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Atentado na Crimeia

por Elsa Filipe, em 17.10.18

Quando falamos em atentados nas escolas, não são apenas os EUA os visados, porventura serão aí os casos mais divulgados. Prova disso é o caso de Vladislav Roslyakov.

Este aluno de 18 anos, fez deflagrar uma bomba de fabrico artesanal, no interior da Escola Politécnica de Kerch e de seguida usou uma espingarda para disparar sobre colegas e funcionários. Deste ataque resultaram dezanove mortos e cerca de cinquenta feridos. Foi encontrado morto na biblioteca da escola, possivelmente devido a suicídio, desconhecendo-se até agora quais seriam os motivos do ataque.

A maioria das vítimas era estudante da Escola Politécnica. No local, também funciona uma escola vocacional para cerca de 850 adolescentes.

Kerch está ligada à Rússia por uma ponte que Vladimir Putin inaugurou em maio de 2018. A Crimeia, que pertencia à Ucrânia, foi anexada pela Rússia em 2014, numa ação que desencadeou várias sanções ocidentais.

Segundo notícia a EuroNews, o desespero estava espelhado no rosto e nas palavras da diretora da escola, ao telefone pouco depois do ataque: "Há muitos mortos... Tive de sair da escola, senão a esta hora poderia estar morta. Mataram a Nadia e a mãe... Vi muitos corpos, parecia um filme de terror." 

Um caso semelhante aconteceu numa escola em Beslan, em 2004, levado a cabo por terroristas chechenos e que fez então mais de 330 mortos, incluindo um grande número de crianças.

 

Fontes:

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/10/17/explosao-em-escola-tecnica-deixa-mortos-na-crimeia.ghtml

https://pt.euronews.com/2018/10/17/ataque-sangrento-em-escola-na-crimeia

 

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publicado às 23:00

Leslie chega a Portugal

por Elsa Filipe, em 15.10.18

Estes últimos dias foram bastante complicados em vários distritos portugueses, desde que o nosso território foi atingido pela tempestade Leslie. A forte tempestade atingiu com maior impacto a região centro, sobretudo no distrito de Coimbra. Registaram-se valores superiores a 170 km/h na velocidade do vento, o que deu origem a inúmeras ocorrências por todo o lado, sobretudo na zona litoral e no centro do país, especialmente devido a quedas de árvores e outras estruturas.

Em Soure, registaram-se danos em cerca de noventa por cento das habitações de oito das dez freguesias, assim como se registou a destruição da cobertura de vários pavilhões municipais, assim como de coberturas em escolas.

Cancelaram-se diversos eventos e várias ligações fluviais e marítimas e até ferroviárias, de forma a evitar mais acidentes. Feito o balanço geral, contabilizaram-se 27 feridos, 61 desalojados e prejuízos a rondar os 120 milhões de euros, que levaram à participação de 28.000 sinistros às seguradoras.

Aqui na zona do Seixal, houve bastante precipitação e vento, no entanto os danso foram bem menores do que em outras zonas do país. Gosto particulamente de estar em casa nestes dias de chuva, de um bom cobertor e uma bebida quente, mas quando estou a trabalhar, a chuva incomoda um bocado.

Devido ao comportamento errático desta tempestade rara, foi difícil às autoridades antever a sua trajetória. As previsões de um impacto directo em Lisboa não se confirmaram, e a tempestade acabou por atingir sobretudo os distritos de Leiria e Coimbra, onde há registo de centenas de milhares de pessoas sem electricidade, sendo que o maior número de habitações afetadas localiza-se nos concelhos de Pombal, Marinha Grande e Leiria, no distrito de Leiria. Também há registo de centenas de árvores caídas e várias estradas cortadas ou com a circulação condicionada. Na zona da Figueira da Foz, provocou grandes estragos, nomeadamente a queda de árvores e estruturas, além da invasão das avenidas junto ao mar por areia.

Há ainda notícia de alguns feridos sem gravidade na região Centro, que se somam aos três feridos ligeiros anteriormente registados na Madeira. Cerca de 60 pessoas que estavam na Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria, foram realojadas, depois de as tendas terem voado, na sequência da passagem desta tempestade.

A tempestade dirigiu-se para Espanha e começa a dissipar-se.

Fontes:

https://www.publico.pt/2018/10/13/sociedade/noticia/tempestade-leslie-treze-distritos-em-alerta-vermelho-1847428#26942

https://www.dn.pt/pais/mau-tempo-soure-decreta-calamidade-publica-apos-prejuizos-em-90-das-habitacoes-9998927.html

https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/furacao-leslie-provoca-graves-estragos-na-figueira-da-foz

 

 

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publicado às 22:59

Faz hoje precisamente 100 anos que o caça-minas português Augusto de Castilho, se afundou depois de uma luta desigual contra um submarino alemão. Para a história fica a bravura de todos os que iam a bordo e do comandante que lutou até ao fim.

