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Caderno Diário

Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.

Caderno Diário

Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.

21
Fev19

Pecará por tardia...

O Vaticano irá receber a partir de hoje e até aom próximo domingo todos os presidentes das conferências Episcopais do mundo para uma reunião inédita sobre os casos de abusos sexuais a crianças praticados pelos seus membros. Este tem sido um dos temas polémicos a abalar a igreja com muitos casos ao longo dos anos, muitos dos quais foram abafados. 

Um relatório dá a conhecer que, por exemplo, na Igreja dos Estados Unidos cerca de mil crianças foram vítimas de padres nos últimos 70 anos, e que gerações consecutivas de bispos falharam repetidamente na adoção de medidas para proteger a comunidade e punir os violadores.

Na Austrália, outro caso envolveu o cardeal George Pell, que dirigia a Secretaria da Economia do Vaticano, foi considerado culpado por um tribunal em Melbourne de abuso sexual a duas crianças.

Em Agosto, o Papa escreveu aos católicos do mundo, poucos dias antes de uma visita à Irlanda, onde mais de 14.500 pessoas se declararam vítimas de abuso sexual por parte de padres, o papa escreveu aos católicos do mundo, condenando este crime e exigindo responsabilidades. 

O encontro sobre a “Protecção dos menores na Igreja”, que se realizará, no Vaticano focará três temas principais: responsabilidade, assunção de responsabilidades e transparência.

08
Fev19

Cremilda Gil

A atriz de 91 anos, que vivia há muitos anos na aldeia de Malarranha, concelho de Mora, no Alentejo, deixou-nos ontem. Cremilda Gil nasceu nas Caldas da Rainha, a 23 de fevereiro de 1927. A sua ligação ao teatro começou como atriz no Conjunto Cénico Caldense, nas Caldas da Rainha.

Estreou-se como atriz profissional em 1959, no Teatro Nacional D. Maria II na peça "Diálogos das Carmelitas".

Em 1961, estreia-se no cinema com o filme "Raça", de Augusto Fraga. Passa por várias companhias teatrais como o Teatro Estúdio de Lisboa ou Teatro Ádóque.

Na televisão fez teleteatro; séries; telefilmes e telenovelas. Participou na primeira telenovela portuguesa Vila Faia.

Retalhos da vida de um médico, Sabadabadu, Vila Faia, Origens, A relíquia, A morgadinha dos canaviais, O Mandarim, Cinzas, As Aventuras do Camilo, A Lenda da Garça e Inspector Max são alguns dos trabalhos em que participou em televisão. 

No teatro, atuou em Madame Sans-Gêne no D. Maria II, Sinhá Eufémia e António Marinheiro, no Teatro Villaret, Pimpinela, no Monumental, em Lisboa, mais recentemente, no Teatro da Terra em A casa de Bernarda Alba e A maluquinha de Arroios.

No cinema foi dirigida por António Macedo, em Domingo à tarde, por João Botelho em Um adeus português e Aqui na Terra e por Manoel de Oliveira em A divina comédia.

Em Cruz de Ferro (1967), um dos últimos trabalhos do realizador Jorge Brum do Canto, contracenou com Octávio Matos (do qual infelizmente também dei conta aqui da morte ainda há poucos dias).

 Ao longo da sua carreira fez vários trabalhos em cinema e televisão, entre eles as famosas novelas da TVI Todo o Tempo do Mundo, em 1999, Olhos de Água, em 2001, e a série Inspetor Max, em 2005.

Entre as mulheres, um telefilme de 2012, foi o seu último trabalho em televisão.

Fontes:

https://www.dn.pt/cultura/morreu-a-atriz-cremilda-gil-10554686.html

https://www.publico.pt/2019/02/08/culturaipsilon/noticia/morreu-actriz-cremilda-gil-91-anos-1861261

https://www.delas.pt/morreu-a-atriz-cremilda-gil/atualidade/544354/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cremilda_Gil

 

08
Fev19

30 anos, depois do maior desastre aéreo nos Açores

Durante a década de 1980, a ilha de Santa Maria, nos Açores era um ponto de paragem obrigatória para os voos que cruzavam o Atlântico, ligando os continentes europeu e americano.

