cinco (quatro homens e uma mulher) foram condenados a penas de prisão entre os sete e os 19 anos, enquanto outras duas mulheres foram absolvidas.
Fontes:
SALDANHA, Ana, in https://www.gqportugal.pt/loucos-de-fe-cultos-seitas-religioes
PRATAS, Cláudia Alves, in: https://observador.pt/opiniao/as-seitas-lobos-no-meio-das-ovelhas/
https://observador.pt/especiais/a-falsa-seita-que-abusava-de-criancas-em-palmela/
https://www.dn.pt/sociedade/pena-maxima-para-lider-da-seita-de-palmela-8980257.html
Há 50 anos, o país foi assolado por um forte temporal. Tinha passado cerca de um ano desde que um sismo abalou o país.
A agitação marítima e os fortes ventos destruíram muitas embarcações. Os barcos que tentavam entrar nas barras marítimas, eram lançados contra as rochas.
Em Sesimbra, três filhos da terra perderam a vida.
Em todo o país, dezenas de embarcações ficaram destruídas. Em Sesimbra, morreram Vítor Manuel Vidal Costa, com apenas 26 anos, Manuel Joaquim Soromenho Oliveira, com 31 anos, ambos tripulantes da embarcação “Graças a Deus”, e Artur Pinto Gomes, proprietário da barca “Marlene”.
Fontes:
https://www.facebook.com/photo?fbid=871698746666471&set=a.641956459640702
Num normal 1º de MAIO, enchem-se as ruas de Lisboa com manifestantes. Hoje não é um dia normal porque estamos em Pandemia.
Num dia em que não estivessemos proibidos de sair do nosso concelho, estaria a Alameda cheia de gente! Hoje não estamos autorizados a circular livremente entre concelhos... como é que toda esta gente saiu de casa e veio até Lisboa?
Na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, a manifestação foi feita tentando manter o distanciamento social, mas nas imagens passadas nas estações televisivas, poucos são os que estão de máscara (bem colocada). Num dia normal, sem pandemia, concordava com as manifestações e com os festejos do Dia do Trabalhador - concordo perfeitamente com muitas das ideias e reinvindicações que hoje saíram à rua - só não concordo que tenham "mesmo saído". Podiam ter feito de outra forma, porque desta forma, colocando-se acima das recomendações da DGS, para ficarmos em casa, acho que se mostraram irresponsáveis. Muitas daquelas pessoas, até se calhar não foram informadas dos riscos, ou não ponderaram bem, mas alguém as deixou passar nos pontos de controlo das deslocações que se fazem em várias estradas. Não pode haver agora um concerto ali no mesmo parque, na mesma Alameda? Mas isto pode haver.
Outras talvez tenham pensado apenas que não fazia mal.
Eu acho que é uma questão também de respeito pelo outro e, acho que como eu, outras pessoas que não podem sair de casa para ir trabalhar e visitar as famílias se sentiram injustiçadas ao ver estas imagens.
https://rr.sapo.pt/video/actualidade/2020/05/01/cgtp-assinala-1-de-maio-na-rua-contra-o-aproveitamento-do-virus-para-a-exploracao-de-trabalhadores/238592/
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