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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
De uma consulta para outra, de opinião para opinião, vou sabendo aos poucos que aquilo que tenho e que me deixa tão cansada e com tantas dores, pode ser fibromialgia. Uma doença que é pouco aceite.
Segundo alguma informação que tenho pesquisado, "é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura," associada a "sintomas de fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais." Uma outra característica da pessoa que tem fibromialgia é a existência de uma "grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo examinador ou por outras pessoas."
De acordo com os sintomas que apresento, há quase uma certeza da minha parte e, estranhamente, da parte da minha médica de família. Mas falta-me ainda um diagnóstico definitivo, ou melhor, escrito, que justifique perante aqueles que me julgam preguiçosa que eu tenho uma patologia e que preciso dee tomar determinada medicação. Medicação essa que, sendo bastante forte, me deixa também bastante nauseada e com falta de forças. Será que isto pode ser compreendido? Infelizmente, a experiência que tenho, a nível pessoal, é que não há empatia das entidades patronais (mesmo que se digam compreensivas, na realidade não o demonstram na aplicabilidade de medidas que são, no mínimo, sugestivas de que eu não estou de facto doente) e da maioria dos colegas de trabalho. É um desabafo, mas sinto-me tão triste, por estar a ser tratada assim...
Fontes:
https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/fibromialgia-definicao-sintomas-e-porque-acontece/
Continuo, infelizmente, a ter assunto sempre que penso em escrever - e digo infelizmente, porque apesar de preferir escrever sobre outros temas, defini para mim mesma que sempre que se justifique, este tema será trazido aqui, para que nunca se esqueçam as injustiças. Dois meses depois da sua reeleição como presidente da Rússia, Vladimir Putin inaugura com pompa e circunstancia a mais longa ponte da Europa, a Ponte da Crimeia, sobre o estreito de Kerch. Esta ponte dá acesso terrestre viário e ferroviário entre a Rússia e a Crimeia.
Esta ponte é composta por dois tabuleiros (acabam por ser duas pontes, no fundo) uma rodoviária e a outra ferroviária. A Crimeia é um destino de férias muito popular entre os russos e os turistas do país representam uma das principais fontes de recursos da península, muito apreciada por suas praias e montanhas próximas ao mar Negro.
De ressalvar que este território foi ocupado pelos russos e anexado em março de 2014, pelo que esta construção não foi vista com bons olhos pela Ucrânia que se opôs à sua construção, com a razão de que a região era território ucraniano temporariamente ocupado, mas da parte da Rússia não lhes foram dados ouvidos e o projeto continuou.
Fontes:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/putin-inaugura-ponte-que-liga-russia-e-crimeia.ghtml
Este domingo a tragédia assolou mais uma vez a Indonésia.
Atentados suicidas promovidos por famílias deixaram três dezenas de mortos pela Indonésia, e provocaram cerca de 40 feridos na cidade de Surubaia, na Indonésia. Entre os mortos, contam-se os 13 suicídas, dos quais duas crianças que participaram nos ataques. Os primeiros ataques tiveram lugar de forma simultânea durante a missa de domingo em três igrejas - uma protestante, uma católica e outra pentecostal. A Indonésia tem uma maioria muçulmana Surubaia é a segunda maior cidade do país, no nordeste da ilha de Java. Os cristãos, muitos deles de etnias minoritárias chinesas, representam cerca de 9% da população da Indonésia, que atinge 260 milhões de habitantes.
Num dos ataques, esteve envolvida uma família de seis pessoas, composta por dois adultos, dois adolescentes e duas crianças. O primeiro ataque, ocorreu perto da Igreja Católica de Santa Maria no final da primeira missa do dia. Osdois rapazes de 16 e 18 anos que circulavam numa motorizada, tentaram forçar a entrada no parque de estacionamento, mas foram travados por um segurança. A explosão aconteceu poucos segundos depois e fez sete mortos – os dois atacantes, o segurança e outras quatro pessoas, entre elas uma criança.
Cinco minutos depois, e a cinco quilómetros de distância, num local de culto da Igreja Cristã Indonésia, a mãe e as duas irmãs dos autores do ataque na Igreja Católica de Santa Maria provocaram outro atentado. Segundo testemunhas, a primeira explosão aconteceu quando a mulher abraçou o segurança que tentava barrar-lhe a entrada. Poucos segundos depois, as suas duas filhas, de apenas nove e doze anos, acionaram os explosivos que levavam escondidos debaixo das roupas. Neste caso, as únicas vítimas mortais foram as atacantes – o segurança da igreja ficou com ferimentos muito graves e continua hospitalizado em estado crítico. Esta família estaria radicalizada na Síria.
Segundo o chefe de polícia Tito Karnavian, o pai conseguiu entrar num parque de estacionamento de uma igreja onde se fez explodir num carro-bomba, poucos minutos depois, provocando a morte a seis pessoas além de si. Que dizer de pessoas que cometem assassinatos desta envergadura, levando a que membros menores da sua própria família cometam estes bárbaros atos suicídas? No extremo, quem vai desconfiar de uma mãe a entrar numa igreja com as duas filhas pequenas?
No domingo à noite, registou-se uma outra explosão nos arredores da cidade. Mas, em vez de um ataque, o que aconteceu na região de Sidoarjo foi uma explosão não planeada que matou uma mãe e a sua filha de 17 anos – a polícia viria a matar o pai, que segurava nas mãos um detonador, e três crianças da mesma família escaparam ilesas.
Num outro ataque, já esta segunda-feira, um casal fez-se explodir numa motorizada, junto a uma esquadra. Sentada entre eles, uma criança com cerca de 8 anos. Este método de actuação nunca antes visto na Indonésia, coloca uma pressão maior sobre a polícia para identificar e travar ameaças entre as multidões.
