Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.
Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.
Infelizmente, as tentativas de alcançar o pequeno Julen terminaram hoje da pior forma, com o resgate do corpo sem vida do menino.
Acredito que já se soubesse deste facto, mas o ânimo tinha de ser de alguma forma mantido até ao máximo que se conseguisse. Não se queria que as esquipas desistissem, que deixassem de ter uma réstia de esperança. No fundo, a maior parte, já tinha pressentido, ou até percebido que a criança já não estaria viva. Como poderia estar? Se logo depois de cair, a terra o cobriu e o seu choro se deixou de ouvir?
As equipas de resgate que desceram por um túnel paralelo ao furo de água onde caiu o bebé Julen conseguiram chegar ao corpo do menino à 01:25 deste sábado (00:25 em Lisboa).
A informação foi noticiada cerca de uma hora depois dos mineiros terem chegado ao corpo do bebé e confirmada pelo delegado do governo da Andaluzia.
Foi uma operação quase sem precedentes, que comoveu o país e envolveu centenas de pessoas e dezenas de empresas.
O buraco onde a criança caiu tem cerca de 25 centímetros de largura e 110 metros de profundidade. Quando os primeiros bombeiros chegaram – membros da corporação de Rincón de la Victoria, - analisaram o buraco e logo perceberam a magnitude do problema: a estreiteza tornava impossível para um especialista descer para resgatar Julen.
A Guarda Civil trabalhou desde o primeiro momento para encontrar Julen. Encarou o caso como um desaparecimento e essa foi a sua prioridade.
Embora numa primeira tentativa tenha sido introduzido no poço um telemóvel amarrado a uma corda para tentarem ver como estava o menino, mais tarde foi possível usar uma câmara robótica colocada à disposição da equipe por uma empresa especializada. Quando chegou a 71 metros de profundidade, atingiu um bloqueio de areia.
Foram feitos esforços para eliminar o obstáculo com diferentes modalidades de sucção, mas só conseguiram remover alguns centímetros de terra porque os materiais estavam muito compactos. Nesse momento outras formas de resgate começaram a ser analisadas.
As opções levantadas depois disso para se chegar ao local onde Julen está mudaram com o passar dos dias. A primeira era fazer uma escavação horizontal com uma máquina, mas após alguns testes realizados, esta alternativa foi descartada. Em seguida, surgiu a ideia de cavar dois poços verticais paralelos àquele onde Julen caiu. Para fazer isso seria necessário rebaixar 30 metros de terra da encosta afeta.
Por fim, pararam a uma cota de 23 metros (40.000 toneladas de terra já tinham sido retiradas) e decidiram fazer apenas uma das perfurações, para acelerar o processo.
Esta encosta, chamada Complexo Maláguide, tem afloramentos de rochas calcárias, xisto, filito e ardósia. Além disso, tem também quartzito intercalado, além de materiais de decomposição que provocam instabilidade nos taludes, o que causa preocupação com a segurança dos operários. A impossibilidade de desenvolver estudos geológicos preliminares fez com que as equipas se fossem deparando com cada um desses veios –de maior ou menor dureza– praticamente de surpresa. Também tiveram de refazer os caminhos de entrada à fazenda onde o poço está localizado para permitir o acesso de máquinas muito pesadas, algumas com 75 toneladas.
Cada passo dado foi cuidadosamente analisado e houve reuniões diárias. Os membros da Brigada de Salvamento dos Mineiros são um bom exemplo da alta capacitação dos profissionais que trabalham nas buscas. Ninguém mais experimentado do que estes mineiros para executar a tarefa numa galeria horizontal a cerca de 60 metros de profundidade com pouco mais de um metro quadrado de espaço.
Participaram também 13 engenheiros e equipes especializadas de bombeiros da Coordenação Provincial de Málaga.
Mais de 300 pessoas trabalham em turnos desde o dia 13 no resgate da criança. Os efetivos pertencem à Guarda Civil, Defesa Civil, Grupo de Emergências de Andaluzia (GREA), Ordem de Psicologia da Andaluzia Oriental, Polícia Nacional, Coordenação Provincial de Bombeiros do Conselho Provincial de Málaga, Brigada de Salvamento dos Mineiros. Há ainda técnicos de diferentes empresas privadas.
Um agente da polícia civil foi o último a participar nos trabalhos de resgate do pequeno, após a brigada de socorristas especializados abrirem uma galeria para acessar a perfuração na que o menino havia caído. A trabalho da brigada foi árduo e lento.
Para que pudessem cavar o túnel horizontal que lhes levou aonde estava Julen, superaram numerosos obstáculos e tiveram de tomar grandes medidas de segurança. Tiveram, inclusive, de realizar quatro vezes pequenas detonações de explosivos para derrotar a rocha.
Os pais, durante todo este processo ficaram alojados numa casa cedida por uma habitante da localidade, estão alojados há alguns dias Muitas mulheres também contribuiram fazendo refeições todos os dias para todos os envolvidos na operação. E o mais importante foi terem estado lá, de mãos dadas com os pais nos momentos angustiantes que viveram.