O mundo estava ainda envolvido na 1ª Guerra Mundial, na qual o nosso país participou "ao lado da Inglaterra e dos restantes Aliados." Esta participação não foi muito bem vista, mas cabia a Portugal defender as suas colónias africanas. A "9 de Março de 1916, após ver aprisionados alguns dos seus navios ancorados nos portos portugueses, a Alemanha declara guerra a Portugal."

Nos últimos dois anos de guerra, muitos dos soldados portugueses seriam "vitimados pelos gases tóxicos, pelo combate homem a homem e pelas deploráveis condições em que viviam meses a fio, nas trincheiras, sem serem substituídos," depois de milhares terem sido colocados em combate na zona da Flandres. Em 1918, quando as tropas portuguesas se preparavam para ser finalmente substituídas, a artilharia alemã bombardeou fortemente as suas posições, provocando muitos mortos. "Os sobreviventes seriam remetidos para a retaguarda dos Aliados, integraram as forças inglesas ou foram limitados a escavar trincheiras."

A 14 de outubro de 1918, o navio português Augusto de Castilho, que "escoltava o paquete S. Miguel," foi atacado e afundado "depois de um combate desigual com um submarino alemão," um dos três cruzadores-submarinos "U-139", construídao nos "estaleiros Krupp." Esta era uma das "autênticas máquinas de destruição," armadas com "potentes canhões," com as quais a Alemanha atacava. Surgiam de surpresa "a velocidades nunca inferiores a 15 milhas, esmagando os adversários com o corte das suas comunicações, tão imprescindíveis." Já o navio português, era um pequeno vapor de apenas "500 toneladas" e que tinha sido alterado para caça-minas e baptizado de Augusto de Castilho. Na proa tinha apenas "uma peça de calibre 65 mm e na popa outra de 47 mm."

O paquete S. Miguel levava a bordo 206 passageiros, e "ao longo de cerca de duas horas de combate," o Augusto de Castilho conseguiu impedir que "o submarino capturasse o paquete. Com armas de calibre inferior às do inimigo, o comandante Carvalho Araújo tinha poucas possibilidades de sair vitorioso do confronto, sendo morto já nos momentos finais do combate." 

Deste confronto resultaram além do comandante, mais seis vítimas mortais.

Fontes:

https://ensina.rtp.pt/explicador/a-participacao-portuguesa-na-i-guerra-mundial-h84/

https://ensina.rtp.pt/artigo/o-afundamento-do-augusto-de-castilho/

https://www.portugal1914.org/portal/pt/historia/a-guerra-1914-1918/item/7968-duelo-mortal-a-historia-do-ultimo-e-heroico-combate-do-augusto-de-castilho

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publicado às 14:05

A celebração desta data foi deliberada em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Em concreto, o objetivo desta data passa por chamar a atenção de todos os Estados para a necessidade de adotarem políticas que visem a prevenção e a redução de danos humanos e materiais, diretamente causados pela ocorrência de desastres naturais.

Segundo um estudo que identificou que a maioria dos países com alto risco de catástrofes também estão entre aqueles em que a maior percentagem da população vive abaixo do limiar de pobreza nacional, as consequências são ainda mais graves do que aparentam.

As catástrofes são eventos dramáticos responsáveis por inúmeras perdas humanas, pela necessidade imperiosa de assistência à população, direta ou indiretamente afetada, e pela reconstrução do património construído e relançamento da economia, implicando custos avultadíssimos para os quais nem sempre os países têm capacidade económica a não ser recorrendo ao apoio internacional.

São diversos os eventos que podem ser considerados catástrofes. Um deles, foi o tsunami no Sudeste Asiático que matou milhares de pessoas em 2004. Este tsunami esteve nos noticiários durante vários dias, dando a conhecer quase em tempo real tudo o que estava a ser feito e as dificuldades sentidas pelas equipas de emergência. Um febómeno diferente, mas também mortal, foi o furação Katrina em 2005 que assolou New Orleans (EUA).

Em 2010, podemos apontar como uma catástrofe o terramoto que destruiu o Haiti. Em qualquer destes casos, o facto de serem noticiados em tempo real pelos meios de comunicação, confere uma sensação de proximidade temporal e espacial, particularmente, aos fenómenos catastróficos, de que decorrem ondas de solidariedade à escala global por se transformarem em realidades emocionalmente vividas por todos.

Um dos fenómenos meteorológicos mais frequente e que pode também levar a muitas baixas humas e à destruição de grandes áreas, são as tempestades. Chamadas também de depressões, são fenómenos marcados por ventos, trovoadas e precipitação (geralmente de chuva, de granizo ou de neve) muito fortes e particularmente destrutivos, quer para os humanos, quer para o ambiente natural.

