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Caderno Diário

Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.

Caderno Diário

Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.

19
Dez18

EUA retiram da Síria

Após as diversas interferências feitas no território, o presidente Donald Trump resolve agora dar ordem para a retirada de cerca de 2.000 militares dos Estados Unidos posicionados no nordeste da Síria. Estes lutavam contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI). Ancara ameaçou agora lançar uma ofensiva contra as forças curdas na mesma altura em que os soldados americanos se vão embora. 

E assim se continua, com uma Síria completamente devastada pela guerra. Entram e saem, uns ajudam, outros ocupam, os mortos são aos milhares, homens, mulheres e crianças... 

Mas esta gente anda toda bem? Isto das fronteiras e dos quintais e anexos não devia estar já definido em pleno século XXI? Estas ocupações já não fazem sentido! Parece que pararam no tempo e as preocupações são apenas atacar, matar, assassinar! E lá vão as grandes potências, dar armas a uns, destruir o armamento dos outros, dar dinheiro para financiar a guerra e depois mandar para lá soldados para ajudar. Aos poucos se caminha para mais uma guerra mundial, camuflada e que parece que está longe, mas olhem para o mkapa e lá estamos nós, metidos lá no meio, com acordos em que estamos envolvidos... espero que não se lembrem que temos aqui umas bases militares bem posicionadas, não é?

E o pior é que se fundamentam estas guerras em crenças e credos, ainda se fosse em fatos científicos... mas em coisas que uns acreditam e outros não? Não se preocupam com as pessoas que estão ao lado, com os seus vizinhos, com as suas crianças, mas depois vão rezar? Batam lá com a cabeça no muro e acordem! Olhem à volta! O que há está aí, aos vossos olhos! Deixem-se de guerras e credos e crenças! Não percebo como é que evoluimos em sociedade e nisto não há evolução.

17
Dez18

Quando morre quem salva...

É sempre difícil relatar a morte daqueles cuja vida esteve dedicada aos outros. Esta madrugada, soube-se da queda de um helicóptero do INEM, com quatro pessoas a bordo. Neste momento, as vítimas já foram encontradas e estão a realizar-se operações para resgatar os quatro corpos.

O helicóptero do INEM, com dois pilotos, um médico e um enfermeiro, regressava para Macedo de Cavaleiros, Bragança, quando foi dada como desaparecida desde as 18:30 de sábado. Segundo o organismo, "o incidente ocorreu numa altura em que se verificavam condições meteorológicas bastante adversas". 

A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, que trabalha para o INEM desde 2000 na sequência de um concurso público internacional.

"O transporte teve início às 15.13, altura em que o helicóptero levantou voo da sua base para o hospital de origem do doente, tendo o mesmo sido entregue aos cuidados das equipas médicas do Hospital de Santo António cerca das 18.10", informou o INEM.

Segundo a Navegação Aérea de Portugal (NAV, que controla o tráfego aéreo em Portugal), a tripulação contatou com a torre de controlo do Porto às 18.30, para informar que iria descolar para Macedo de Cavaleiros via Baltar (para abastecimento). 

A primeira perda de sinal radar com o helicóptero deu-se às 18.55, quando a aeronave seguia entre Couce e Aguiar de Sousa, freguesia do concelho de Paredes, anunciou a NAV, salientando ainda que a perda de comunicações "é normal", devido "à altitude e orografia do terreno". Não terá sido feita qualquer comunicação de emergência.

A hora expectável de aterragem, tendo em conta a hora de descolagem do aparelho, era às 19.00, mas asituação "foi reportada cerca das 20.15, ainda sem se saber a localização". Ainda não se conseguiu perceber porque é que o alerta foi dado quase duas horas depois do desaparecimento do helicóptero. 

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) definiu imediatamente a zona onde o acidente terá ocorrido e foram enviados os meios para o terreno. Foram mobilizadas 203 pessoas para a operação, 134 das quais operacionais da Proteção Civil, apoiados por 35 veículos.

O helicóptero EH-101 Merlin, que saiu da base do Montijo pelas 21.45 de ontem, chegou a estar no local onde decorriam as buscas, próximo da aldeia de Couce, em Valongo, mas teve de abandonar o local, já que as condições atmosféricas não permitiam a continuação das operações. 

A ajuda de um grupo civil que conhecia bem a zona revelou-se decisivo para encontrar os destroços, ainda durante a noite. Os corpos das quatro vítimas foram encontrados 700 metros a sul da capela da Santa Justa, em Valongo.

O INEM acabou por emitir depois um comunicado a confirmar oficialmente as mortes, depois de informar as famílias das quatro vítimas. Dados como desaparecidos durante horas, os ocupantes da aeronave viriam a ser encontrados já sem vida: o médico Luís Vega, a enfermeira Daniela Silva, o piloto João Lima e o copiloto Luís Rosindo. Podiam ter ficado a aguardar que o mau tempo passasse, mas a vida não deve ser feita de "ses". A decisão de regressar à base revelou-se fatal para todos.

O serviço de helicópteros de emergência médica do INEM foi criado em 1997, tendo desde então realizado cerca de 16.370 transportes de doentes urgentes, "sem que se tenha verificado qualquer incidente grave" como este.

 

Fontes:

https://www.tsf.pt/sociedade/helicoptero-do-inem-desaparece-com-quatro-pessoas-a-bordo-10328561.html

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/17-dez-2018/queda-de-helicoptero-o-que-sabemos-sobre-o-acidente-10331618.html

https://observador.pt/2018/12/16/quem-sao-as-quatro-vitimas-da-queda-do-helicoptero-do-inem/