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Caderno Diário

Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.

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Escrever é algo que me apraz. Ante a minha vontade de criar, muitas vezes me falta tempo. Aqui passo da vontade à prática. Este é um caderno onde escrevo sobre a minha vida pessoal e temas da atualidade que me fazem refletir.

22
Fev21

1 ano depois, ainda o bicho que nos destrói a vida

Há um ano, a Europa já sabia (parcialmente, é certo) da situação na China, mas não estava preparada para o que aí vinha. Em Portugal, ainda não tínhamos casos positivos, embora se começassem a testar casos suspeitos. 

Foi no último dia de 2019 que o gabinete da Organização Mundial de Saúde da China deu a notícia: mais de 20 pessoas foram diagnosticadas com uma pneumonia desconhecida em Wuhan, na província de Hubei, na China. No dia seguinte, foi encerrado um mercado da cidade. A suspeita vinha de lá. Todos os doentes tinham ligação ao local e os mesmos sintomas: febre, arrepios e dores no corpo. Dias depois, o número de casos subiu.

A causa veio logo a seguir: um novo tipo de coronavírus. Sabe-se agora que é o SARS-CoV-2. Nos dias seguintes, o vírus alastrou para outras províncias chinesas e foram diagnosticados os primeiros casos fora da China. Primeiro na Tailândia, depois no Japão.

Segundo a OMS apurou depois, os primeiros casos na Europa registaram-se em Janeiro de 2020 em França, mas estudo posteriores demonstraram que o caso º 1 na Europa ocorreu na Alemanha.

Itália, há um ano, debatia-se com o início da pandemia. Os casos começaram a aumentar substancialmente e a espalhar-se pelo resto da Europa. Ao mesmo tempo, nos EUA também se começa a assistir a um aumento do número de casos. O caos estava instalado e a partir daí, já todos sabemos o que aconteceu.

Em Portugal, a diretora-geral da Saúde falou pela primeira vez sobre o novo coronavírus a 15 de janeiro, quando a propagação em massa ainda não era uma hipótese. O surto estaria contido, segundo Graça Freitas. No entanto, continuavam a surgir novos casos noutros países além da China.

No dia 23, foi confirmado o primeiro caso de um português infetado: Adriano Maranhão, canalizador no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, no Japão. Nesta altura, vários países confirmaram os primeiros infetados. Foram os casos da Grécia, Holanda, Paquistão e México.

O aviso chegou da Organização Mundial de Saúde: o mundo tinha de se preparar para uma eventual pandemia. Dias depois, o nível de ameaça foi aumentado para "muito elevado". No dia 11 de março, foi declarado como uma pandemia.

As imagens dos hospitais de algumas cidades italianas, assustavam-me já nessa altura, embora por cá, não houvesse ainda uma grande preocupação. Há um ano, não sabíamos bem o que nos esperava - acho que um ano depois, ainda há muito que não sabemos. 

Temos de continuar na luta, especialmente na prevenção, pois a cura está ainda muito longe. Muito se conquistou, com danos diretos e colaterais que nos vão ainda afetar daqui a vários anos. O mundo sofreu um embate muito forte, mas somos fortes e vamos conseguir ultrapassar. 

Ainda vão haver muitas baixas desta guerra, seremos muitos portugueses a não conseguir sobreviver, a perder amigos, a sentir a saudade dos nossos familiares, a perder os empregos... mas estarão cá os sobreviventes para levantar o país, a Europa e o Mundo, que nunca mais serão iguais.

 

Fontes:

https://media.noticiasaominuto.com/files/naom_6033c2269a881.pdf

https://crlisboa.org/wp/newsletter-tematica-covid-19/

https://sicnoticias.pt/especiais/coronavirus/2020-11-17-1-ano-de-Covid-19.-O-que-mudou-num-mundo-a-meio-gas