No caso das tempestades tropicais, estas desenvolvem-se geralmente em áreas próximas do  Equador, alimentando-se e ganhando energia do ar húmido que aí converge e ascende, condensando em altitude. Estas tempestades são de tipo ciclónico com os ventos a efetuarem trajetórias circulares.

​Estamos despertos para estes eventos e para as suas consequências, mas não estamos ainda prontos para a sua ocorrência.

 

Fontes:

https://www.prociv.azores.gov.pt/noticias/ver.php?id=489

https://www.turismodeportugal.pt/pt/Agenda/Paginas/dia-internacional-reducao-risco-desastres-.aspx

https://ensina.rtp.pt/explicador/riscos-naturais-cheias-tempestades-e-deslizamentos/

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publicado às 22:09

Destruição na Indonésia

por Elsa Filipe, em 01.10.18

Um sismo de 7.5 na escala de Ritcher, seguide de um Tsunami atingiu na passada sexta, dia 28 de setembro, a região da Indonésia. O balanço dos mortos, feridos e desalojados ainda não foi fechado, uma vez que ainda se estão a remover escombros em busca de sobreviventes. A ilha mais atingida foi a de Sulawesi. Hoje, as autoridades indonésias ainda estão a tentar fazer chegar ajuda às populações mais afetadas pelo sismo de magnitude 7.5 e consequente tsunami que atingiram a ilha de Sulawesi na sexta-feira.

A costa daquela ilha foi varrida por ondas que chegaram aos seis metros de altura. Alguns dos mais de 840 mortos vão hoje a enterrar. 

À medida que o tempo passa e que as réplicas se vão sucedendo, os sobreviventes vão tentando regressar às suas casas, muitas vezes encontrando apenas ruínas. As autoridades da Indonésia procuram garantir abrigo e alimento para todos os desalojados.

Do interior da ilha chegam-nos agora também relatos de tragédia. Como o acampamento cristão onde morreram 34 crianças. As equipas de socorro acreditam haver ainda dezenas de pessoas presas debaixo dos escombros, sobretudo na zona de Palu que se localiza a 1500 quilómetros a nordeste da capital, Jacarta, onde os hotéis ruíram. Várias aldeias terão sido completamente arrastadas pela água e pela lama, o que pode levar ao aumento do número de mortos. 

A Indonésia localiza-se sobre o Anel do Fogo do Pacífico, com frequente a atividade sísmica e vulcânica. São vários os exemplos. A 18 de abril deste ano outro sismo provocou danos, embora com menores consequências para a vida humana. Nesse caso, o sismo teve magnitude 4,4 e afetou a parte central da Indonésia. Segundo a Agência Meteorológica e Geofísica da Indonésia (BMKG), o sismo localizou-se a uma profundidade de 4 km e a cerca de 52 km a norte de Kebumen, um distrito densamente povoado localizado na província de Java Central. O sismo superficial provocou danos em mais de 300 habitações, em escolas e mosteiros. Registaram-se também três vítimas mortais, 21 pessoas foram hospitalizadas devido a ferimentos, e mais de 2100 pessoas tiveram de ser deslocadas para abrigos temporários.

Em menos de duas semanas, a ilha de Lombok foi assolada por três sismos de magnitude elevada. O primeiro, de magnitude 6,4, ocorreu no dia 27 de julho, matando pelo menos 16 pessoas e deixando centenas de pessoas presas no Monte Rinjani, um popular e comum ponto turístico da ilha que atrai centenas de milhares de alpinistas de todo o mundo a cada ano. O segundo evento foi o de magnitude 6,9 que ocorreu no dia 5 de agosto.
 
Quatro dias depois do terramoto do dia 5 de agosto, a ilha indonésia de Lombok (Indonésia), volta a ser atingida por um sismo de magnitude 5,9, enviando moradores assustados para as ruas logo a dia 9 do mesmo mês, provocando centenas de mortos e destruindo milhares de casas. Algumas aldeias da região foram completamente destruídas. O balanço mais recente do número de vítimas associadas é de 347 mortos.
 

No passado dia 14 de outubro deste mesmo ano, o vulcão Monte Merapi, localizado na ilha de Java, entre as províncias de Java Central e Yogyakarta (Indonésia), entrou em erupção. O evento eruptivo teve uma duração de 270 segundos e caracterizou-se pela emissão de uma coluna eruptiva de cinzas que atingiu 3 km de altitude. 

 

Fontes:

https://www.dn.pt/mundo/tsunami-tsunami-veja-o-video-da-destruicao-na-indonesia-9931642.html

http://www.ivar.azores.gov.pt/noticias/Paginas/20180418-sismo-indonesia.aspx

 

 

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publicado às 23:04


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