Desde o dia 13 de janeiro, que estamos todos pegados ao televisor, ansiosos pela saída do pequeno Julien, de apenas 2 anos, do poço onde caiu no passado domingo, enquanto brincava ali perto.
O poço localiza-se em Totalán, Málaga, desde o passado domingo.
Este é um furo de prospeção de água com cerca de 110 metros de profundidade e com um diâmetro de apenas 25 centímetros, por onde coube o bebé, mas não cabe ninguém (nem sequer material) para o resgatar.
Os trabalhos têm decorrido incessantemente, mas é uma corrida contra o tempo - não obstante os ferimentos que ele possa ter e de ser incontornável que é um bebé, sozinho, dentro de um buraco sem ter como se mexer, que a estar vivo, estará cheio de dores, de frio e de fome, além de que bastante assustado.
Vicky e José, os pais, recebem assistência psicológica enquanto esperam que Julen apareça vivo. “Estou vendo um pouco de luz”, diz o pai aos jornalistas. “Dou minha vida pelo meu neto, já não sou mais necessária”, afirma a avó materna.
A última coisa que souberam dele foi quando o pai do menino, na corrida, jogou-se no chão para esticar o braço, pensando que o poço não era profundo e que poderia agarrar o menino. Segundo relatou ao jornal Sur, ele disse ao filho que seu pai estava lá, e que seu irmão Oliver, que morreu em 2017, os ajudaria. Escutou o menino chorar, e depois não ouviu mais nada. Não só era o segundo filho que sofria um acidente grave, depois da morte do primeiro. Quis a má sorte que caísse num buraco por onde não cabe ninguém maior que ele, e que ainda por cima se tapou depois da queda, numa área com um desnível muito complexo para trabalhar e deslocar a terra, no alto de um caminho quase inacessível para máquinas pesadas.
A esperança tem-se vindo a perder...passam as horas e quando cai a noite e as temperaturas teimam em descer, faz a todos perceber que o pior pode já ter acontecido.
Em Totalán, um povoado cheio de oliveiras, amendoeiras, alfarrobeiras e muita vegetação no sul da Espanha, os vizinhos trabalham a terra, de onde obtêm sobretudo abacates e mangas. Apesar do clima subtropical, a região é extraordinariamente seca e costuma ter problemas de água. Na verdade, durante o verão a maioria dos povoados da comarca de La Axarquia sofre cortes de abastecimento em determinados horários. Esse é o motivo pelo qual tantos imóveis têm poços artesianos, muitos deles sem fiscalização das autoridades; são feitas prospecções em busca de um tesouro, que aqui é a água, e se esta não é encontrada até determinada profundidade, lacra-se o poço e vai-se embora.
Não é só em Espanha que existem estes furos de prospeção e a verdade é que devemos estar muito atentos.
Um outros caso, parecido, aconteceu há quase 30 anos, no Texas, tendo a menina sido salva com vida cerca de 58 horas depois (ou seja dois dias e meio, mais ou menos). Jessica tinha apenas 18 meses. O pequenoJulien, já está dentro do buraco há quase uma semana.
Acidentes com aeronaves são sempre notícia. 15 pessoas morreram esta segunda-feira na queda de um avião na província iraniana de Alborz, no Norte do país. Segundo o Público, a aeronave era militar, embora noutros registos se fale em ser o último 707 civil a operar. Um engenheiro de voo foi o único sobrevivente e terá sido transportado para o hospital.
Esta aeronave, Boeing 707, com cerca de 40 anos, operado pela Saha Airlines caiu na Base Aérea de Fath, no Irão. Quinze dos dezasseis ocupantes morreram. O avião fazia transporte de carne e, durante o percurso, já tinha feito uma paragem de emergência em Fath. As condições adversa, em conjunto com o mau estado da aeronave, poderão ter contribuído para a falha na aterragem.
Outra versão, indica que a tripulação terá descido em direção ao aeródromo privado de Fath, cuja pista é quase quatro vezes mais curta, do que a do aeroporto onde era suposto terem aterrado. Este erro fez com que a aeronave ultrapassasse a pista, batesse numa parede e parasse após colidir com uma casa no bairro de Farrokhabad, condado de Fardis, na província de Alborz, onde felizmente as casas envolvidas estavam vazias no momento do acidente.
Um evento semelhante terá ocorrido a 16 de novembro de 2018, quando um Taban Air McDonnell Douglas MD-88, se terá aproximado da pista de Fath duas vezes antes que a tripulação percebesse que estava a cometer um erro e conseguisse alterar o percurso aterrando no Aeroporto Internacional de Payam.
Este Boing 707 voou pela primeira vez a 19 de novembro de 1976 tendo sido entregue Força Aérea Imperial Iraniana. A 27 de fevereiro de 2000, foi transferido para a Saha Airlines. Já em 2009, uma falha de motor terá danifiado este avião, durante um voo do Aeroporto Internacional de Ahvaz para o Aeroporto Internacional de Mehrabad, em Teerão.