O "Estado IsIâmico" reivindicou os atentados através da agência de notícias Aamaq, mas o comunicado não menciona a presença de crianças. O grupo garantiu que os ataques foram cometidos por "soldados do califado" e tiveram como alvo os "cruzados", como o grupo se refere aos cristãos. As crianças terão sido elas próprias vítimas dos atentados, levadas pelos progenitores para uma "guerra" na qual não deviam estar.
Os atentados foram os maiores contra igrejas na Indonésia desde a série de ataques da véspera de Natal de 2000, que deixou 15 mortos e quase cem feridos. Minorias religiosas, especialmente cristãos, são alvo frequente de radicais no país. Em 2002, 202 pessoas foram assassinadas em Bali, num outro ataque. Estes ataques acontecem dias depois das autoridades indonésias terem posto fim a uma crise de reféns num centro de detenção perto de Jacarta, numa ação reivindicada pelo "Estado Islâmico".
Esta onda de ataques pode também estar ligada a um motim organizado por militantes extremistas numa prisão de Jacarta, na semana passada, da qual resultaram seis mortos entre o corpo de intervenção da polícia. Alguns analistas consideram que essa revolta, promovida em resposta à prisão de vários líderes do Jamaah Ansharut Daulah, serviu para marcar o início de uma onda de ataques, de que os atentados em Surabaya podem ter sido apenas o início. A Indonésia lida neste momento com o regresso de centenas de combatentes indonésios do Daesh.
Fontes:
A afirmação dos EUA reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel e promovendo a inauguração da embaixada americana nesta cidade terá tido como consequência a morte de 60 palestinianos. A transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém despoletou um violentíssimo conflito entre israelitas e palestinianos na Faixa de Gaza.
Esta decisão do presidente Donald Trump, foi bastante criticada, mas acabou por ser levada em diante, mesmo com as previsões a ditarem a desgraça que aí vinha. Netanyahu, 1º ministro israelita fez declaração a agradecer a Trump. Esta mudança de localização da embaixada foi uma das promessas chave de Trump durante a campanha para as presidenciais em 2016 e foi muito saudada por Israel.
A Guatemala e o Paraguai também seguiram o exemplo dos EUA e resolveram transferir as suas embaixadas para Jerusalém. Mas estas decisões interferem na tentativa dos acordos de paz, em que se tenta apaziguar os conflitos incessantes entre Israel e a Palestina e que tantos mortos fazem em ambas as partes. Desde 1980 que diversos países se haviam retirado de Jerusalém e instalado as suas missões diplomáticas em Tel-Aviv, após um apelo da ONU que não reconhece a anexação de Jerusalém Oriental.
Não se pode reconhecer uma anexação de um território ocupado, mas parece que há valores mais altos a falar neste momento. O que os terá levado a tomar esta decisão agora? Poderia não mudar nada, mas as consequências desta interferência causaram um dos dias mais sangrentos na zona onde nem as crianças foram poupadas. Consequências da arrogância de um homem que se acha dono disto tudo e a quem deviam impor limites da sua interferência!
De que se trata afinal? Vamos lá voltar um pouco atrás na história...
A cidade foi dividida ao final da guerra israeloárabe de 1948, dando a Israel o controle sobre Jersalém Ocidental e à Jordânia, o de Jerusalém Oriental - que inclui partes da antiga cidade e importantes localidades sagradas para judeus, cristãos e muçulmanos.
Israel assumiu o controle sobre a cidade inteira em 1967, após a Guerra dos Seis Dias. Em 1980, Israel aprovou uma lei anexando Jerusalém Oriental, uma medida vista em amplas partes da comunidade internacional, inclusive pela ONU, como ilegal - assim como os vários assentamentos construídos em Jerusalém Oriental, que realocaram mais de 200 mil judeus. Na época, vários países transferiram as suas embaixadas para Tel Aviv.
De acordo com o tratado firmado entre Israel e a Palestina em 1993, o status final de Jerusalém deve ser discutido nos últimos estágios das negociações de paz. Por isso, o anúncio de Trump no ano passado, praticamente reconhecendo Jerusalém como capital única de Israel, deixou vários países preocupados, pois pode comprometer a neutralidade dos EUA na mediação do conflito.
A inauguração coincidiu com o 70º aniversário do Estado judaico e esta cerimónia decorreu sob a ameaça do grupo terrorista Al-Qaeda, que emitiram um vídeo de cinco minutos intitulado “Telavive também é uma terra de muçulmanos”, no qual o líder do grupo apela à guerra santa contra os Estados Unidos.
Desde que começaram as manifestações, a 30 de março, as tropas israelitas já mataram 45 palestinianos, segundo dados oficiais da Palestina.
Fontes:
Assinado em 2015, o acordo nuclear parece já não agradar a Donald Trump e o presidente que está há pouco mais de um ano à frente do destino dos americanos, anunciou que se retira do mesmo. Isto pode parecer uma tomada de posição inofensiva mas não o é de todo.
Estas posições do presidente dos EUA, apesar de não nos afetarem a nós diretamente, são de extrema importância para quem está a viver aqui na Europa. Parece que estes conflitos são lá longe, mas a verdade é que não é bem assim. Nós somos afetados de formas indiretas e se a guerra escalar de dimensões entre estes países, podemos ser bastante afetados. Devemos sim estar atentos a tudo o que se passa ali ao lado, porque pelo meio podemos estar nós.
E há as armas nucleares e as armas químicas que nos podem afetar a todos...
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