O fogo terá sido provocado por uma salamandra mas aponta-se também o dedo à falta de condições de segurança do edifício. A salamandra que estava a ser usada para aquecer o piso superior terá provocado uma forte ignição no teto falso, fazendo rapidamente colapsar o teto falso e enchendo o espaço de fumo. Apesar de o socorro ter sido razoavelmente rápido, as medidas de autoproteção que deviam existir no edifício falharam ou não estavam presentes. De acordo com as notícias, no local estiveram 170 operacionais de várias valências, destacando-se o envolvimento de três helicópteros do INEM.

Para além da inexistência de portas corta-fogo, equipadas de barras antipânico e que abrem para fora, foram usados materiais de combustão rápida na construção do edifício que contribuíram para a rápida propagação das chamas e colapso do teto. Na tentativa de fuga, muitos dos ocupantes do espaço ficaram encurralados e entraram em pânico. A maioria das vítimas sofreu queimaduras ou intoxicações por inalação de fumo. O edifício apresenta dois andares com três portas para o exterior e foi junto a uma dessas portas que os bombeiros encontraram os corpos das vítimas mortais amontoados: esta era a porta mais próxima das escadas que dão acesso ao primeiro piso e que infelizmente não estava equipada com barras antipânico. Além disso, abria para dentro, o que no pânico tornou impossível a sua abertura sem ser pelos populares que se encontravam no exterior, que recorreram a um jipe para a arrancar de forma a aceder ao interior.