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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
A problemática da travessia do Mediterrâneo faz todos os anos milhares de mortos. O resgate destas pessoas é em muitos casos feito em alto mar antes de chegarem a portos europeus, mas nem sempre estes resgates têm sucesso ou são executados da melhor forma.
Choca-nos ainda mais quando envolve crianças, que na sua inocência, fogem de conflitos acompanhadas ou não pelos seus progenitores que tentam alcançar portos europeus.
A 10 e 11 de agosto, dos resgates feitos pelo Ocean Viking - operado pelos Médicos sem Fronteiras e a SOS Méditerranée, ambas anteriormente responsáveis pelo navio Aquarius - a grande parte dos migrantes resgatados eram também homens sudaneses que fugiam da Líbia. A 12 de agosto, o navio humanitário "Ocean Viking" resgatou outros 105 migrantes nas águas internacionais ao largo da Líbia, aumentando o número de pessoas a bordo para 356. Só que ainda aguardam um porto seguro para desembarcar.
No caso da embarcação Open Arms, mais de 150 migrantes resgatados estão retidos, alguns há mais de 10 dias, a bordo do navio da ONG espanhola ao largo de Lampedusa à espera de um porto seguro para desembarcar.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, a verdade é que são cerca de 130 crianças no total que estão atualmente nas embarcações Viking Ocean e Open Arms, que aguardam para desembarcar na Europa após resgate no mar Mediterrâneo. As pessoas não foram autorizadas a desembarcar, uma vez que Itália e Malta não aceitaram receber os ocupantes e as ONGs que fretaram as embarcações disseram que não devolveriam os sobreviventes à Líbia por falta de segurança nos portos do país.
A agência destaca relatos de que apenas 11 das 103 crianças a bordo do navio humanitário Ocean Viking estão acompanhadas por um dos pais ou adulto responsável. A verdade é que muitas vezes estas crianças acabam por se perder durante as viagens, ou são mesmo raptadas pelos traficantes que as tentam trazer para a Europa. Quando eventualmente são resgatadas, não trazem documentos, têm graves problemas de saúde e de desnutrição. Outras tantas, morrem durante a viagem, muitas das quais nem são contabilizadas uma vez que não são feitas contagens oficiais.
Segundo os dados mais recentes da Organização Internacional para as Migrações (OIM), 39.289 migrantes e refugiados chegaram à Europa através do Mar Mediterrâneo entre 01 de janeiro e 04 de agosto de 2019, cerca de 34% menos que em igual período de 2018. Deste total, o maior número de pessoas chegou à Grécia (18947), seguindo-se a Espanha (13568), Itália (3950), Malta (1583) e Chipre (1241). No mesmo período, 840 pessoas morreram durante a travessia do Mediterrâneo, segundo a organização.
Fontes:
https://news.un.org/pt/story/2019/08/1683581
https://expresso.pt/sociedade/2019-08-06-O-Ocean-Viking-ja-esta-no-mar-1
Rui Rechena nasceu em 1966.
Rex, como era conhecido, era um dos elementos fundadores da banda Amor Electro (2010), e o baixista. Homenageado pelo grupo, Rui Rechena estava internado no hospital desde junho, vindo a falecer hoje, com apenas 53 anos e deixando 4 filhos.
Além de Amor Electro, participou noutros projetos musicais, sendo um importante nome do panorama cultural contemporâneo, pelo seu papel na afirmação de uma geração de artistas que encontrou na tradição da música portuguesa raízes para um novo caminho de modernidade e renovação da produção nacional. É uma grande perda no panorama musical português, com muito ainda para dar e no auge de uma carreira de sucesso.
Fontes:
https://www.novagente.pt/morreu-baixista-dos-amor-electro-rui-rechena-tinha-53-anoshttps://www.sabado.pt/ultima-hora/detalhe/funeral-de-rui-rechena-realiza-se-sexta-feira
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