No dia 08 de Fevereiro de 1989, o boeing 707, da Independent Air, com 144 pessoas a bordo, com origem em Bergamo, na Itália, tinha como destino a República Dominicana, nas Caraíbas, fazia uma escala técnica no aeroporto de Vila do Porto, em Santa Maria, ilha do grupo oriental dos Açores. Por algum motivo, a aterragem não foi conseguida e a aeronave acabou por se despenhar no Pico Alto.

O cenário encontrado pelas equipas de salçvamento, era de terror. O silêncio era absoluto. Nenhum dos ocupantes sobreviveu ao embate. Nos dias que correm, a ilha já dispõe de cobertura por radar, o que naquela altura não acontecia. A falta de comunicação entre o piloto e a torre de controlo, levou a que a aeronave tivesse descido abaixo dos 2000m de altitude, embatendo assim na montanha.

03
Fev19

Octávio Matos

Octávio Matos, o homem que dizia ter pena de se ir embora, deixou-nos com 79 anos. O ator foi encontrado sem vida em sua casa, desconhecendo-se ainda as causas de morte. Ficou conhecido do grande público por séries como "Nico D'Obra".

Foi um dos mais famosos atores de revista da sua geração, tendo também atingido sucesso em diversos programas de humor na televisão.

Octávio Rogério da Costa Matos nasceu no Porto, a 5 de abril de 1939, no seio de uma família ligada ao teatro. Octávio Matos pisou pela primeira vez um palco, com 4 anos, onde fazia ilusionismo, ao lado do pai (considerado um dos melhores ilusionistas do mundo). Em teatro, Octávio Matos estreou-se nos palcos aos 17 anos, também ao lado do pai em Abril de 1956, no Teatro Nacional de Luanda, em África, no registo de comédia.

Do ABC ao Maria Vitória, o seu nome fica associado a uma série de marcos na história da Revista à Portuguesa. Remonta a 1965, a sua estreia no cinema, com “O Parque das Ilusões”, de Perdigão Queiroga, e se a relação com a sétima arte não ficaria por aqui, é através da televisão que reforça o seu vínculo com o grande público, quase sempre através do registo cómico.

Na RTP, Octávio Matos começou por fazer Teleteatro. Entre várias peças, protagonizou “Uma Bomba Chamada Etelvina”, em 1988. Mas muito antes disso, na década de 70, já tinha entrado no “Álbum da Feira”, onde o vemos a contracenar com Ivone Silva. Foi a Londres ver a peça "Sexo nunca, somo britânicos", para depois a executar de forma brilhante em Portugal.

No cinema, Octávio Matos fez um brilharete com o filme “Cruz de Ferro”, onde ganhou todos os prémios que havia para ganhar. Depois disso e apesar de todos os prémios, ficou sete anos sem filmar.

Em 2000, protagoniza, juntamente com Guilherme Leite e Carlos Areia, a série cómica “Bacalhau com Todos” e participa na série “Camilo, o Pendura” (2002). 

Também para a RTP, Octávio Matos entrou nas telenovelas “Primeiro Amor” (1996), “Terra Mãe” (1998) e “Ajuste de Contas” (2000).

O ator recebeu a medalha de mérito, em 2007, pela Câmara Municipal de Lisboa, e deixa, na memória de todos os portugueses, uma carreira notável, que passou pelos palcos do teatro e pelos três canais generalistas. 

O curriculum inclui também outras séries como “Eu Show Nico”, “Nico D’Obra”, “Nós os Ricos”, "Os Batanetes" e “O Prédio do Vasco”.

Em 2016, emprestava a sua voz a uma das personagens de “O Panda do Kung Fu 3”. Estreou o espetáculo "Quem é o Jeremias?" no teatro Vilarett, uma comédia escrita e encenada por Isabel da Mata (substituída depois por Paula Marcelo).

Fontes:

https://observador.pt/2019/02/03/morreu-o-ator-octavio-de-matos/

https://media.rtp.pt/agoranos/artigos/recordar-carreira-octavio-matos